7 dicas para desenvolver inteligência emocional nas finanças

Desenvolver a inteligência emocional nas finanças ajuda a domar seus impulsos e se planejar melhor. Confira 7 dicas valiosas.
6 minutos de leitura
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A inteligência emocional nas finanças é um diferencial entre as pessoas que controlam seus impulsos e, consequentemente, conseguem cuidar bem do dinheiro.

Isso porque, na teoria, todos nós deveríamos tomar decisões financeiras de forma racional. Mas na prática a gente sabe que normalmente as coisas não funcionam assim e costumamos comprar motivados pela emoção.

Por isso, usar seu dinheiro de forma inteligente também significa ter controle dos próprios sentimentos, que muitas vezes atrapalham seus objetivos e levam ao endividamento.

Se você costuma fazer compras para aliviar uma frustração ou para se recompensar depois de um dia difícil, este texto sobre inteligência emocional nas finanças é para você! 

Leia com atenção e entenda como dominar a mente para cuidar do bolso

O que é inteligência emocional nas finanças?

A inteligência emocional nas finanças é a capacidade de reconhecer, avaliar e decidir sobre seus próprios sentimentos em relação ao dinheiro.

Dizemos que uma pessoa é emocionalmente inteligente quando ela consegue gerenciar seus sentimentos e os dos outros, controlando as emoções para atingir seus objetivos.

No contexto financeiro, significa ser capaz de:

Logo, a inteligência emocional é uma habilidade importante para ter uma relação mais saudável com o dinheiro.

Por que é preciso ter inteligência emocional nas finanças?

Desenvolver sua inteligência emocional nas finanças é fundamental para manter o equilíbrio financeiro e usar o dinheiro ao seu favor.

Para você ter uma ideia, 95% das decisões de compra são influenciadas pelo subconsciente, de acordo com uma pesquisa realizada pelo professor de marketing de Harvard Gerald Zaltman, publicada em inglês na revista norte-americana Inc.com.

Mesmo quando achamos que a compra é necessária e racional, a emoção ainda é o principal motor de consumo.

Por isso as campanhas publicitárias exploram as camadas mais profundas da sua consciência, usando técnicas de persuasão e gatilhos mentais para te convencer de que aquele produto ou serviço é tudo o que você sempre quis.

Conheça 6 gatilhos emocionais que te fazem gastar mais.

Muito mais do que produtos, nós compramos valores, estilos de vida, status, formas de reconhecimento social e compensação por frustrações, por exemplo. Daí a importância da inteligência emocional para nos ajudar a assumir o controle da mente e diferenciar necessidades de desejos.

Do contrário, é fácil cair nas tentações de consumo, focar apenas no prazer imediato e acabar endividado.

Pilares da inteligência emocional nas finanças

Para entender os pilares da inteligência emocional nas finanças, vamos partir das habilidades básicas definidas pelo jornalista e especialista em ciências comportamentais Daniel Goleman:

  • Autoconhecimento emocional: reconhecer as próprias emoções e sentimentos
  • Controle emocional: lidar com os próprios sentimentos e controlar impulsos
  • Automotivação: dirigir as emoções para atingir objetivos pessoais
  • Reconhecimento de emoções em outras pessoas: capacidade empática para entender o que o outro sente
  • Habilidade em relacionamentos interpessoais: uso de competências sociais para influenciar e interagir com outras pessoas com base em suas emoções

Se trouxermos para a realidade financeira, cada um desses pilares é essencial para entender melhor sua relação com o dinheiro e melhorar sua gestão de finanças pessoais, como veremos a seguir.

7 dicas para desenvolver inteligência emocional nas finanças

Qualquer pessoa pode desenvolver sua inteligência emocional nas finanças com algumas mudanças na rotina e hábitos.

Confira algumas dicas para dominar suas emoções. 

1. Inclua o controle financeiro na sua rotina

Saber quanto você tem na conta e quais são as despesas programadas é um bom ponto de partida para desenvolver a inteligência emocional. Afinal, o primeiro passo é conhecer bem suas finanças e ter o orçamento sob controle, e para isso é preciso incluir a gestão financeira pessoal na rotina.

Ao registrar todos os seus gastos e ganhos e planejá-los mês a mês, você cria uma relação mais próxima com o dinheiro e passa a entender seus hábitos de consumo.

A partir daí, fica mais fácil analisar quais sentimentos prevalecem na sua vida financeira e como eles impactam seu bolso.

Dica: use nossa planilha de gastos para acompanhar seu orçamento de perto.

2. Entenda e controle as compras por impulso

Controlar o consumo impulsivo é uma das principais habilidades da inteligência emocional nas finanças. De acordo com uma pesquisa da SPC Brasil divulgada em 2018 na Veja, 6 em cada 10 brasileiros admitem aproveitar o crédito para fazer compras por impulso.

Provavelmente você já esteve dentro dessa estatística e sabe como é comprar algo no calor do momento e sentir um arrependimento depois. Mas não adianta ficar se culpando: é preciso entender de onde vêm seus impulsos para controlá-los.

Por exemplo, muitas pessoas compram quando estão se sentindo frustradas, quando acha que merece uma compensação ou quando já gastou mais do que devia e resolve “chutar o balde”.

O problema é que a “shopping terapia” leva ao descontrole financeiro e endividamento, além de acabar com suas chances de realizar projetos e sonhos futuros que dependem de dinheiro.

Por isso, o caminho é avaliar quando o desejo incontrolável surge e evitar os gatilhos que acionam esse comportamento — por exemplo, o hábito de olhar vitrines ou navegar por sites de e-commerce em momentos de tédio.

3. Enxergue o dinheiro de um novo ponto de vista

Para ter inteligência emocional nas finanças, é preciso analisar a fundo sua relação com o dinheiro e enxergá-lo de um novo ponto de vista. Se você só pensa em pagar as contas e gastar com desejos pontuais, é sinal de que não entendeu a função desse recurso na sua vida.

O dinheiro deve ser encarado como um meio para realizar seus sonhos e projetos (pelo menos aqueles que têm preço), que precisa ser gerenciado mensalmente para cumprir seu propósito.

Por isso, deve existir um objetivo por trás de cada centavo — do contrário, você vai passar a vida sem saber para onde está indo o dinheiro e reclamando que não tem o suficiente.

4. Invista em educação financeira

A educação financeira pessoal é a base da inteligência emocional nas finanças, porque faz você entender o valor do dinheiro no tempo e o peso das suas decisões. Infelizmente, o Brasil está longe das estatísticas ideais nessa área, e a maioria de nós cresce sem a formação financeira necessária.

Como resultado, as pessoas usam o crédito de forma irresponsável, se enrolam em dívidas e não se preocupam em investir para o futuro.

Para fugir desse padrão, você precisa entender como funcionam os juros compostos, como fazer o dinheiro trabalhar para você nos investimentos e por que é tão importante gastar menos do que ganha, por exemplo.

A partir do momento que você dominar os conceitos financeiros, terá automotivação suficiente para superar os impulsos e perseguir seus objetivos.

5. Pense no seu “eu futuro”

Você saberá que conquistou sua inteligência emocional quando conseguir abrir mão de um desejo hoje para ter um benefício maior amanhã. Esse é um dos maiores desafios na vida financeira, porque quase sempre escolhemos consumir agora e pagar depois.

Só que para realizar planos como comprar um imóvel, fazer uma grande viagem ou se tornar financeiramente independente, você precisa inverter a lógica para “pagar agora e consumir depois”.

Na prática, significa usar o crédito com moderação e poupar dinheiro todo mês religiosamente, separando no mínimo 10% do salário para bancar seu “eu futuro”. Se você colocar na cabeça que está investindo em si mesmo e nos seus sonhos, será mais fácil resistir às tentações imediatas e focar nos seus objetivos.

6. Visualize seus objetivos

Para ajudar sua mente a entender que é preciso poupar, você pode encontrar formas de visualizar diariamente seus objetivos. Para isso, você pode planejar em detalhes sua viagem, compra de imóvel/veículo, negócio próprio ou caminho de independência financeira, por exemplo.

Junto aos planos, inclua imagens, roteiros, mapas, pesquisas, vídeos inspiradores e qualquer conteúdo que incentive você a se manter firme no controle financeiro para alcançar seus sonhos.

Algumas pessoas gostam de criar quadros físicos com referências, outras usam ferramentas como o Pinterest para se manter engajadas.

7. Cuidado com as influências externas

Por fim, se você quer ter o poder da inteligência emocional nas finanças, precisa tomar cuidado com influências externas.

Isso inclui não ser alvo fácil da publicidade, não se deixar levar pelas opiniões alheias e não sucumbir à pressão constante pelo consumo.

Muitas vezes, as pessoas compram para manter aparências ou se autoafirmar com produtos e serviços que agregam status, simplesmente porque estão mais focadas na comparação com os outros do que em seus próprios objetivos de vida.

A dica é desviar desse pensamento e se cercar de pessoas igualmente inteligentes financeiramente, que usam seus recursos de forma racional e evitam desperdícios. Assim, você estará no caminho certo para controlar suas emoções e cuidar bem do seu dinheiro.

Gostou das dicas para desenvolver inteligência emocional nas finanças? Conte para a gente como anda sua relação com o dinheiro nos comentários!

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