No final do mês, você é do time que consegue juntar dinheiro ou acaba passando tudo no cartão de crédito? Se a sua resposta for a segunda opção, você já parou para pensar se você está vivendo de acordo com o seu padrão de vida?
Muitas vezes, a realidade de ganhos de uma pessoa pode não bater com o valor gasto, gerando dívidas. Neste caso, é preciso readequar o seu padrão de vida para caber no seu orçamento.
Além disso, seu padrão pode mudar no decorrer da sua vida e até mesmo ser muito diferente do seu colega de trabalho. Por isso, ao longo desse artigo queremos que você saiba:
- O que é padrão de vida
- O que é custo de vida
- O padrão de vida do brasileiro
- Mudança de padrão de vida
- Vivendo de acordo com o seu padrão de vida
- Readequando seu padrão de vida em 7 passos
E, no final, você estará pronto para viver bem, com tranquilidade e dentro do seu orçamento.
Continue lendo e confira todos os detalhes.
O que é padrão de vida?
Chamamos de padrão de vida os bens, serviços e produtos que influenciam o dia a dia de uma pessoa, e, dessa forma, geram um custo mensal, tais como:
- Despesas fixas, como aluguel e conta de televisão por assinatura
- Despesas variáveis, como supermercado e compras escolares
- Despesas anuais, como IPTU e IPVA
- Atividades de lazer e bem estar
O padrão de vida varia de acordo com a sua realidade de ganhos, gastos e a forma como seu dinheiro é usado.
Além disso, ele também fala sobre seu bem estar. É importante que o seu padrão de vida seja suficiente para que você guarde dinheiro todos os meses e se planeje para realizar seus sonhos ou montar sua aposentadoria, por exemplo.
Também é preciso que você tenha acesso a atividades de lazer, sejam elas gratuitas ou pagas. Para que isso aconteça, o seu padrão de vida precisa se adequar à sua realidade financeira e, por isso, costuma ser dividido da seguinte forma:
- Padrão de vida baixo: voltado para despesas básicas (como contas de casa) e atividades de lazer gratuitas
- Padrão de vida médio: dá acesso a mais serviços, como escola particular ou plano de saúde
- Padrão de vida alto: esse engloba itens mais luxuosos, serviços de primeira linha e trocas de carro anuais, por exemplo
Não podemos desconsiderar o custo de vida e contextos socioeconômicos na hora de definir em qual nível você está.
Por isso, falaremos deles nos próximos tópicos.
O que é custo de vida?
Você já deve ter ouvido alguém falar que o custo de vida em São Paulo ou no Rio de Janeiro é muito alto em comparação a outras cidades.
Isso porque o custo de vida é um indicador que mostra o quanto é caro morar em um determinado lugar.
Ele não se refere aos seus ganhos e, dessa forma, é possível que uma cidade tenha alto custo de vida e salário baixos. Nessa situação, muitas pessoas precisarão viver um padrão de vida mais baixo.
O cálculo do custo de vida varia bastante. Em São Paulo, por exemplo, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) considera os seguintes fatores:
- Alimentação
- Habitação
- Equipamentos domésticos
- Transportes
- Vestuários
- Educação e leitura
- Saúde
- Recreação
- Despesas pessoais
- Despesas diversas
Com base nesses dados, é possível entender se morar em São Paulo é mais caro ou mais econômico do que outras cidades.
E como isso se encaixa no seu padrão de vida?
Na hora de escolher uma cidade para morar, você precisará confirmar se o seu padrão de vida suporta o custo de vida deste lugar.
Contexto socioeconômico: o padrão de vida do brasileiro
Quando falamos de contexto socioeconômico, precisamos considerar o que está acontecendo no país e no mundo. Dois exemplos disso são a pandemia e a taxa de desemprego.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva a pedido do jornal “O Estado de S. Paulo”, 54% dos brasileiros disseram ter sofrido com uma piora no padrão de vida no “novo normal”.
Além disso, seis em cada dez respondentes estimam que levará pelo menos um ano para reconquistar o padrão anterior. Isso significa que, ao longo dos próximos meses, esses brasileiros vão precisar viver abaixo do seu padrão de vida anterior para se readequar ao novo orçamento.
E quando meu padrão de vida muda?
Seu padrão de vida vai mudar em duas situações diferentes: se você tiver um aumento ou uma redução dos seus ganhos mensais.
Caso seus ganhos sejam reduzidos, será necessário mudar o padrão de vida. Afinal, a partir desse momento você precisará gastar menos do que vinha gastando anteriormente.
Já com o aumento de ganhos, você pode ou não mudar seu padrão de vida. Uma opção é escolher manter sua média de custos mensais e guardar a diferença para algum objetivo futuro. Neste caso, seu padrão de vida continuará igual, mas por escolha sua.
Você vive de acordo com o seu padrão de vida?
Se você não consegue juntar dinheiro, vive recorrendo ao cartão de crédito e ainda acaba pagando apenas mínimo da sua fatura, você provavelmente está vivendo em um padrão de vida acima do ideal.
Como consequência, você pode somar diversas dívidas e viver sempre no limite. Em casos de imprevisto ou mudanças socioeconômicas, você não terá apoio financeiro suficiente para se manter.
Sabia que 62% dos brasileiros não tinha uma reserva de emergência antes da pandemia? Inúmeras famílias foram afetadas pelo desemprego e precisaram reduzir drasticamente o seu padrão de vida, muitas vezes sem preparo para isso.
Por consequência, diversos brasileiros cancelaram o plano de saúde ou trocaram seus filhos de escola, por exemplo.
Calculando padrão de vida (ideal)
Chegou a hora da verdade! Percebeu que tem dívidas acumuladas? Não está investindo seu dinheiro? Precisa readequar seu orçamento? Então vamos aos próximos passos:
- Descubra o quanto você ganha (o salário líquido, combinado?)
- Calcule seus gastos fixos
- Em seguida, a média dos seus gastos variáveis
- Não esqueça de contabilizar todas suas dívidas
O valor de ganhos está menor do que o de gastos? Qual é a diferença? Com esses dados nas mãos, você pode começar a olhar o que deve mudar no seu padrão de vida para caber dentro do seu orçamento financeiro.
Readequando seu padrão de vida em 7 passos
Chegou a hora de você readequar o seu padrão de vida à sua realidade. Será necessário reduzir alguns custos, mas sem abrir mão do bem estar.
Confira os passos abaixo.
1. Faça um planejamento financeiro
Ter um planejamento financeiro é importante para que você consiga definir prioridades no seu orçamento e, assim, priorize seus esforços no que realmente é relevante para você.
2. Reduza gastos em casa
Busque economizar em casa, renegociando contratos ou revendo a necessidade de alguns serviços, como televisão a cabo ou telefone fixo.
3. Aumente seus ganhos com renda extra
Se você estiver com dívidas, busque aumentar os seus ganhos mensais através de renda extra. Encerrar essas pendências é um passo importante para te trazer bem–estar e também para que você consiga guardar dinheiro, o que nos leva ao próximo tópico.
4. Lembre-se que é preciso sobrar dinheiro
Procure viver com apenas 70% dos seus ganhos e guardar os outros 30%. Tenha sempre em mente que é muito importante guardar dinheiro para sua reserva de emergência, aposentadoria e para
