Modelo de assinatura: 5 ideias de negócios para lucrar com recorrência

O modelo de assinatura é a nova tendência de negócios da era digital. Veja aqui 5 ideias para empreender na economia da recorrência.
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O modelo de assinatura é a nova mina de ouro dos negócios na era digital e você também pode aproveitar essa tendência para vender mais. Já imaginou ter uma empresa com vários assinantes que pagam todo mês para acessar seus serviços ou receber seus produtos?

É assim que funciona a economia da recorrência, que já está dominando nosso dia a dia e criando várias oportunidades no mercado.

Ficou interessado em usar o modelo de assinatura para empreender? Então, continue lendo e descubra as vantagens da cobrança recorrente.

Como funciona o modelo de assinatura

O modelo de assinatura é um tipo de negócio baseado no pagamento recorrente, no qual os clientes pagam continuamente pelo acesso a um bem ou benefício, em vez de adquirir um produto ou serviço uma única vez.

Um exemplo clássico são as empresas de streaming como Netflix e Spotify, que cobram uma assinatura para liberar o acesso a um amplo catálogo de filmes, séries e músicas.

Nesse caso, você paga um valor fixo por mês e pode acessar qualquer conteúdo, ao invés de comprar um filme por vez no modelo “pay-per-view” da TV ou adquirir um único álbum de uma banda pela internet.

As empresas que adotam esse formato fazem parte da economia da recorrência, também chamada de economia de subscrição. Basicamente, são negócios que vendem por meio de assinaturas, planos e mensalidades, que vão desde empresas de software até academias.

Para o cliente, a vantagem é não se preocupar com as datas dos vencimento dos pagamentos mensais e ter mais conveniência na compra, enquanto a empresa ganha uma receita previsível e consegue se planejar melhor para crescer.

Por que o modelo de assinatura virou tendência

Com o avanço da transformação digital, o modelo de assinatura ganhou força em um mercado cada vez competitivo e diverso.

Para você ter uma ideia, as empresas desse tipo cresceram mais de 350% entre 2012 e 2019 nos EUA, segundo o relatório Subscription Economy Index 2019, publicado pela empresa de software Zuora.

No Brasil, os serviços por assinatura cresceram 167% entre 2014 e 2018, segundo um estudo da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) publicado na Folha.

Diversos fatores explicam o sucesso do modelo de assinatura, como:

  • Facilidade em vender por assinaturas e planos pela internet
  • Ascensão dos produtos digitais (músicas, vídeos, softwares, cursos, ebooks, etc.)
  • Migração do “consumo de produtos” para o “acesso a serviços”, focando mais no benefício e na experiência do que na posse
  • Necessidade constante de renovação e atualização de produtos e serviços (obsolescência cada vez mais rápida)

Além disso, as empresas viram na assinatura uma chance de reter e fidelizar clientes, já que a concorrência está cada vez mais acirrada.

Do outro lado, o consumidor fica satisfeito com a disponibilidade permanente dos serviços por preços mais acessíveis, além de ter acesso às mais diversas soluções para o dia a dia.

Exemplos de aplicações do modelo de assinatura

Foi graças ao modelo de assinatura que a Netflix derrubou a Blockbuster e substitui as locações de vídeo pelo streaming.

Hoje a empresa é líder em transmissão de conteúdo online por assinatura e tem mais de 182 milhões de assinantes em todo o mundo, com receita anual de US$ 19 bilhões, segundo dados divulgados em 2020 no Canal Tech.

Na mesma onda, surgiram a Amazon Prime e Spotify, fortalecendo o mercado de música e vídeo sob demanda. Até empresas mais tradicionais como a Disney tiveram que se adaptar e lançar seus próprios serviços por assinatura (Disney+), ou correriam o risco de ficar para trás.

No mercado de tecnologia, o modelo SaaS (“Software as a Service”, ou “Software como Produto”) se consolidou e deve dominar o setor daqui para frente. Segundo uma pesquisa da Gartner, 80% dos provedores de software devem adotar os modelos por assinatura e soluções em nuvem até o final de 2020.

Um bom exemplo é o Microsoft Office na nuvem, que facilita o acesso aos programas clássicos e tem planos para todas as necessidades.

Mas não é só no mundo digital que a assinatura está fazendo sucesso. Hoje já é possível receber produtos em casa participando dos famosos clubes de assinatura, que oferecem kits mensais de livros, bebidas, produtos de beleza, roupas, refeições, eletrônicos e muito mais.

A Tag Livros, por exemplo, envia kits com títulos selecionados da literatura mundial, enquanto a Nespresso repõe as cápsulas de café de seus assinantes mensalmente.

Além disso, há empresas de maquinário oferecendo manutenção por assinatura, empresas que vendem planos de filtros de água e máquinas de bebidas, e até empresas de móveis que trocam a mobília dos clientes assinantes periodicamente.

5 ideias de negócios por assinatura com cobrança recorrente

Que tal aproveitar a tendência do modelo de assinatura para abrir um negócio e faturar com a recorrência? Veja algumas ideias para entrar nessa onda e investir no empreendedorismo.

1. Clube de assinatura de produtos

Os clubes de assinatura já são um clássico da economia da recorrência e têm conquistado cada vez mais clientes no Brasil.

A vantagem desse tipo de negócio é a enorme variedade de produtos que podem ser entregues mensalmente na casa dos consumidores.

Você pode fazer uma curadoria especial de produtos culturais, entregar uma seleção de produtos dentro de um universo temático, criar um clube para apaixonados por um determinado tipo de comida ou bebida, e qualquer outra ideia que vier à sua mente.

O segredo é escolher um mercado em que você tenha experiência e produtos que já conhece bem, já que o diferencial dos clubes de assinatura está na seleção dos itens e qualidade superior à do varejo tradicional.

Por exemplo, se você tem afinidade com a área da beleza, pode criar um clube com um kit mensal de produtos exclusivos.

Se prefere o ramo da alimentação, pode entregar queijos, refeições diferenciadas, doces e até um box especial de ingredientes para quem gosta de cozinhar.

Veja mais algumas ideias:

  • Produtos para animais
  • Produtos relacionados ao universo vegetariano
  • Vinhos, cervejas, cafés e outras bebidas
  • Itens para churrasco
  • Roupas e acessórios da moda
  • Produtos feitos à mão ou por artistas renomados
  • Itens de maquiagem e cuidados com a pele
  • Brinquedos
  • Livros

As caixas entregues mensalmente podem ser predefinidas em categorias ou do tipo “surpresa”, e é preciso ter uma boa logística para garantir o cumprimento de prazos e a satisfação dos clientes.

2. Modelo de assinatura “all you can eat”

O termo “all you can eat” (algo como “tudo o que você conseguir comer” ou o famoso buffet) se refere ao modelo de assinatura da Netflix, Spotify e Amazon, por exemplo.

Nesse tipo de serviço, o cliente pode “se servir à vontade” de um amplo catálogo de produtos pagando um valor fixo mensal.

Mas você não precisa ter uma grande empresa de streaming para utilizar esse formato.

Veja alguns exemplos de aplicações do modelo:

  • Oferecer um catálogo de fotos ou vídeos exclusivos por assinatura (para fotógrafos e cinegrafistas profissionais)
  • Criar um banco de imagens ou vetores com criações de vários designers e vender planos
  • Vender assinaturas de um catálogo de receitas (para nutricionistas, por exemplo)
  • Vender assinaturas de um catálogo de vídeos de exercícios (para educadores físicos)
  • Vender assinaturas de um catálogo de planilhas e modelos prontos (para contadores, gestores e especialistas em finanças)

3. Modelo de “clube VIP”

Para quem já possui um negócio, criar um clube de assinatura exclusivo para os melhores clientes pode ser uma boa ideia.

É parecido com um programa de fidelidade mas, nesse caso, os clientes têm a opção de “assinar o VIP” e receber produtos ou serviços diferenciados.

Dessa forma, eles pagam um valor mensal para receber o que você tem de melhor, conseguir itens personalizados e ter acesso exclusivo a eventos e serviços.

Por exemplo, se você comanda uma adega e possui alguns clientes fiéis, pode criar um clube de assinatura fechado e enviar os melhores rótulos mensalmente.

4. Modelo de conveniência

Outra forma de aplicar o modelo de assinatura e cobrar seus clientes com recorrência é pensar em como você pode facilitar a vida deles e reduzir suas preocupações.

Quando descobrir o que eles precisam todos os meses, é só criar um serviço por assinatura para atender às demandas com regularidade, sem que eles precisem solicitar.

Esse formato funciona muito bem para prestadores de serviços como lavanderias, cabeleireiros, clínicas de massoterapia e estética, personal trainers, diaristas, dog walkers, entre outros.

Por exemplo, você pode vender planos mensais de lavagem de roupas para consumidores com tudo incluso (retirada, execução do serviço em um prazo determinado e entrega).

Da mesma forma, um cliente que precisa de manutenção após um procedimento estético pode contar com as visitas periódicas de um profissional em um modelo por assinatura.

5. Modelo de reposição

Por fim, o modelo de reposição por assinatura é perfeito para negócios que vendem suprimentos e consumíveis. Um dos exemplos mais famosos é o clube de assinatura de cápsulas de café para quem possui máquina em casa.

Outro exemplo é o clube de lâminas de barbear, que são repostas conforme a frequência de troca do cliente. Há também empresas que vendem produtos para animais que oferecem o modelo de assinatura e os clientes não precisam ir até a loja todos os meses para repor o que está faltando.

O mesmo modelo pode ser aplicado a qualquer suprimento, acessório ou produto consumido regularmente.

Agora que você sabe tudo sobre modelo de assinatura, é só colocar a criatividade em ação e encontrar um nicho de mercado para atuar.

Quer ainda mais inspiração? Confira aqui os quatro melhores negócios para abrir com pouco dinheiro.

Gostou das dicas? Conta para a gente nos comentários se você vai começar a empreender com esse tipo de negócio.

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