Correspondente bancário: saiba o que faz e como se tornar um

Quer saber o que faz um correspondente bancário? Entenda o que é, quanto ganha, quem pode ser e o que fazer para se tornar um.
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Mulher em escritório segurando tablet em uma mão e com a outra mão no bolso

No dinâmico mercado financeiro, o correspondente bancário emerge como uma profissão fundamental na democratização do acesso aos serviços bancários e na promoção da inclusão financeira.

Ao atuar como intermediário entre instituições financeiras e população, elimina barreiras geográficas oferecendo uma ampla gama de operações diretamente em sua região, com facilidade e conveniência.

Com presença em estabelecimentos comerciais, como supermercados, farmácias e lojas de conveniência, o correspondente bancário se integra ao tecido cotidiano das comunidades, tornando-se parte integrante da vida diária dos cidadãos.

Além de ser uma oportunidade lucrativa, se tornar um correspondente bancário pode ser mais simples do que se imagina.

Ficou interessado? Então siga a leitura para saber o que é correspondente bancário, quais suas atividades, que vantagens oferece para os clientes, quanto esse profissional ganha em média, quem pode ser e como se tornar um.

O que é correspondente bancário?

Correspondente bancário é uma entidade contratada por uma instituição financeira e demais autorizadas pelo Banco Central para oferecer à população determinados serviços em seu nome.

Como entidade entende-se diferentes tipos de empresas, como lotéricas, supermercados e agências de correios, que ampliam a rede de atendimento bancário e permitem que clientes realizem transações financeiras em locais mais acessíveis.

Além da conveniência, representa uma extensão estratégica das operações bancárias, alcançando um público mais amplo e atendendo às necessidades de clientes de todos os segmentos da sociedade.

Esses estabelecimentos comerciais atuam como intermediários entre bancos e público, podendo realizar serviços como saques, depósitos, pagamento de contas, empréstimos e outros que aprofundaremos a seguir.

O que faz um correspondente bancário?

A essência do trabalho de um correspondente bancário reside em sua capacidade de levar serviços financeiros aos usuários, simplificando transações e promovendo a inclusão, especialmente em áreas de acesso limitado a agências bancárias.

Ainda, desempenha um papel vital na promoção do desenvolvimento econômico local, fortalecendo a infraestrutura financeira e apoiando pequenas empresas e empreendedores.

Assim, um correspondente bancário pode oferecer uma variedade de serviços dependendo das autorizações concedidas pela instituição financeira com a qual está associado, como:

  • Ajudar os clientes a abrir contas bancárias, recebendo e encaminhando propostas para a instituição financeira
  • Receber pedidos de cartão de crédito
  • Realizar análise de crédito
  • Receber pagamento de contas
  • Realizar cobranças
  • Realizar depósitos, saques e transferências
  • Realizar operações de câmbio
  • Solicitar empréstimos e financiamentos vinculados à instituição financeira
  • Aplicar e resgatar fundos de investimento
  • Fazer recarga de celular e cartões pré-pagos.

Mas atenção: nenhum correspondente bancário não está autorizado a cobrar pagamento adiantado ou taxas extras por seus serviços, tampouco oferecer empréstimos sem vínculo com um banco.

Quais as vantagens do correspondente bancário?

A atividade de correspondente bancário oferece várias vantagens tanto para o mercado em geral quanto para os clientes, com conveniência, eficiência e inclusão financeira.

Aqui estão algumas das vantagens mais significativas:

  • Conveniência: geralmente localizados em supermercados, farmácias, postos de gasolina e outros locais do tipo, facilitam o acesso a serviços financeiros e reduzem a necessidade de deslocamento até uma agência bancária
  • Flexibilidade: muitos correspondentes bancários podem oferecer horários de funcionamento estendidos
  • Rapidez e agilidade: reduzem o tempo em filas, especialmente em horários de pico em agências bancárias
  • Diversidade de serviços: oferecem uma ampla gama de serviços financeiros em um único local
  • Inclusão financeira: permitem que pessoas que residem em áreas onde as agências bancárias tradicionais são escassas tenham acesso a serviços financeiros tradicionais
  • Expansão de rede de atendimento: instituições financeiras ramificam seus serviços com custos operacionais menores.

Quem pode ser correspondente bancário?

Conforme resolução do Banco Central, podem ser correspondentes bancários: sociedades, empresários e associações definidos na Lei 10.406 do Código Civil, prestadores de serviços notariais e de registro e empresas públicas.

Qualquer estabelecimento comercial pode se tornar um correspondente bancário, desde que cumpra os requisitos legais, regulatórios e técnicos necessários e estabeleça uma parceria com uma instituição financeira autorizada.

Para isso, é preciso ser uma empresa, ou seja, ter um CNPJ, incluindo MEI. Portanto, uma pessoa física não pode ser um correspondente bancário, apenas pessoas jurídicas.

Além disso, é preciso ter contrato com um banco ou outra instituição financeira para oferecer seus serviços e atender a requisitos e regulamentações.

Dependendo das operações que deseja realizar, pode ser exigida uma certificação financeira.

Ainda, é necessário oferecer ao cliente uma estrutura de acesso facilitado, com sala de espera, balcão de atendimento, segurança e equipamentos adequados, dentre outros.

Quanto ganha um correspondente bancário?

A remuneração do correspondente bancário é feita pela instituição financeira com a qual ele tem contrato, com base em comissão sobre os serviços prestados.

Embora recebam um percentual sobre as operações bancárias efetuadas, em média um correspondente bancário recebe entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil.

Dependendo do contrato e do tipo de serviço prestado, esse valor pode subir, chegando até mesmo a R$ 30 mil.

Como ser correspondente bancário?

Para se tornar um correspondente bancário, é necessário seguir alguns passos e cumprir certos requisitos.

Como vimos, é preciso ter um CNPJ para ser correspondente bancário, então se você ainda não possui um, esse é o primeiro passo a ser dado.

Resolvida essa etapa, entre em contato com o banco ou instituição financeira que deseja representar e informe-se sobre a documentação exigida, o que inclui, além do CNPJ, contrato social da empresa e comprovante de residência.

Como dissemos antes, dependendo do serviço que deseja oferecer, como crédito direto, consignado, financiamento ou imobiliário, é exigido algum tipo de certificação financeira.

E lembre-se de ter uma infraestrutura preparada para atender o público.

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