No contexto de recordes de endividamento, a educação financeira na escola destaca-se como uma solução de longo prazo para promover a estabilidade econômica dos brasileiros.
A proposta é ensinar a população a controlar os gastos desde a infância, reduzindo os percentuais de sérios problemas financeiros.
Continue lendo para saber mais sobre os benefícios da educação financeira infantil e como falar sobre dinheiro de maneira que os pequenos entendam.
O que é educação financeira na escola?
Educação financeira na escola é o conjunto de conhecimentos práticos e teóricos que ensinam as crianças a lidar com o dinheiro de maneira saudável.
Por influência da Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef), o ensino de conceitos econômicos faz parte dos assuntos escolares sugeridos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
A BNCC é a documentação que orienta todas as escolas públicas e privadas em território nacional, sendo uma das mais importantes referências para a elaboração de grades curriculares adequadas.
Desta forma, as próprias diretrizes do governo reconhecem a educação financeira na escola como fundamental para o desenvolvimento saudável dos jovens.
Qual a importância da educação financeira na escola?
Segundo estudo divulgado pelo Banco Central, a educação financeira na escola eleva as chances de os jovens tornarem-se financeiramente responsáveis durante a fase adulta. Isso porque as crianças aprendem logo cedo a guardar dinheiro, reduzir compras supérfluas e realizar investimentos seguros e rentáveis.
Portanto, ao incluir o aprendizado financeiro na grade curricular, as escolas estão incentivando decisões econômicas mais prudentes. Isso traz benefícios tanto individuais quanto coletivos, contribuindo para uma sociedade economicamente mais saudável e estável.
Como abordar educação financeira na escola?
Existem inúmeras formas de incluir o aprendizado financeiro no cotidiano escolar das crianças. O segredo é sempre usar as ferramentas mais adequadas à faixa etária dos alunos.
Durante as atividades escolares, as crianças aprendem de modo divertido e lúdico, assimilando definições como negociação de preços, investimentos e redução de gastos desnecessários.
Veja algumas abordagens eficazes de educação financeira na escola:
- Brincadeiras de tabuleiro, como Monopoly e Renda Passiva
- Jogos virtuais, como o game Meu dinheiro, Meu negócio
- Exercícios de matemática financeira
- Brincadeiras de faz de conta, como, por exemplo, comprinhas no supermercado imaginário
- Momentos de leitura de obras renomadas, como o livro “Almanaque do Menino Maluquinho — Pra que dinheiro?”
- Músicas alegres e cativantes que falam de assuntos financeiros
- Desenhos animados, principalmente os conteúdos produzidos pela turma da Mônica
- Entrevistas divertidas com profissionais, como investidores ou até mesmo contabilistas, em podcasts ou talk shows.
Os pais também podem reforçar o aprendizado financeiro em casa, usando estratégias como a mesada educativa. Alguns bancos já disponibilizam a opção de cartão de crédito para crianças vinculado à conta bancária dos responsáveis.
Com restrito limite de gastos, os pais podem ensinar importantes lições com o cartão, como:
- Técnicas de segurança para meios de pagamento eletrônicos
- Uso moderado do cartão para não comprometer a fatura
- Diferença no preço final quando o parcelamento envolve juros.
Vale lembrar que o valor da mesada educativa deve sempre estar alinhado às possibilidades financeiras da família, de modo a evitar impactos negativos no orçamento mensal.
E mais: os ensinamentos são mais importantes do que a quantia! Afinal, o objetivo não é simplesmente colocar o dinheiro nas mãos das crianças, mas incentivar o cuidado com as finanças pessoais.
Por isso, não tenha receio: junto às lições de educação financeira na escola, inclua atividades cotidianas de aprendizado econômico para suas crianças!