O que muda com a Reforma da Previdência a partir de agora?

Quer entender o que muda com a Reforma da Previdência, como se preparar e as melhores formas de se aposentar sem depender tanto do governo? Vem com a gente!
6 minutos de leitura
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Quer entender melhor o que muda com a Reforma da Previdência?

Essa é uma ótima ideia, que permite um olhar para o futuro e o planejamento de uma aposentadoria mais tranquila.

Mas compreender todas as alterações não é uma missão fácil.

Por isso, criamos um guia completo para explicar o que muda com a Reforma da Previdência, como se preparar para essa nova realidade e os melhores caminhos para se aposentar sem depender tanto do governo.

Continue lendo.

O que muda com a Reforma da Previdência

A PEC 6/2019, que trata das mudanças conhecidas como a “Reforma da Previdência Social”, foi aprovada pelo Senado Federal dia 23 de outubro de 2019 e está previsto para entrar em vigor em meados de novembro.

Você sabe o que muda a Reforma da Previdência para os futuros aposentados? É o que vamos descobrir agora!

Idade mínima

A idade mínima é uma das principais mudanças da nova Previdência.

Pelas regras atuais, não há necessariamente uma idade mínima para se aposentar — o tempo de contribuição pode ser suficiente para isso.

Com a nova Previdência, homens precisarão ter 65 anos, e mulheres, 62, tanto para funcionários da iniciativa privada quanto no setor público.

A nova regra também prevê a necessidade de tempo mínimo de contribuição de 15 anos para mulheres e 20 anos homens. Já servidores públicos precisam ter 25 anos de contribuição sendo 10 deles no serviço público e 5 no cargo.

Mas calma, antes que a regra seja totalmente aplicada, haverá um período de transição. Assim, em 2019, o mínimo será 61 anos para os homens e 56 para as mulheres.

As idades vão aumentando gradativamente, seis meses por ano, até que cheguem a 65 para os homens, em 2027, e 62 para as mulheres, em 2031.

Pessoas que estão hoje no mercado de trabalho e entenderem que não é vantajoso se aposentar com a idade mínima, vão poder escolher a opção de pontos (que vamos te explicar logo mais).

Valor da aposentadoria

Hoje, o cálculo é feito pela média dos 80% maiores salários da carreira de contribuição, descartando os 20% mais baixos.

Agora a conta funciona assim: 60% da média de todos os salários registrados na Carteira de Trabalho + 2% para cada ano de contribuição feita acima da aposentadoria por idade mínima – lembrando que são exigidos no mínimo 15 anos para as mulheres e 20 para homens.

Na prática funciona assim:

Fernanda decidiu que não iria se aposentar mesmo com 62 anos e 15 anos de contribuição. E trabalhou mais três anos antes de pedir a aposentadoria. Assim, no total a Fernanda contribuiu por 18 anos.

No caso da Fernanda o cálculo de quanto ela ganhará de aposentadoria seria assim: 60% (da média de todos os salários) + 2% para cada um dos três anos (que fez a mais).

Alíquotas de contribuição

A contribuição previdenciária por faixa de salário passou de 8% a 11% para 7,5% a 14%, e até 22%, no caso de servidores públicos.

Será progressiva, por faixa de renda, assim como o Imposto de Renda.

As alíquotas estão divididas em oito níveis:

  • Até um salário mínimo: 7,5%
  • De um salário mínimo até R$ 2 mil: 9%
  • De R$ 2 mil a R$ 3 mil: 12%
  • De R$ 3 mil a R$ 5.839,45: 14%
  • De R$ 5.839,46 a R$ 10 mil: 14,5%
  • De R$ 10 mil a R$ 20 mil : 16,5%
  • De R$ 20 mil a R$ 39 mil: 19%
  • Acima de R$ 39 mil: 22%.

Categorias à parte

Há regras diferentes para professores, policiais federais, legislativos e agentes penitenciários e educativos.

Se você se encaixa em alguma dessas categorias, é importante consultar os pontos específicos.

O que muda na Previdência para quem já contribui

Para quem começar seu período de contribuição depois da entrada em vigor da nova Previdência, não haverá muito mistério: bastará seguir as regras resumidas acima.

Mas aos milhões de brasileiros que já contribuem e não estão se aposentando agora, a reforma oferece quatro opções de transição.

O trabalhador da iniciativa privada vai escolher entre uma destas alternativas:

Por pontos

A opção de aposentadoria exclusiva por tempo de contribuição (30 e 35 anos) vai acabar.

Mas vai entrar uma opção que é parecida com a alternativa atual dos “86/96”.

Só que a exigência vai aumentar.

Os pontos são a soma de idade e contribuição.  A pontuação mínima vai subir um ponto por ano, chegando a 100 para as mulheres em 2033 e 105 para os homens em 2028.

E é preciso ter ao menos os 30 e 35 anos de contribuição, respectivamente.

Por exemplo:

Pedro tem 55 anos de idade e 33 anos de contribuição. Em 2019 ele teria 88 pontos (o resultado da soma dos 55 anos de idade e 33 de contribuição), e em 2020 teria 90 pontos (54 de idade e 34 de contribuição) e assim por diante.

Nesse caso, Pedro só poderia se aposentar em 2027, quando tivesse 63 anos.

Por idade mínima

Vai começar em 56 para as mulheres e 61 para os homens e subir meio ano de idade a cada ano — até chegar a 62 para as mulheres (em 2030) e 65 para os homens (em 2027).

Vale lembrar que o tempo mínimo de contribuição para a aposentadoria por idade é 15 anos (nesse caso, o trabalhador receberá 60% do benefício calculado).

Para alcançar o valor total, terá que ter contribuído por 35 ou 40 anos, respectivamente.

Pedágio de 50%

Essa é para quem estiver bem pertinho de se aposentar quando as regras mudarem.

Quem ainda tiver até dois anos de contribuição pelas regras atuais poderá se aposentar sem a idade mínima, porém terá que pagar um “pedágio” de 50%.

Ou seja, trabalhar um ano a mais, no caso dos dois anos.

Se estiver faltando um ano e meio (18 meses), terá que trabalhar 27 meses ao todo.

Pedágio de 100%

Criada pelo relator da reforma (não estava no texto original do governo), essa alternativa de transição permite ao trabalhador tanto da iniciativa privada quanto do setor público se aposentar com 60 anos (homens) e 57 (mulheres).

Para isso, o trabalhador deve pagar em dobro o que falta para chegar aos 35 ou 30 anos de contribuição.

Se estiver faltando três anos para os 35, por exemplo, um homem terá que trabalhar seis anos (três mais o pedágio de 100%).

Ao final desses seis anos, caso tenha ao menos 60 anos, poderá se aposentar antes da idade mínima de 65.

Como se preparar para as mudanças da Reforma da Previdência

É importante lembrar que a Reforma da Previdência tem o objetivo de melhorar o controle de gastos do governo, que apresenta déficits anuais e crescentes.

Essa é uma boa oportunidade para você também ajustar as suas contas, começar a planejar o seu futuro e buscar maneiras de viabilizar uma aposentadoria mais tranquila e confortável.

E como fazer isso?

Veja algumas dicas:

1. Organize suas finanças

A primeira dica parece óbvia, mas merece toda a sua atenção.

Como estão, de fato, as suas finanças?

Para onde vai a sua grana?

Você consegue guardar dinheiro todo mês?

Essas são perguntas essenciais para começar a pensar no futuro.

Uma dica interessante é usar a tecnologia para facilitar esse controle financeiro. Confira esta planilha de gastos que preparamos para você.

Com ela, você vê exatamente para onde vai o seu dinheiro.

Depois, você pode abrir uma conta na Neon, que não tem taxa mensal e simplifica bastante a visualização das suas despesas.

Assim, você diz adeus àquelas tarifas incompreensíveis, economiza nas taxas e começa a enxergar melhor sua vida financeira.

2. Pense no longo prazo

Para se preparar para a aposentadoria, você precisa criar um planejamento.

Tudo começa no passo anterior, do diagnóstico financeiro.

Agora, vale a pena considerar questões como estas:

  • Qual é a sua perspectiva no emprego atual?
  • Quais ações você deve tomar para crescer na empresa ou criar melhores condições de trabalho no futuro?
  • Onde você se enxerga daqui a 5, 10 e 15 anos?

Essas respostas vão situá-lo melhor em sua jornada de tranquilidade financeira para a aposentadoria.

3. Economize mensalmente

Essa dica vale ouro (que se valoriza em tempos de crise, aliás).

E ela ganha ainda maior relevância quando há incerteza sobre o futuro das contas do governo, como nesse período de mudanças na aposentadoria e de Reforma da Previdência.

Você já viu que não pode deixar o seu destino totalmente a cargo de uma economia trepidante como a brasileira.

Por isso, é importante fazer a sua parte e separar um percentual do salário ou rendimento para economizar todo mês.

Nem sempre é fácil, mas esse esforço será recompensado no futuro.

Se você criar essa disciplina de economizar todo mês, o próximo passo vai levá-lo ainda mais longe.

Tá difícil criar o hábito de poupar? Que tal se juntar às milhares de pessoas que já participam do Desafio das 52 Semanas?

Outra sugestão é ativar a funcionalidade Arredondar Meus Centavos no app da Neon para começar a juntar dinheiro enquanto você gasta! A cada vez que faz uma compra, o valor é arredondado e aplicado automaticamente.

5. Invista seu dinheiro

Independentemente do que muda e do que não muda com a Reforma da Previdência, a ideia de investir o próprio dinheiro e criar maior autonomia é extremamente importante.

Então, agora que você já tem um diagnóstico de suas finanças e está começando a economizar, é preciso saber onde colocar esses recursos. Com a Neon, você pode criar um investimento livre ou um objetivo no app em segundos e começar a investir com apenas R$ 10.

Esse é o momento de descobrir o poder dos juros compostos, que vão fazer seu dinheiro trabalhar por você no futuro.

Para começar a investir, é importante estudar um pouquinho sobre o assunto, e o blog Foca no Dinheiro tem vários artigos sobre o tema.

Aqui estão algumas dicas pontuais:

6. Crie uma reserva de emergência

O  ideal é contar com o equivalente a seis meses do seu custo de vida em uma aplicação segura, com alta liquidez (ou seja, que possa ser resgatada rapidamente sem perda de valor).

Para isso, você pode investir em um CDB (Certificado de Depósito Bancário) com liquidez diária (disponível no app da Neon!), no Tesouro Direto (Tesouro Selic) ou em um fundo DI com baixa taxa de administração.

Não caia em promessas de dinheiro fácil

Nunca dê dinheiro para alguém que prometa um rendimento alto predefinido.

Na renda variável, não há garantia de um retorno específico.

E na renda fixa, não há taxas de juros mágicas (a taxa básica de juros, a Selic, se encontra nas mínimas históricas).

Gostou das dicas para se preparar para as mudanças da Reforma da Previdência e para uma aposentadoria mais tranquila e confortável?

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