Dicas para redução da taxa de juros do financiamento imobiliário

Você se interessa por uma redução da taxa de juros do financiamento imobiliário? Veja como funciona e como conseguir passo a passo.
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Dois cubos de madeira com símbolos de porcentagem e setas para cima

Uma redução da taxa de juros do financiamento imobiliário parece interessante para o seu bolso?

Ainda bem que é possível reduzir as porcentagens que você paga ao banco todo mês e aliviar o peso do imóvel no orçamento pessoal, caso você tenha um imóvel financiado.

E tem mais: em tempos de queda de juros, você tem muito mais chances de conseguir a redução da taxa do financiamento imobiliário.

Então continue lendo e veja como reduzir a sua dívida de longo prazo.

Vai haver redução na taxa de juros de financiamento imobiliário em 2023?

Quem esperava pela redução na taxa de juros de financiamento imobiliário em 2023 vai ter que aguardar mais um ano.

Isso porque os três maiores bancos privados do país anunciaram que a redução dessas linhas de crédito só deve acontecer em 2024.

Os diretores de crédito das instituições afirmam que apenas a queda da taxa Selic não é suficiente para justificar a diminuição dos juros do crédito habitacional — é preciso, por exemplo, que reformas econômicas sejam encaminhadas pelo Congresso.

De qualquer forma, a previsão é que 2024 seja um bom ano para o crédito imobiliário.

Em 2023, por exemplo, o montante liberado já soma mais de R$ 240 bilhões e deve superar o valor de 2022.

Redução da taxa de juros do financiamento imobiliário em andamento é possível?

Sim, é possível conseguir uma redução da taxa de juros do financiamento imobiliário e pagar menos pelo seu imóvel.

Se você está achando que os juros do seu contrato são abusivos e tem visto ofertas melhores no mercado, existem duas opções:

  • Tentar renegociar o financiamento com seu banco
  • Fazer a portabilidade do financiamento para outro banco.

Desde 2012, a Lei Federal nº 27.703 garante o direito de portabilidade de financiamento imobiliário com o objetivo de reduzir os juros e adequar a dívida à capacidade de pagamento.

Não à toa, essa lei foi criada em um momento de queda da taxa Selic no país, quando todos os juros no mercado financeiro caíram também, inclusive os dos financiamentos.

Em 2023, a Selic entrou em um novo ciclo de baixa, após alcançar seu pico de 13,75% em agosto de 2022, devido aos efeitos da pandemia e da crise econômica.

Agora, a tendência é que a taxa de juros nacional caia gradualmente, ampliando o espaço para a negociação de contratos de financiamento imobiliário.

Então, se você não está satisfeito com as condições do seu contrato, vale a pena procurar o gerente do banco para negociar ou, se não houver acordo, buscar outra instituição com uma oferta melhor.

Como funciona a portabilidade de financiamento imobiliário

A portabilidade é um processo simples que possibilita a redução da taxa de juros do financiamento imobiliário sem muita burocracia.

Basicamente, você poderá transferir sua dívida para outro banco, se concluir que os juros são mais baixos e será possível economizar.

Para isso, você não precisa nem ir até o banco atual: basta levar a documentação necessária até o novo banco e negociar as taxas do novo contrato.

Por lei, o banco é obrigado a transferir a operação, mas quase sempre a instituição oferece uma contraproposta para manter o cliente (geralmente, bem atrativa).

Assim, na melhor das hipóteses, você poderá reduzir os juros do financiamento imobiliário sem nem precisar trocar de instituição.

Além disso, desde 2020, quem tem um contrato pelo SFI (Sistema de Financiamento Imobiliário), no qual as taxas cobradas são livres, poderá solicitar a portabilidade para o SFH (Sistema Financeiro da Habitação), que possui taxas de juros mais baixas.

Além da possibilidade de economia, o SFH também permite o uso do dinheiro depositado no FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e caderneta de poupança para amortizar o financiamento.

Outro ponto importante é que o limite de valor do imóvel do SFH aumentou de R$ 1 milhão para R$ 1,5 milhão, permitindo que contratos antigos pelo SFI façam a transferência para conseguir juros mais baixos.

Amortização como alternativa para reduzir os juros

Outra opção para conseguir uma redução da taxa de juros do financiamento imobiliário é amortizar a dívida aos poucos — ou seja, reduzir gradualmente o montante devido.

Nesse caso, você adianta o pagamento de parcelas para reduzir o saldo devedor e, consequentemente, pagar menos juros.

Em um financiamento com amortização pela tabela SAC (Sistema de Amortização Constante), por exemplo, as parcelas começam mais altas e vão diminuindo conforme o valor é amortizado.

Por exemplo, vamos supor que você tenha contratado um financiamento de R$ 100 mil com a primeira parcela no valor de R$ 1 mil, dos quais R$ 500 são referentes à amortização e os outros R$ 500 aos juros.

No segundo mês, o saldo devedor será de R$ 99,5 mil, pois metade da primeira parcela era constituída apenas por juros.

Se você conseguir pagar um valor extra, esse saldo devedor poderá ser reduzido mais rapidamente, diminuindo também a base de cálculo dos juros.

Assim, ao antecipar parcelas, você estará pagando o banco antes do que ele esperava receber e aliviando seus juros.

Geralmente, os bancos dão duas opções de amortização aos clientes: 

  • Manter o valor das parcelas e diminuir o prazo, para quem quer pagar mais rápido
  • Ou manter o prazo e reduzir as parcelas, para quem precisa aliviar o peso da prestação no orçamento mensal.

Vale lembrar que essa alternativa não reduz a taxa de juros do contrato, que continua exatamente a mesma — apenas abate parcelas e, consequentemente, diminui o impacto dos juros.

Como trocar de banco e reduzir a taxa de juros do financiamento imobiliário em 4 passos

Se você se interessou pela redução da taxa de juros do financiamento imobiliário, o caminho mais prático é a portabilidade.

Veja a seguir os detalhes sobre como solicitar a transferência e renegociar seu contrato.

1. Solicite as informações do seu contrato

Para fazer a portabilidade da dívida, primeiro você precisa solicitar ao banco atual as informações do seu financiamento imobiliário.

Basicamente, você vai precisar da cópia do contrato atual, saldo devedor atualizado, data do último vencimento e demonstrativo da evolução do saldo devedor.

Além disso, é importante saber qual a taxa de juros nominal e efetiva, o sistema de amortização, o valor de cada prestação e o Custo Efetivo Total (CET).

Lembrando que, para trocar de banco, você precisa estar em dia com os pagamentos, ok?

2. Analise as ofertas do mercado

Com todos os dados do contrato em mãos, você já pode pesquisar o mercado em busca de ofertas de financiamento imobiliário mais vantajosas.

Na hora de fazer a comparação, é importante considerar o CET da dívida, que já inclui todos os custos, taxas e encargos da operação.

Na opinião do professor de economia e negócios da FGV Alberto Ajzental, se o custo do novo banco for 0,5% menor que o do atual, já vale a pena transferir.

Em entrevista, ele cita o exemplo de um contrato com saldo restante de R$ 200 mil e 120 parcelas, que poderia ser reduzido em R$ 6,6 mil com uma taxa de juros 0,5% menor.

Se a redução for de 1%, o valor economizado sobe para R$ 13.138, e se for de 1,5%, para R$ 19.596 — um alívio considerável na dívida.

Caso você tenha dúvidas sobre os cálculos, você pode usar os simuladores oferecidos pelas próprias instituições para determinar se a oferta vale a pena.

3. Verifique os requisitos do novo banco

Se você encontrar uma oferta com juros mais baixos, terá que verificar quais são os requisitos para fazer a portabilidade.

Geralmente, é preciso passar por uma análise de crédito e entregar documentos como laudo de avaliação do imóvel, documento de registro do imóvel, seguro de financiamento, entre outras exigências.

Se você for aprovado e conseguir negociar um valor satisfatório, já pode solicitar a transferência.

4. Aguarde a transferência ou contraproposta

Após a solicitação da portabilidade pelo novo banco, o banco atual tem cinco dias para fazer a transferência ou apresentar uma contraproposta.

Se a negociação não der certo, basta aguardar a conclusão da operação para fechar o contrato com o novo banco.

Lembrando que pode haver custos de transferência, como uma nova avaliação do imóvel ou averbação no cartório.

Entendeu tudo sobre a redução na taxa de juros de financiamento imobiliário?

Veja também como comprar a casa própria dos seus sonhos.

O propósito da Neon é diminuir desigualdades, mostrando caminhos financeiros mais simples e justos, porque todos merecem um futuro brilhante. A educação financeira é um dos principais pilares para fazer isso acontecer, por isso estamos aqui para te acompanhar em sua jornada com as finanças.

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