A economia solidária tem como foco estabelecer relações comerciais de uma maneira justa e ética.
Ela se baseia na organização de um grupo de pessoas com o mesmo objetivo, que pode ser a compra e venda de produtos ou a prestação de serviços.
Esse conceito pode aparecer de várias formas, sempre dentro dos princípios que vamos mostrar neste artigo.
Também vamos explicar o funcionamento desse tipo de iniciativa e dar exemplos que podem ser encontrados no Brasil.
Comece a leitura e aprenda tudo sobre economia solidária!
O que é economia solidária?
Economia solidária é um conceito que incentiva a realização de atividades de vários tipos com base na autogestão, sem uma figura centralizadora.
Ações como produção, distribuição e consumo, ou mesmo iniciativas de crédito como financiamentos podem seguir essa ideia.
Portanto, o conceito de empresas que conhecemos, em que há um proprietário ou um grupo de acionistas que tomam decisões e ficam com os lucros, não se aplica aqui.
Em uma iniciativa de economia solidária, um grupo de pessoas se reúne para realizar as atividades em conjunto.
Desta forma, eles podem distribuir os resultados com igualdade entre eles.
Portanto, não existe a figura do patrão, que fica com os lucros e remunera os colaboradores com salários.
Em vez disso, há um grupo que trabalha e toma decisões em conjunto para buscar a sustentabilidade da iniciativa.
Qual a importância da economia solidária?
A economia solidária contribui com a redução da pobreza e da desigualdade social por dar espaço para pessoas e grupos que teriam dificuldade em se encaixar no mercado tradicional.
Muita gente pode encontrar nesse segmento a chance de conseguir se sustentar com dignidade.
Por exemplo, pessoas desempregadas sem chances de se qualificar para buscar uma vaga no mercado convencional, ou que já trabalham, mas de forma precária e com poucos ganhos.
Além disso, esse tipo de iniciativa ajuda a movimentar a economia de pequenas comunidades, que deixam de depender de grandes negócios que muitas vezes não dão um retorno por seus lucros.
É claro que grandes empresas também são importantes para a economia de qualquer país.
Porém, às vezes é necessário que exista também uma iniciativa que priorize o bem-estar de quem vive em uma comunidade.
Isso vale tanto para a cobrança de preços justos quanto para o impacto que a empresa exerce no meio ambiente.
Como também são parte da comunidade, os integrantes de uma atividade de economia solidária vão dar mais valor para esses aspectos.
Para que esses conceitos fiquem claros, é importante entender bem o funcionamento da estratégia, como vamos ver a seguir.
Como funciona a economia solidária?
A economia solidária funciona a partir da organização de pessoas com um objetivo em comum.
A atividade pode variar, mas o importante é que tudo seja planejado para que todos tenham ganhos iguais.
Existem diferentes formatos para que essa organização aconteça.
Uma delas é a cooperativa de compra e venda, em que vários empreendedores para unificar suas atividades.
Ela pode ser focada apenas na venda, apenas na compra ou em ambos.
Por exemplo, um grupo de produtores rurais pode se unir para comprar equipamentos que possam ser usados por todos eles. Além disso, eles podem vender também seus produtos em conjunto, seja em um comércio montado pelos próprios cooperados ou por meio de uma rede de distribuição.
Existe também a cooperativa de produção, em que os cooperados se unem para produzir algum tipo de bem.
Assim, conseguem ganhar escala — ou seja, fabricar e distribuir seus produtos em um volume alto.
Já nas cooperativas de crédito, os integrantes unem seus recursos para prestar serviços bancários aos próprios associados.
Como todo o atendimento é voltado a coproprietários, essas instituições cobram taxas de juros justas, auxiliam na educação financeira e prestam um serviço personalizado.
Existem ainda outros tipos de associações que podem ser consideradas iniciativas de economia solidária.
Quais os princípios da economia solidária?
Para que um empreendimento seja considerado de economia solidária, é preciso seguir os princípios que vamos mostrar agora.
Autogestão
As iniciativas de economia solidária são gerenciadas por seus próprios participantes.
Portanto, não existe uma figura com hierarquia superior às outras.
Democracia
As decisões precisam ser tomadas em comum acordo.
Em alguns casos, pode haver uma organização para definir responsáveis por determinadas decisões — porém, essas funções costumam ser definidas por todos os participantes.
Solidariedade
Todos os processos devem ser pensados e realizados com o foco no bem-estar de todas as pessoas.
Isso não vale só para os participantes da iniciativa, mas também para clientes e parceiros.
Cooperação
As ações são tomadas em conjunto para que todos possam sair ganhando da mesma forma.
Não há competição, e ninguém deve levar vantagem ou sair em desvantagem.
Cuidado com a natureza
As ações realizadas na economia solidária são sustentáveis do ponto de vista ambiental.
Em outras palavras, os recursos naturais são usados de uma forma que não cause danos ao meio ambiente.
Comércio justo
Embora o foco de qualquer ação comercial seja lucrar, todos os preços são definidos de uma maneira justa.
Por isso, as iniciativas não cobram valores exorbitantes por seus produtos.
Consumo solidário
O consumo de qualquer bem é feito pensando no coletivo.
Além de escolher produtos e serviços de empresas que adotam práticas corretas, os participantes buscam sempre o equilíbrio, sem exageros ao explorar recursos de qualquer tipo.
Exemplos de economia solidária no Brasil
Várias organizações podem servir como exemplo de economia solidária no Brasil.
Conheça algumas das mais comuns:
- Associações de agricultores: é muito comum vermos pequenos produtores rurais sem a estrutura suficiente para produzir e distribuir bens diretamente para o cliente final se unindo em instituições com essa finalidade
- Feiras ecológicas: não deixam de ser associações entre pequenos produtores, mas o foco nesse caso é atrair consumidores em espaços onde eles podem encontrar diversos itens orgânicos à venda
- Cooperativas de reciclagem: são associações formadas por diversos participantes, como catadores e transportadores, para garantir a reutilização do chamado lixo seco, ou reciclável
- Empresas recuperadas: os trabalhadores de um negócio falido podem assumir a sua gestão para trabalhar em conjunto e de forma democrática na atividade realizada, como aconteceu com a fábrica de embalagens plásticas Flaskô, em Sumaré (SP)
- Bancos comunitários: são cooperativas de crédito formadas por moradores de uma comunidade, que prestam entre si serviços como abertura de contas, cartão de crédito, empréstimos e financiamentos.
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