A empresa pode descontar empréstimo consignado na rescisão?

Será que a empresa pode descontar empréstimo consignado na rescisão? Veja como funciona e quais os seus direitos nesse caso.
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Mulher com semblante de dúvida sentada em sofá com computador no colo

Será que a empresa pode descontar empréstimo consignado na rescisão

É o que veremos neste artigo, que esclarece o que acontece com o consignado após uma demissão. 

Como você deve imaginar, a dívida permanece em seu nome, mas as condições de pagamento mudam.

Então, continue lendo e descubra qual valor do empréstimo consignado pode ser descontado das verbas rescisórias do trabalhador.

A empresa pode descontar empréstimo consignado na rescisão?

Sim, a empresa pode descontar empréstimo consignado na rescisão do contrato de trabalho, no caso de demissão do funcionário.

Isso acontece porque, a partir do momento em que o colaborador é demitido, o empregador não é mais responsável pela garantia da dívida do consignado. 

Assim, a lei permite que seja descontado até 35% do valor das verbas rescisórias para quitação do empréstimo.

Lembrando que o empréstimo consignado privado tem as parcelas descontadas diretamente da folha de pagamento do funcionário, enquanto ele mantém o vínculo com a empresa. 

Depois do desligamento, o trabalhador assume a dívida por conta própria, passando a fazer os pagamentos mensais por boleto ou débito em conta corrente.

Tire outras dúvidas sobre a lei do empréstimo consignado.

Quanto pode ser descontado da rescisão para pagar o empréstimo consignado?

A lei determina que a empresa pode descontar até 35% das verbas rescisórias para pagamento do empréstimo consignado privado. 

Isso significa que esse é o percentual limite que pode ser destinado à quitação do crédito, considerado o valor total a receber.

No momento da demissão, as verbas rescisórias são valores como saldo de salário, 13º salário proporcional, férias proporcionais ou vencidas além de FGTS da rescisão e multa do FGTS (se aplicável). 

Podem ainda ser incluídas horas extras pendentes, adicionais e outros benefícios.

Dessa forma, por exemplo, se um colaborador é demitido e recebe um total de R$ 10 mil em verbas rescisórias, o empregador tem direito de descontar R$ 3.500 para o pagamento do empréstimo consignado.

Como fazer o cálculo de rescisão com FGTS? Guia completo.

O que acontece com o empréstimo consignado em caso de demissão?

Em caso de demissão, o empréstimo consignado deixa de ter suas parcelas descontadas em folha e passa a ser pago diretamente pelo trabalhador

O contrato segue em nome do ex-funcionário, com a diferença de que a empresa não tem mais ligação com a dívida.

Assim, o trabalhador pode renegociar o pagamento diretamente com a instituição financeira que concedeu o crédito. 

Geralmente, as parcelas são pagas por meio de boleto bancário ou débito em conta corrente, a partir do desligamento.

Em alguns casos, o contrato inclui um seguro para cobrir parte das parcelas. 

Em relação aos juros, é possível negociar com a empresa para manter as condições próximas, mas é esperado um aumento nos encargos devido à ausência da garantia do salário.

Portanto, o ex-funcionário continua responsável pelo empréstimo após a demissão e deve renegociar o pagamento de sua dívida, independentemente da situação anterior de consignação.

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