6 passos para começar a investir na bolsa de valores

Saber como começar a investir na bolsa de valores pode fazer muita diferença na sua vida financeira. Temos 6 passos que podem ajudar, confira.
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Blocos de madeira com setas apontando para cima sobre fundo azul

Muitas pessoas têm dúvidas sobre como começar a investir na bolsa de valores e isso é perfeitamente normal. O fato é que esse pode ser o próximo grande passo na sua vida financeira, mas, se você acha o mercado de ações assustador, saiba que já é possível investir na bolsa com pouco dinheiro e pela internet.

Uma pesquisa mostra que a bolsa atingiu 4,2 milhões de investidores pessoa física em renda variável em dezembro de 2021, totalizando R$ 501 bilhões investidos na B3, a bolsa de valores brasileira.

Para se juntar a esses investidores e aumentar seus ganhos, é só acompanhar nosso guia básico para começar a investir na bolsa de valores sem mistérios.

Leia até o fim e descubra como é fácil se tornar acionista de grandes empresas e como uma visão de longo prazo ajuda a consolidar seus ganhos.

Por que começar a investir na bolsa de valores?

Começar a investir na bolsa de valores é um passo importante para avançar nos investimentos e ter uma rentabilidade maior.

Hoje o processo está mais fácil do que nunca e qualquer pessoa pode se tornar sócia de grandes empresas comprando ações, pequenas frações do capital que dão direito à participação na sociedade.

Na bolsa brasileira, chamada B3 (Brasil, Bolsa Balcão), são negociadas ações e outros ativos de renda variável, que têm como principal característica os rendimentos não conhecidos no momento da aplicação — ou seja, alta volatilidade.

Por isso, um jovem investidor que está dando seus primeiros passos na bolsa precisa se acostumar com o sobe e desce dos preços, e saber a hora certa de comprar e vender suas ações.

Com uma boa estratégia, é possível ter ganhos consideráveis com a valorização dos papéis e receber dinheiro das empresas. E o melhor: elas podem ser compradas pela internet e a web está repleta de informações úteis para aproveitar as melhores oportunidades da bolsa.

Quem pode investir em ações?

Houve um tempo em que comprar ações na bolsa era restrito aos investidores profissionais e mais endinheirados, mas essa épocaficou para trás. Hoje basta ter um CPF e um dinheiro sobrando para começar a investir na bolsa de valores sem sair de casa.

Alguns dados de um estudo da B3 de fevereiro de 2022 evidenciam como o mercado de investimentos na bolsa está crescendo e se tornando cada vez mais acessível: em dezembro de 2021, por exemplo, a mediana do primeiro investimento foi de R$ 44, o que mostra que os aportes estão começando com valores mais baixos.

O estudo também mostra que as carteiras dos investidores estão mais diversificadas, assim como houve um saldo de pessoas físicas na renda variável desde 2019.

Além disso, o número de jovens investindo na bolsa cresceu 65% entre 2020 e 2021, faixa etária que contempla CPFs de crianças e adolescentes com até 15 anos. A movimentação desses jovens foi de R$ 700 milhões.

Felipe Paiva, diretor de Relacionamento com Clientes da B3, disse em 2020: “Estamos desmistificando a história de que as pessoas precisam de muito dinheiro para investir. As pessoas físicas estão cada dia mais na renda variável e os valores investidos não são altos.”

Então, se você acreditava que a bolsa não era para você, está na hora de rever seus conceitos e saber como começar a investir na bolsa de valores. 

O que fazer antes de começar a investir na bolsa de valores?

Antes de começar a investir na bolsa de valores, você precisa seguir alguns passos básicos de planejamento financeiro e conhecer um pouco o mercado.

Veja como se preparar para aplicar em ações.

Organize sua vida financeira

O primeiro passo para começar a investir, seja em renda variável ou renda fixa, é organizar sua vida financeira. Isso significa ter o orçamento sob controle (gastar menos do que ganha), quitar suas dívidas e separar uma quantia todo mês para investir.

Se você não preenche os requisitos, é melhor resolver as finanças antes de pensar em investimentos, para o bem do seu bolso.

Tenha uma reserva de emergência

Outro passo obrigatório antes de começar a investir na bolsa de valores é ter umareserva de emergênciacom dinheiro aplicado em renda fixa.

Essa reserva financeira deve ser suficiente para cobrir todos os seus gastos fixos por 6 a 12 meses, em caso de imprevistos como perda de emprego e renda.

É importante deixar esse dinheiro aplicado em um investimento de renda fixa com liquidez diária, como o Tesouro Selic ou CDB, assim você pode resgatar o montante a qualquer momento e ainda ter rendimentos acima da poupança.

O que você acha de investir no CDB Neon? O rendimento começa em 105% do CDI e, a cada seis meses, esse percentual vai aumentando em 2% do CDI até chegar a 113%.

Banner retangular mencionando o CDB Neon que rende até o dobro da poupança

Entenda os principais conceitos

Aprender a investir na bolsa pode ser desafiador no início, com tantos termos técnicos e conceitos próprios do mercado financeiro. Por isso, é importante ler e pesquisar sobre o mercado de ações, e ganhar alguma confiança antes de comprar seus primeiros papéis.

Dica: faça o curso de investimento em ações online e gratuito da B3 Educação, a página de educação financeira da bolsa.

Também vale acompanhar canais no YouTube de referências no mercado para aprender tudo o que é necessário para investir com mais segurança.

Conheça seu perfil de investidor

Por fim, é importante conhecer seu perfil de investidor (também chamado “Suitability”) para começar a investir na bolsa com segurança.

Claro que todo iniciante deve começar com opções mais conservadoras — e sim, tem como escolher estratégias mais seguras na bolsa, mesmo com a alta volatilidade —, mas seu perfil pode variar de acordo com o seu apetite de risco e objetivos.

Estes são os três perfis resumidos:

  • Conservador: prioriza a segurança e não se importa em ganhar um pouco menos para ter riscos mais baixos. Por isso, aloca a maior parte dos recursos na renda fixa (Tesouro Direto, CDBs, LCI/LCA, etc.) para preservar seu patrimônio;
  • Moderado: procura equilibrar segurança e rentabilidade, topando correr um risco um pouco maior para ganhar mais. Logo, tem uma carteira mais diversificada com ativos de renda fixa e renda variável;
  • Arrojado: é o investidor de risco, que conhece melhor o mercado e não se abala facilmente com as perdas. Sua parcela de investimentos em renda fixa é mínima, enquanto a renda variável domina o portfólio.

Aqui temos um artigo completo para você descobrir qual é o seu perfil de investidor.

6 passos para começar a investir na bolsa de valores

Tudo pronto para começar a investir na bolsa de valores e se tornar um acionista?

Siga os passos abaixo para não ter erro.

1. Defina seus objetivos

Para começar, é importante definir seus objetivos, respondendo a perguntas simples como:

  • Quanto você tem disponível para investir agora?
  • Você pretende investir mensalmente? Quanto?
  • Qual sua meta financeira (ex.: comprar um imóvel ou veículo, alcançar independência financeira, formar reserva para a aposentadoria, juntar R$ 1 milhão)?
  • Por quanto tempo você pretende deixar o dinheiro investido na bolsa?

Essas questões vão ajudar a traçar uma estratégia para investir em ações de acordo com sua situação.

No vídeo abaixo você confere exemplos de investimentos de renda passiva para ganhar dinheiro todo mês:

2. Trace sua estratégia de investimento

Existem várias estratégias para investir na bolsa, mas podemos citar as duas principais para começar:

  • Estratégia de longo prazo: busca retorno consistente a longo prazo por meio de ações de empresas consolidadas e com alto potencial de valorização. Sua base é a análise fundamentalista, que avalia os fundamentos do negócio para determinar sua saúde financeira e perspectiva de retorno;
  • Estratégia de curto prazo: busca ganhos rápidos e menores com operações de curto prazo (às vezes no mesmo dia, como no day trade) e táticas especulativas. Sua base é a análise técnica, que parte de gráficos e variações de preços para identificar tendências de alta e queda das ações.

Se você é iniciante, o melhor caminho é o longo prazo, que permite construir patrimônio com empresas sólidas na carteira.

Aliás, quem usa essa estratégia é um dos maiores investidores do nosso tempo: Warren Buffett, criador da famosa “Buy and hold”— tática de comprar ações de empresas consolidadas e mantê-las em seu portfólio por anos.

Assim, você evita as armadilhas que levam ao prejuízo na bolsa, como as decisões de compra e venda por impulso.

Leia também: Como aprender a investir do zero e multiplicar seu dinheiro

3. Prepare-se para a montanha-russa das ações

Sua estratégia deve considerar a montanha-russa dos preços das ações, que pode intimidar os investidores iniciantes e levar a decisões precipitadas.

Um dos erros mais comuns de quem está começando é sucumbir aos momentos de pânico e euforia no mercado, vendendo ações quando estão em queda e comprando quando estão em alta.

Para lucrar, é preciso fazer justamente o contrário: comprar na baixa e vender na alta. Por isso é recomendado investir a longo prazo e entender que as quedas de preços são passageiras, e que o tempo compensa essas baixas e traz ganhos mais consistentes.

4. Abra uma conta em uma corretora

O próximo passo para começar a investir na bolsa de valores é abrir uma conta em uma corretora. O Banco Central do Brasil tem uma lista de corretoras habilitadas, e você pode escolher com base em taxa de corretagem, credibilidade no mercado e qualidade do atendimento, por exemplo.

Na maioria das instituições, a abertura de conta é feita 100% online, e você só precisa transferir dinheiro para começar a comprar ações.

Veja aqui 8 passos para escolher sua corretora de valores e começar a investir.

5. Compre suas primeiras ações

Para comprar suas primeiras ações, basta utilizar o home broker, o sistema da corretora que conecta você ao pregão eletrônico da B3. Nele você acompanha as cotações das ações e pode emitir suas ordens de compra e venda em poucos cliques.

No geral, os papéis são comercializados em lotes padrão de 100 ações ou lotes fracionários por unidade, e você pode ir montando sua carteira conforme a estratégia adotada.

Você pode começar com as Blue Chips, por exemplo, ações de empresas consolidadas e de alto volume de negociações (ou seja, mais seguras e fáceis de vender).

6. Acompanhe as cotações e notícias

Após montar sua carteira de ações, é essencial acompanhar as cotações na bolsa e notícias sobre as empresas, assim como o cenário econômico do país em geral. Além disso, a própria corretora tem sua carteira recomendada, que traz análises profissionais do mercado e indicações de ações promissoras.

É com base nessas informações que você deve tomar suas decisões de compra e venda de ações, mirando sempre nos ganhos de longo prazo e potencial de valorização.

Mas lembre-se: nenhuma recomendação ou tendência de mercado deve ser seguida à risca, pois só você pode decidir onde é melhor investir seu dinheiro.

Por isso, se você quer vencer na bolsa, continue estudando e planejando seus próximos passos — quanto mais conhecimento você tiver, melhor será o retorno.

O propósito da Neon é diminuir desigualdades, mostrando caminhos financeiros mais simples e justos, porque todos merecem um futuro brilhante. A educação financeira é um dos principais pilares para fazer isso acontecer, por isso estamos aqui para te acompanhar em sua jornada com as finanças.

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