Segurança digital: guia para proteger seu dinheiro na internet

Você usa a internet pensando em segurança digital? Em um mundo hiperconectado e com cada vez mais golpes, veja como se proteger.
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A segurança digital deve ser uma das suas preocupações diárias ao navegar na internet, fazer compras online ou acessar suas contas.

A cada movimento seu na web, cibercriminosos estão à espreita, criando estratégias para aplicar golpes, capturar dados e roubar seu dinheiro.

As ameaças cibernéticas vêm se multiplicando e podem chegar até você na forma de um e-mail, um link no WhatsApp ou um formulário falso em uma loja virtual, entre outras táticas utilizadas.

Entender o risco potencial é importante, assim como saber o que fazer para proteger as suas informações e o seu bolso.

É o que vamos ver a partir de agora, neste guia completo sobre a segurança digital.

Continue lendo e redobre os cuidados online!

O que é segurança digital?

Segurança digital é o conjunto de práticas e tecnologias utilizadas para proteger sistemas, redes e dados contra ameaças como ataques cibernéticos, acesso não autorizado e perda de informações, garantindo a privacidade e a integridade de informações no ambiente online.

As principais ameaças digitais incluem ataques que utilizam vírus, códigos maliciosos e táticas de engenharia social para roubar informações confidenciais e extorquir pessoas e empresas.

Logo, o papel da segurança digital é bloquear qualquer possibilidade de invasão e interceptação de informações nas infinitas trocas de dados que ocorrem em nossas atividades diárias.

A maior parte do trabalho é preventiva e busca mapear todas as falhas e vulnerabilidades dos sistemas para impedir que cibercriminosos se aproveitem de qualquer brecha para acessar e alterar dados.

Hoje, todos os sites, apps e redes sociais que acessamos online adotam medidas de segurança digital para proteger nossos dados, desde a conta de e-mail até o app de mensagens instantâneas.

Isso é necessário porque os ciberataques têm se multiplicado na mesma velocidade dos serviços digitais — e se tornado cada vez mais sofisticados.

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Qual a importância da segurança digital?

A segurança digital se tornou prioridade em um mundo cada vez mais conectado. 

Da mesma forma que você se preocupa em proteger sua casa e seus bens físicos, também precisa garantir informações seguras na internet.

Na web e em redes empresariais, por exemplo, nós compartilhamos dados pessoais, logins de contas, credenciais, senhas de cartões e outras informações privadas.

Se um criminoso tiver acesso a tudo isso, ele pode facilmente roubar identidades, clonar cartões e contas, roubar e sequestrar dados confidenciais, entre outros golpes.

E com o avanço da transformação digital essas ameaças têm crescido exponencialmente. 

No Brasil, os ataques cibernéticos cresceram cerca de 70%, segundo dados da Check Point Software publicados no Security Report.

O relatório ainda mostra que as empresas são atacadas cerca de 2.754 vezes por semana

Além disso, os golpes virtuais praticamente triplicaram, segundo um levantamento da PSafe.

Com esses números, fica clara a importância da segurança digital, não é mesmo?

Quais os pilares da segurança digital?

A segurança digital se sustenta sobre cinco pilares: confidencialidade, integridade, disponibilidade, autenticidade e legalidade.

Veja o que significa cada um deles.

Confidencialidade

O primeiro pilar da segurança digital diz respeito à confidencialidade das informações, uma vez que o sigilo é essencial na troca segura de dados.

Esse ponto é especialmente importante para empresas, que têm muitos dados sigilosos e precisam tomar diversas medidas para controlar o acesso a eles. 

Uma das principais é a gestão de permissões, que garante que somente pessoas autorizadas possam visualizar e editar determinadas informações.

Integridade

Uma informação digital segura deve permanecer íntegra, ou seja, ser protegida de qualquer alteração ou manipulação

Esse é o pilar da segurança digital que assegura dados corretos e inalterados.

Disponibilidade

Outro pilar importante é a disponibilidade, que se refere à facilidade de acesso às informações pelas pessoas interessadas. 

Tomando os devidos cuidados que a confidencialidade exige, também é necessário garantir que os dados possam ser acessados instantaneamente.

Autenticidade

Dados seguros são dados autênticos. Ou seja, a segurança digital tem como pilar garantir que informações são verdadeiras e originais.

Para isso, é preciso ter mecanismos de checagem de fontes e ferramentas de autenticação.

Legalidade

Por fim, o pilar da legalidade se refere a todo o ordenamento jurídico ao redor da segurança digital em um país. 

Afinal, investir em dados seguros também requer o respeito às leis e normas.

O principal exemplo brasileiro é a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), que determina uma série de diretrizes para a coleta e tratamento de dados pessoais de pessoas físicas.

O que é feito para prover a segurança digital no Brasil?

Hoje, o Brasil é o segundo país das Américas em maturidade de cibersegurança, somente atrás dos Estados Unidos.

Os dados estão no relatório Índice Global de Segurança Cibernética 2024, divulgado pela União Internacional de Telecomunicações (UIT).

Para avaliar o grau de excelência nos países, a agência da ONU utiliza cinco critérios: 

  • Medidas legais;
  • Ações técnicas;
  • Iniciativas organizacionais;
  • Capacidade de desenvolvimento;
  • Ações cooperativas. 

O governo brasileiro também lançou um sistema para controle dos riscos de segurança que atende às normas da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

Isso trouxe uma base importante de segurança digital ao estabelecer regras de proteção de dados pessoais.

No entanto, é importante lembrar que o Brasil é líder mundial em phishing, um tipo de golpe que “fisga” informações privadas de usuários por meio de links fraudulentos.

Além disso, muitas empresas ainda estão dando seus primeiros passos para criar políticas de cibersegurança efetivas — muitas vezes motivadas pelas exigências da LGPD.

Um setor que está bastante à frente na segurança digital é o financeiro, dada a natureza altamente confidencial dos dados processados em bancos, corretoras, fintechs e outras instituições.

Para proteger os dados de seus clientes, essas empresas utilizam diversos recursos de autenticação, criptografia de dados e prevenção de ciberataques.

Ministério cria Secretaria de Direitos Digitais

Uma ação de segurança digital com grande repercussão foi o lançamento da Secretaria de Direitos Digitais, criada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) em 2023.

O objetivo dessa secretaria é avaliar e propor medidas que tornem o ambiente cibernético mais seguro para os usuários no Brasil. 

Entre as iniciativas, está o Programa De Boa na Rede, uma biblioteca virtual que auxilia pais e responsáveis com informações para proteger crianças e adolescentes durante o uso da internet.

Como é a segurança das fintechs?

Se você se preocupa com a segurança das fintechs (startups focadas em soluções digitais para finanças), bancos e instituições de pagamento digitais, saiba que eles podem ser até mais confiáveis do que os bancos tradicionais.

Isso porque sua principal característica é a inovação. 

Com isso, as instituições financeiras digitais acabam investindo nas tecnologias mais recentes e adotando os métodos mais avançados de criptografia e proteção de dados.

Um bom exemplo é a Neon, que utiliza tokens para validar a segurança no app e oferece a autenticação exclusiva por selfie e por impressão digital.

Dessa forma, você consegue confirmar sua identidade de forma segura e evita que qualquer pessoa tenha acesso a sua conta bancária e dados pessoais.

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Exemplos de segurança digital em apps financeiros

Os apps financeiros modernos contam com uma série de mecanismos de segurança digital que protegem seus clientes. 

Confira os principais:

PIN

O PIN (Personal Identification Number, ou Número de Identificação Pessoal) é o recurso de segurança digital mais tradicional em apps financeiros. 

Geralmente, é uma senha numérica de 4 dígitos exigida para acessar o aplicativo.

Reconhecimento biométrico

Hoje, os celulares já oferecem recursos biométricos para reconhecimento facial e de digitais, por exemplo. 

É o caso do Face ID, da Apple, que pode ser configurado para uso em apps financeiros.

No entanto, o desbloqueio facial não é indicado para celulares Android, uma vez que vários aparelhos foram reprovados em testes utilizando fotos 2D para burlar o sistema.

Token

Hoje, grande parte dos apps financeiros (especialmente os bancários) têm seus próprios geradores de tokens para autenticar os clientes

Esses tokens funcionam como certificados digitais que identificam usuários e autorizam o acesso ao aplicativo.

Autenticação de dois fatores

É altamente recomendável utilizar a autenticação de dois fatores em apps financeiros. 

Esse recurso adiciona uma camada extra de proteção ao acesso, exigindo um dado adicional além da senha.

Esse dado extra pode ser uma segunda senha, um código de verificação enviado por SMS ou e-mail, uma resposta a uma pergunta secreta, um token ou mesmo dados biométricos.

Como garantir a sua segurança digital?

Para garantir sua segurança digital, é importante ter consciência de que a internet está repleta de golpes — e que muitos deles dependem somente da distração dos usuários, utilizando a engenharia social para enganar pessoas.

Por isso, fique sempre atento a mensagens desconhecidas, links suspeitos e qualquer informação que pareça vantajosa demais (ou alarmante demais).

De modo geral, evite cadastrar seus dados pessoais em qualquer site, pois são informações valiosas que podem ser facilmente utilizadas por estelionatários. 

Forneça seus dados somente a empresas confiáveis e verifique se as diretrizes da LGPD são atendidas.

Além disso, tenha cuidado redobrado com qualquer ação que envolva pagamentos. 

Hoje em dia, fazer um Pix se tornou tão fácil que grande parte dos golpes exploram essa praticidade para te convencer a transferir dinheiro.

Golpe do Pix: entenda como funciona e como evitar.

Confira 7 dicas de segurança digital

No tópico anterior, falamos de forma geral sobre medidas a adotar para garantir a sua segurança digital.

Agora é hora de montar o seu plano de segurança com as dicas que vamos detalhar abaixo.

1. Utilize softwares e ferramentas de segurança digital

Existem vários softwares e ferramentas de segurança digital que protegem seus dispositivos e contas.

Além do clássico antivírus, é importante ter um antimalware, ativar seu firewall e utilizar recursos do navegador para reconhecer sites maliciosos.

Para proteger suas senhas sem se esquecer delas, você pode usar um gerenciador próprio para essa finalidade.

Malware: como funciona e como se proteger? 

2. Verifique sempre se um site ou app é seguro

Os sites e apps falsos se multiplicam a todo momento na internet, e você precisa tomar muito cuidado com os links que acessa.

A regra de ouro é nunca abrir links desconhecidos e sempre verificar se você está em um domínio seguro, procurando o cadeado na barra de endereço.

Como saber se um site é seguro? Veja dicas para se proteger.

3. Utilize a autenticação de dois fatores

A autenticação de dois fatores já está disponível na maioria dos sites e serviços digitais.

Esse recurso garante que um criminoso não conseguirá invadir sua conta mesmo se tiver sua senha, pois adiciona uma camada extra de segurança que pode ser um PIN, um código de verificação enviado por e-mail ou um registro biométrico.

4. Confira se as empresas atendem às regras da LGPD

Antes de fornecer seus dados a uma empresa, verifique se ela está em conformidade com as regras da LGPD.

Pela lei, as empresas precisam pedir seu consentimento para coletar e tratar seus dados, e também são obrigadas a informar a finalidade do processamento.

5. Nunca compartilhe ou confirme dados

Já deu para entender que a segurança digital existe basicamente para proteger seus dados, certo?

Eles são valiosos para os criminosos, que conseguem roubar dinheiro usando informações como nome, CPF, endereço, renda, ocupação, dentre tantos outros.

Então, tenha como princípio básico jamais confirmar ou fornecer dados a terceiros, principalmente a partir de links enviados por e-mail, redes sociais, apps de mensagens ou qualquer outro canal.

Se você receber uma solicitação desse tipo, contate a empresa responsável imediatamente.

6. Cuidado ao passar suas chaves Pix

Com a popularização do Pix, passar a chave para uma transferência tornou-se muito comum. 

Mas tenha cuidado especialmente com a chave do CPF, que expõe um dado altamente sensível.

Se precisar receber um Pix de estranhos, opte sempre pela chave aleatória, que não revela nenhum dado pessoal. 

Lembre-se de que o número do celular e o e-mail também são utilizados para aplicar golpes e roubar contas.

Saiba como escolher a melhor chave Pix!

7. Evite usar Wi-Fi público

O uso de Wi-Fi público pode expor seus dados em redes não seguras e facilmente interceptáveis. 

Por isso, é melhor usar o 5G e gastar seus dados de celular do que correr riscos se conectando a redes públicas.

4 golpes que ameaçam a segurança das informações digitais

Agora que você já sabe o que fazer para se proteger na internet, vamos conhecer quais são as principais ameaças online.

Aqui estão os quatro principais golpes:

1. Phishing e smishing

Como vimos, o phishing e o smishing estão entre os golpes mais comuns da internet. 

Ambos partem da mesma lógica: “pescar” dados de usuários com links fraudulentos e códigos maliciosos.

A diferença é que o phishing abrange mensagens enviadas por e-mail, redes sociais e sites, enquanto o smishing é o phishing via SMS.

Um exemplo comum é quando você recebe um e-mail com uma promoção boa demais para ser verdade ou um aviso de que ganhou um prêmio, e então é direcionado a um site para preencher um cadastro.

Esses sites são falsos e, muitas vezes, replicam sites de empresas confiáveis para convencer você a informar seus dados. 

Outros golpes instalam vírus e malwares a partir do próprio link enviado à vítima.

Para prevenir o phishing e o smishing, você deve manter seus antivírus e recursos de segurança atualizados e jamais clicar em links suspeitos enviados em qualquer canal.

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2. Golpe do WhatsApp

O golpe do WhatsApp mais famoso consiste na clonagem da conta da vítima por um cibercriminoso.

Tradicionalmente, o golpista duplica ou invade o WhatsApp da vítima e começa a pedir dinheiro para familiares e amigos contando histórias tristes e usando desculpas esfarrapadas.

Em uma versão mais sofisticada do golpe, os criminosos enviam um link para desabilitar o mecanismo de verificação em duas etapas que protege as contas de WhatsApp.

Para não se tornar mais uma vítima, é importante usar a autenticação de dois fatores e jamais desativar esse recurso, além de desconfiar de qualquer pedido de dinheiro pelo app.

Segurança no WhatsApp e Instagram: veja dicas de proteção.

3. Clonagem de cartão

Fique atento a qualquer notificação de compra que não foi feita no cartão de crédito.

É o que acontece quando você tem seu cartão clonado por um criminoso que conseguiu acessar seu nome, número do cartão, data de vencimento e código de segurança.

Para isso não acontecer com você, nunca compartilhe seu cartão de crédito com ninguém (muito menos envie fotos dele pelo WhatsApp) ou informe os dados dele em sites e links desconhecidos.

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4. Ransomware

O ransomware merece um tópico à parte pelo crescimento dos ataques nos últimos anos. 

Basicamente, o criminoso usa um vírus para “sequestrar” os dados de uma pessoa ou empresa, cobrando um resgate para liberar o acesso às informações e não danificá-las.

A única forma de se proteger desse tipo de ataque é investir em recursos de segurança como antivírus e firewalls, além de medidas específicas para a proteção de contas de e-mail, redes e sites de empresas.

Então, gostou das dicas de segurança digital

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