O mercado de ações pode parecer um bicho de sete cabeças.
Muita gente fica confusa com tantos gráficos e indicadores e acaba fugindo da modalidade.
Mas não se intimide, pois é possível entender bem esse tipo de operação e até começar a investir em pouco tempo.
Porém, é preciso tomar cuidado com os riscos.
Se você pensa em ingressar nesse mundo e não sabe por onde começar, leia este artigo até o fim para aprender tudo sobre o mercado de ações.
Leia também: O que são ações? Tipos, dicas e como investir [GUIA].
O que é mercado de ações?
Mercado de ações é o ambiente onde são negociados ativos financeiros de empresas que abrem seu capital, ou seja, oferecem pequenas participações do próprio patrimônio para a venda.
As ações são essas frações, que são compradas e vendidas em uma Bolsa de Valores.
Portanto, o mercado de ações é uma expressão que abrange toda a atividade de compra e venda dessas participações de diversos negócios.
Já a Bolsa de Valores é a estrutura na qual todas essas transações acontecem.
Você deve se lembrar daquelas imagens de filmes e telejornais em que muitas pessoas falam ao mesmo tempo usando aqueles telefones característicos.
Antigamente a Bolsa de Valores era assim, e toda aquela falação era referente a alguma negociação de ações.
Hoje em dia, todo o processo é feito remotamente, o que torna possível investir no mercado de ações sem sair de casa.
No Brasil, essas negociações são feitas na B3, a bolsa de valores que antigamente era conhecida como Bovespa.
Continue lendo para entender melhor como acontecem essas negociações.
Como funciona o mercado de ações?
O mercado de ações funciona a partir da abertura do capital das empresas, em um processo chamado de IPO (Initial Public Offering, ou “Oferta Pública Inicial”, em português).
Em um IPO, as empresas realizam a venda de uma parte de seu patrimônio em forma de ações.
Com esse valor, o negócio pode realizar investimentos para ampliar suas operações.
Os preços das ações são voláteis, ou seja, podem aumentar ou diminuir constantemente, conforme o equilíbrio entre estes dois fatores:
- Oferta: o número de ações que está à venda
- Procura: o número de interessados em comprar.
Se a oferta for maior que a procura, o preço das ações aumenta.
Já se a procura for superior, o preço cai.
Muitos investidores compram e vendem ações para lucrar com essa volatilidade.
Outra forma de ganhar dinheiro nesse mercado é adquirindo um tipo específico de ações que pagam uma parte de seus lucros a seus acionistas — esses valores se chamam dividendos.
É importante ressaltar que nem todas as empresas pagam dividendos a seus acionistas.
Para quem é indicado o mercado de ações?
O investimento no mercado de ações é uma modalidade de renda variável, ou seja, não é possível saber com certeza qual será sua rentabilidade (ou seja, quanto vai render) antes da operação.
Pode ser que o investidor ganhe um valor acima ou abaixo do esperado, ou até mesmo fique no prejuízo.
Por isso, esse mercado é dedicado a pessoas que tenham um conhecimento mais aprofundado sobre seu funcionamento — afinal, é preciso saber quando é o melhor momento de comprar e de vender determinadas ações e estar propenso a correr riscos.
É claro que existem maneiras de reduzir esse risco.
Imagine que você comprou apenas ações de uma única empresa e os resultados acabam não sendo os esperados.
O prejuízo seria certo.
Por outro lado, investir em várias ações de empresas diferentes pode ajudar a reduzir esse risco.
Em outras palavras, o ideal é diversificar esse investimento.
Já em relação a valores, o mercado de ações pode ser indicado para qualquer pessoa.
Afinal, existe o mercado fracionário, que permite a compra de um volume menor de ações.
E quem estiver disposto a se arriscar nesse mercado poderá aproveitar as vantagens que vamos mostrar no próximo tópico.
Quais as vantagens de investir no mercado de ações?
Apesar dos riscos, investir no mercado de ações pode ser uma ótima ideia.
Veja alguns dos benefícios da modalidade:
- Rentabilidade: devido ao alto risco, o investimento no mercado de ações pode proporcionar ganhos maiores em comparação com outras modalidades
- Potencial ilimitado: os possíveis ganhos não têm limites, podendo ser até a multiplicação do valor investido
- Liquidez: é possível vender as suas ações a qualquer momento durante o expediente da Bolsa de Valores, portanto este é um negócio de alta liquidez
- Possibilidade de diversificação: ao investir em ações de várias empresas diferentes, o investidor pode reduzir seus riscos
- Renda passiva: você pode garantir ganhos somente com os dividendos gerados pela compra de determinadas ações
- Benefício fiscal: os lucros com venda de ações por pessoa física no Brasil até R$ 20 mil por mês são isentos de Imposto de Renda, assim como os ganhos com dividendos.
É claro que, para se dar bem nesse mercado, é preciso entender bem o seu funcionamento, seguindo as dicas que vamos mostrar a seguir.
Como acompanhar o mercado de ações?
Você já deve ter percebido que investir no mercado de ações exige bastante conhecimento.
Este artigo é o seu ponto de partida, mas para se dar bem nessa modalidade, é preciso aprender ainda mais sobre o assunto.
Para começar, o ideal é buscar tutoriais didáticos.
Você pode encontrar vídeos no YouTube com várias dicas, ou cursos mais completos em plataformas como Coursera e Udemy.
Com esse conhecimento, você já poderá acompanhar os indicadores tendo uma boa noção do que eles significam.
Um dos principais para quem investe em ações no Brasil é o Índice Bovespa, que pode ser acompanhado no site da B3.
O Ibovespa é o principal indicador para quem quer saber como está o mercado na B3, pois representa os movimentos das ações mais negociadas.
Além disso, sites como TradingView e Investing.com mostram o desempenho das ações mais negociadas do mercado.
Existem também bons livros sobre o assunto, que podem ajudar a aprofundar seus conhecimentos.
Veja alguns exemplos:
- Ações comuns, lucros extraordinários, de Philip Fisher
- Conversas com gestores de ações brasileiros, de Luciana Seabra
- O investidor inteligente, de Benjamin Graham.
Como investir no mercado de ações?
Para investir no mercado de ações, é preciso utilizar os serviços de uma corretora de valores, ou seja, uma empresa especializada em intermediar a compra e venda de títulos financeiros.
Veja os passos a seguir:
- Procure uma corretora que faça parte do cadastro da Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
- Compare as taxas e verifique as certificações para escolher a mais vantajosa
- Conheça o seu perfil, que pode ser conservador (prioriza a segurança), moderado ou arrojado (disposto a correr mais riscos)
- Aprenda a usar o home broker, ou seja, a ferramenta usada para fazer os investimentos
- Com o home broker, emita uma ordem de compra para adquirir lotes de ação desejados
- Acompanhe as cotações para saber o melhor momento de comprar e vender suas ações.
Alternativas ao mercado de ações
O mercado de ações pode ser altamente lucrativo, mas o ideal é equilibrar sua carteira de investimentos com outras modalidades.
Confira agora algumas alternativas.
Fundos de ações
Em vez de comprar ações de forma direta, você também pode investir em uma cota de um fundo de ações.
Assim, você pode ter ganhos com a rentabilidade dessas ações no mercado.
Esses fundos são gerenciados por especialistas no mercado financeiro, o que pode garantir bons lucros.
Fundos imobiliários
Nos fundos de investimento imobiliários (FIIs), o valor aplicado pelos cotistas é investido em empreendimentos imobiliários que são alugados para outras pessoas.
A rentabilidade é garantida por uma parte do valor da locação.
Tesouro Direto
Ao contrário das alternativas anteriores, esta é uma modalidade de renda fixa, em que o investidor adquire títulos de dívida pública do governo.
Portanto, é uma maneira de fugir dos riscos associados ao mercado de ações.
LCI e LCA
Nas Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA), o investidor pode adquirir títulos atrelados a esses dois mercados.
É como se o investidor “emprestasse” seu dinheiro para iniciativas nessas duas áreas.
CDB
É uma das alternativas mais conhecidas. Nesse formato, os títulos são emitidos pelos bancos para captação de recursos.
Ou seja, é como se o investidor “emprestasse” dinheiro para os próprios bancos.
Entre suas vantagens, estão o baixo risco, a praticidade para fazer o investimento e o rendimento acima da poupança.
O CDB Neon, por exemplo, tem rentabilidade de até 113% do CDI, aportes a partir de R$ 1 e liquidez diária.
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