CPF vazado: o que fazer para se proteger? Veja 5 dicas

Suspeita de CPF vazado? Entenda quando seu documento pode ser exposto na internet, e veja dicas para se proteger e evitar problemas.
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Porta entreaberta entrando luz

O CPF vazado é um pesadelo real dos consumidores, visto que o vazamento de informações pessoais é cada vez mais comum.

De repente, sai a notícia de que milhões de pessoas tiveram seus dados roubados e expostos na internet a partir de uma empresa, sistema público ou rede social.

Imediatamente, você se pergunta se os seus dados estão circulando por aí, nas mãos de criminosos e hackers.

Por isso, aqui vamos explicar como um CPF pode ser vazado e quais as medidas para se proteger.

Continue lendo.

O que é CPF vazado?

CPF vazado é a situação na qual seu Cadastro de Pessoa Física é exposto na internet.

Isso acontece, principalmente, em episódios de vazamento de dados de empresas, quando os cadastros de clientes são acessados e divulgados indevidamente por cibercriminosos ou devido a falhas de sistema.

A ocorrência desse tipo de crime aumentou muito nos últimos anos, pois as informações pessoais se tornaram valiosas no mercado. O motivo para isso? Os dados de consumidores são usados para direcionar ações de marketing e aumentar as vendas de produtos e serviços.

Dessa forma, foi criado um mercado clandestino de venda de dados para organizações com fins comerciais.

Além disso, a partir de dados pessoais vazados, os golpistas conseguem fazer compras, tomar empréstimos, falsificar documentos e cometer uma série de crimes de estelionato, roubo, extorsão e falsidade ideológica.

Por isso, é muito importante entender o que é um CPF vazado, quais são as consequências dessa situação e como você pode se proteger de golpes.

Como um CPF é vazado? 4 principais formas

São várias as situações de CPF vazado que podem ocorrer com um cidadão.

Veja as principais.

1. Venda de dados por hackers

Alguns dos vazamentos de dados mais famosos do mercado foram encabeçados por hackers que roubam informações de pessoas para vendê-las na internet.

Um dos mais notáveis foi o megavazamento de 223 milhões de números de CPF de brasileiros em 2021, conforme noticiado pelo G1.

Os criminosos envolvidos na ação comercializavam as informações de cidadãos brasileiros (muitos já falecidos) em fóruns online.

Não ficou claro como os hackers conseguiram as informações, mas a principal hipótese é que tenham compilado os dados a partir de sucessivas invasões de sistemas públicos e privados.

2. Vazamento de dados de empresas

Frequentemente, as empresas são alvos de ataques cibernéticos para roubo de dados ou têm os dados pessoais de seus clientes vazados por falhas de segurança.

A Netshoes, por exemplo, teve que pagar R$ 500 mil de indenização após o vazamento de dados de quase 2 milhões de clientes em 2018.

Na época, um incidente de segurança no site da empresa expôs informações como nome, CPF, e-mail, data de nascimento e histórico de compras.

3. Sequestro de dados

Outra modalidade de golpe cibernético que tem CPFs vazados com frequência é o sequestro de dados por meio de ransomware. Trata-se de um tipo de vírus que consegue “sequestrar” os dispositivos da empresa, impedindo o acesso aos dados.

Então, os cibercriminosos exigem o pagamento de um resgate para liberar novamente o acesso às informações.

Em 2021, a subsidiária da JBS nos Estados Unidos pagou um resgate de US$ 11 milhões para recuperar o acesso a seus servidores e evitar um megavazamento de dados pessoais.

Nesse caso, como a empresa cedeu, os dados não foram expostos, mas é comum que os sequestros com ransomware acabem em vazamentos de informações.

4. Vazamento de dados de redes sociais

As redes sociais também protagonizam diversos episódios de vazamentos de dados. Em 2021, o Facebook teve que lidar com o vazamento de informações de 530 milhões de usuários.

Nesse caso, não houve invasão do sistema, mas uma espécie de “raspagem” de dados públicos por meio de robôs, que deu origem ao banco de dados clandestino.

Já um vazamento de dados no Twitter expôs dados de 5,4 milhões de usuários em 2022.

Em ambos os casos, não houve CPF vazado, mas sim informações como e-mail, telefone, nome de usuário e localização.

Leia também: Como regularizar o CPF e corrigir a situação cadastral?

Como saber se meu CPF foi vazado?

É difícil saber se seu CPF foi vazado, porque não existe um sistema único que você possa consultar para saber se o número já foi exposto na internet.

O que você pode fazer é ficar atento a notícias de vazamentos de informações em empresas nas quais você tem cadastro. Nesse caso, a própria companhia deve informar se o cliente foi vítima do episódio.

Outra forma de saber se você teve o CPF vazado é consultar o Serasa para verificar se há restrições em seu nome, dívidas contraídas por criminosos ou qualquer atividade suspeita em seu nome.

Há ainda uma ferramenta paga do Serasa Premium que permite monitorar seu CPF com notificações contínuas.

Aproveite e veja aqui como consultar o CPF e saber se seu nome está sujo.

Você ainda pode consultar o Registrato, um sistema do Banco Central que permite aos cidadãos consultarem informações sobre seu relacionamento com instituições financeiras.

Lá, você consegue descobrir se alguém abriu uma conta, tomou empréstimos ou emitiu cheques sem fundo em seu nome, por exemplo.

5 dicas sobre como evitar que seu CPF seja vazado

É difícil evitar que seu CPF seja vazado, dado que essa responsabilidade é das empresas que armazenam suas informações.

Contudo, você pode tomar medidas para prevenir golpes e fugir de prejuízos. Veja a seguir.

1. Use senhas fortes

Hoje, praticamente todos os serviços online são protegidos por senha. Então, nada de usar termos óbvios como “senha1234” ou sua data de nascimento, que podem ser facilmente descobertos por golpistas que estão com seus dados.

Procure criar senhas fortes com letras maiúsculas, minúsculas e símbolos — se estiver difícil memorizá-las, use um gerenciador de senhas.

2. Ative a autenticação de dois fatores

A autenticação de dois fatores é um recurso de segurança utilizado por serviços online que acrescenta uma camada extra de proteção ao seu processo de login.

A informação solicitada pode ser algo que você sabe, como uma senha ou PIN, ou algo que você tem, como um código de verificação recebido por SMS, token ou app autenticador — ou ainda um recurso de biometria.

Então, lembre-se de ativar essa funcionalidade em todas as suas contas para evitar ter o CPF vazado.

3. Evite golpes de phishing

O phishing é um dos golpes mais comuns da internet. Ele consiste em atrair a vítima com uma isca para ela clicar em um link malicioso e fornecer seus dados.

Para não cair nessa, nunca clique em links desconhecidos, e desconfie de ofertas e promoções imperdíveis recebidas por e-mail ou WhatsApp.

4. Cuidado ao usar Wi-Fi público

O Wi-Fi público também é usado frequentemente por golpistas para interceptar e roubar dados.

Por isso, evite fazer login em serviços e contas bancárias nesse tipo de conexão.

5. Acompanhe seu CPF

Por fim, é importante você acompanhar de perto as movimentações no seu CPF, colocando em prática as dicas que fornecemos sobre checar sua conta no Serasa e no Registrato, por exemplo.

Veja aqui mais informações sobre o que é o Registrato do Banco Central e como acessá-lo.

Fique atento principalmente a dívidas, empréstimos, mudanças de score e consultas de empresas.

Entendeu o que é CPF vazado e como se proteger de golpes? Confira também outros conteúdos para evitar outros tipos de golpes:

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