O financiamento de carros é a saída para quem quer adquirir um veículo, mas não tem dinheiro suficiente para pagar à vista.
Hoje, existem várias instituições financeiras que oferecem esse tipo de empréstimo e ajudam a realizar seu objetivo de trocar de automóvel ou ter seu primeiro carro novo, seminovo ou usado.
Quer saber tudo sobre o financiamento de veículos e começar a se planejar?
É só continuar a leitura e aproveitar nosso conteúdo direto ao ponto.
Como funciona o financiamento de carros?
O financiamento de carros é um tipo de empréstimo voltado exclusivamente à compra de veículos novos, seminovos ou usados.
Ou seja, ao contrário do empréstimo pessoal, em que o dinheiro é liberado na conta e pode ser usado como você quiser, no financiamento você só pode adquirir o bem determinado pelo contrato.
A vantagem é que essa modalidade permite o pagamento a longo prazo, com parcelas menores e, muitas vezes, taxas de juros mais baixas.
Além disso, o próprio carro adquirido é a garantia do financiamento.
O veículo fica no seu nome desde o momento da aprovação do contrato, mas, em tese, só pertence de fato a você após o pagamento total da dívida — é o que chamamos de veículo “alienado”.
Logo, o financiamento de carros é a saída mais comum para quem quer adquirir um veículo ou trocar de modelo, mas não dispõe da quantia necessária para pagar à vista.
Existe entrada mínima no financiamento de carros?
Por padrão do mercado, é cobrada uma entrada mínima de 10% do valor do veículo nos financiamentos de carro.
Então, se você quer financiar um carro de R$ 100 mil, por exemplo, precisa ter R$ 10 mil para dar de entrada e aprovar o contrato.
Quanto maior for a entrada, melhor, pois a dívida fica menor e os juros cobrados também.
Leia também: Comprar carro sem entrada: veja o passo a passo para financiar
Quanto de score precisa para financiar um carro?
O score de crédito é uma pontuação atrelada ao CPF que revela o status financeiro do consumidor.
Esse dado é consultado pelas instituições financeiras na análise do financiamento de carros, pois é preciso ter um bom score para ser aprovado.
Atualmente, o Serasa classifica os CPFs nas seguintes faixas:
- 0 a 300 pontos (vermelho — baixo): risco alto de inadimplência;
- 301 a 500 pontos (laranja — regular): risco médio de inadimplência;
- 501 a 700 (amarelo — bom): risco intermediário de inadimplência;
- 701 a 1000 (verde — muito bom): risco baixo de inadimplência.
De acordo com o próprio Serasa, o score mínimo necessário para conseguir um financiamento de carros é de aproximadamente 700 pontos, que indica bons hábitos de pagamento.
No entanto, dependendo de outros fatores analisados, é possível conseguir o financiamento mesmo com uma pontuação um pouco menor.
6 dicas para aumentar o score e melhorar a pontuação do CPF.
Como funciona o financiamento de carros usados?
De modo geral, o financiamento de carros usados funciona da mesma forma que aquele para carros novos, com algumas diferenças.
A principal é a taxa de juros, que costuma ser mais alta para os veículos usados e mais baixa para os novos.
Outra diferença é que, em alguns casos, a instituição financeira pode solicitar uma vistoria no veículo seminovo ou usado para conferir se o valor é justo e se não há nenhum tipo de fraude.
Veja dicas para comprar carros usados com segurança.
Qual a taxa de juros para financiamento de carros?
De acordo com o relatório do Banco Central de julho de 2023, as taxas de juros para financiamento de veículos variam entre 0,90% e 3,90% ao mês.
Já a taxa média praticada pelas instituições financeiras é de 1,63% ao mês ou 21,75% ao ano.
Leilão de carros recuperados de financiamento vale a pena?
O leilão de carros recuperados de financiamento oferta veículos retomados dos consumidores pelas instituições financeiras por falta de pagamento das prestações.
Eles são vendidos nessa modalidade para reduzir os prejuízos da empresa e recuperar parte do valor que foi emprestado.
Como se trata de um leilão, quem der o lance mais alto fica com o carro. A principal vantagem é que, dessa forma, é possível comprar veículos em bom estado de conservação a preços abaixo do mercado.
Porém, é preciso ter cuidado, pois um veículo comprado em leilão com avarias pode dar muita dor de cabeça ao proprietário.
Afinal, se a pessoa que financiou o carro não conseguiu arcar com as parcelas e perdeu o bem, é muito provável que não tenha conseguido pagar pela manutenção adequada.
Consórcio ou financiamento de carros: o que é melhor?
O consórcio de veículo é uma alternativa ao financiamento que pode ser vantajosa para quem não tem pressa de ter o carro na garagem.
Na prática, funciona como um autofinanciamento coletivo: um grupo de pessoas paga um valor mensal à instituição financeira que gerencia o consórcio e o dinheiro vai sendo liberado para a compra do bem na forma de cartas de crédito.
Assim, você paga parcelas mensais por um prazo determinado e pode ser contemplado com uma carta de crédito por sorteio ou lances a qualquer momento.
Existem planos de consórcios para pagar em 48, 60, 72, 80 e até 90 meses, com diversos valores de parcelas e de crédito.
A vantagem é que as taxas de administração cobradas pelo consórcio podem sair mais baratas que a taxa de juros do financiamento, principalmente quando os juros estão altos na economia.
Por outro lado, existe o risco de ser contemplado com a carta de crédito somente no final do contrato, principalmente se você não tiver dinheiro suficiente para dar lances.
Então, se você quer sair logo de carro novo, a melhor escolha ainda é o financiamento.
Precisa declarar carro financiado no imposto de renda?
Se você é obrigado a entregar a declaração do Imposto de Renda, precisa declarar o carro financiado.
Afinal, é um bem que pertence a você, independentemente da forma de pagamento.
Como declarar carro financiado no Imposto de Renda?
Siga os passos abaixo para declarar seu carro financiado no Imposto de Renda:
- Baixe o programa de declaração da Receita ou o aplicativo Meu Imposto de Renda;
- Vá até a seção “Bens e Direitos”;
- Selecione o grupo “02 — Bens Móveis” e depois o “01 — Veículo automotor terrestre: caminhão, automóvel, moto, etc.”;
- Informe a localização do veículo e o número de registro do Registro Nacional de Veículos Automotores (RENAVAM);
- No campo “Discriminação”, informe quem comprou o carro (incluindo nome, CPF ou CNPJ), se é financiado ou não, número de parcelas, valor do negócio e o nome e CNPJ do banco;
- Por fim, informe o valor pago pelo veículo nas datas solicitadas.
Entendeu como funciona o financiamento de carros? Aproveite e veja se comprar ou alugar um carro vale mais a pena para você.