Despesas fixas e variáveis são gastos que fazem parte de todo orçamento pessoal. A diferença entre elas é que enquanto as fixas não alteram seu valor de um mês para outro, as variáveis estão sempre mudando conforme os hábitos de consumo.
Por isso, é importante saber como controlar os dois tipos de custos para manter um orçamento equilibrado, fugir das dívidas e atingir seus objetivos financeiros.
Se você ainda não controla suas despesas fixas e variáveis, vale a pena ler este artigo até o fim para cuidar melhor da sua vida financeira.
Vamos lá?
O que são despesas fixas e variáveis?
Despesas fixas e variáveis são tipos diferentes de custos que devem ser contabilizados no seu orçamento pessoal.
Veja a definição de cada uma delas:
O que são despesas fixas?
Despesas fixas são gastos que não variam ou variam muito pouco mensalmente, como aluguel, condomínio, impostos fixos e mensalidades.
Dessa forma, você consegue prever esse montante no seu orçamento mensal com variação mínima, tendo sempre uma base do seu custo de vida.
O que são despesas variáveis?
Despesas variáveis são gastos que variam de acordo com a frequência e intensidade do consumo, como as contas de água e luz, combustível do carro e alimentação.
Embora seja possível fazer uma média desses custos, os valores podem oscilar consideravelmente mês a mês, dependendo do seu comportamento.
Por exemplo, se você viaja muito e passa vários dias fora, a tendência é que a conta de luz e de água venham mais baixas. Porém, se você instalar um ar-condicionado, a energia elétrica vai aumentar no próximo mês.
Qual é a diferença entre despesas fixas e variáveis?
Como vimos, a diferença entre despesas fixas e variáveis é que as primeiras quase não mudam de mês para mês, enquanto as segundas estão sempre oscilando no orçamento conforme seu consumo e seus hábitos.
Os dois tipos compõem o total de gastos que você tem mensalmente, que deve ser deduzido da sua renda.
Logo, é importante separar as despesas fixas das variáveis quando você faz um planejamento financeiro pessoal visando se organizar, poupar e investir.
Afinal, uma parte de seus gastos será totalmente previsível, no caso das contas fixas, enquanto a outra deverá ser calculada com base em estimativas, já que o valor é variável.
Aproveite e confira o vídeo abaixo com mais detalhes sobre a diferença entre despesas fixas e variáveis:
Importância do controle de despesas fixas e variáveis pessoais
Controlar as despesas fixas e variáveis é essencial para manter uma vida financeira saudável e atingir seus objetivos.
Afinal, você precisa gastar menos do que ganha para conseguir poupar, investir e alcançar as metas que dependem do dinheiro, como comprar um imóvel, viajar ou fazer um curso.
No entanto, a falta de educação financeira tem como consequência o descontrole em relação aos próprios gastos e problemas na gestão do dinheiro.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 8 em cada 10 brasileiros não sabem como controlar as próprias despesas.
Conforme os resultados do levantamento, somente 18% dos entrevistados têm conhecimento total sobre o fluxo de receitas e despesas no orçamento pessoal.
A maioria (71%) tem apenas conhecimento parcial de suas finanças e outros 10% têm baixo ou nenhum conhecimento.
Além disso, mais de um terço dos brasileiros (36%) admitem não saber o valor exato das contas fixas que terão de pagar no mês seguinte. Já em relação às despesas variáveis, a maioria (57%) afirma não conhecer o valor total.
Esses são números preocupantes, pois mostram que as pessoas ainda têm muita dificuldade para controlar despesas fixas e variáveis, que é uma tarefa básica da organização financeira pessoal.
Só com a visão completa dos gastos mensais é possível se planejar para poupar e investir dinheiro.
Do contrário, o risco é acabar no endividamento pela falta de noção sobre os próprios custos.
Exemplos de despesas fixas e variáveis
Para ajudar a identificar o que são despesas fixas e variáveis, reunimos alguns exemplos de gastos que se encaixam em cada categoria.
Despesas fixas
Como vimos, as despesas fixas são aquelas que não variam mês a mês, tais como:
- Aluguel e condomínio;
- Plano de TV, internet e celular;
- Plano de saúde e plano odontológico;
- Prestações de empréstimos e financiamentos;
- Seguros (imóvel, veículo, celular, etc.);
- Serviços por assinatura (Netflix, Spotify, Disney+, etc.);
- Serviço de limpeza e lavanderia;
- Impostos fixos (ex.: guia mensal do MEI e IPTU);
- Mensalidade da faculdade, academia, curso, etc.;
- Clubes de assinatura (livros, vinhos, roupas, etc.);
- Assinatura de produtos recorrentes (ex.: ração do cachorro ou gato);
- Mensalidades de serviços profissionais (professor particular, psicólogo, contador, etc.).
Despesas variáveis
Já as despesas variáveis podem ser:
- Alimentação (supermercado, feira, açougue, quitanda, padaria, etc.);
- Transporte público ou combustível do carro;
- Serviço de babá/diarista;
- Estacionamento;
- Farmácia;
- Cuidados pessoais (produtos de higiene e ligados ao bem-estar);
- Produtos de limpeza;
- Utilidades domésticas;
- Produtos para pet em geral;
- Passeios e viagens;
- Idas a restaurantes e bares;
- Ingressos de cinema, teatro e museu;
- Livros, assinaturas de jornais e outros periódicos;
- Instrumentos e ferramentas;
- Serviços de beleza;
- Vestuário em geral;
- Delivery de comida;
- Serviços pay per view (PPV);
- Objetos de decoração;
- Presentes;
- Serviços de apps como Uber e 99.
Logo, fica claro que o tipo de despesa variável depende muito do seu estilo de vida.
Como controlar as despesas fixas e variáveis: 5 dicas
Se você quer controlar melhor suas despesas fixas e variáveis, é só seguir as dicas abaixo, oferecidas por quem entende de finanças pessoais.
1. Comece pelas despesas fixas
Para controlar suas despesas, é mais fácil começar pelas contas fixas, visto que você tem maior previsibilidade dos valores.
Então, reúna todos os gastos que têm sempre o mesmo valor, que podem ser pagos no seu cartão de crédito ou no boleto mensalmente.
A soma dessas contas vai te dar uma ideia de qual é seu custo fixo mensal. Para chegar ao valor certo, porém, você precisa estimar as despesas variáveis.
2. Encontre a média das despesas variáveis
Como as despesas variáveis não têm sempre o mesmo valor, é importante encontrar uma média desses gastos no seu orçamento.
Para isso, você pode somar seus gastos variáveis dos últimos 3 meses ou 6 meses, por exemplo, e encontrar uma média. Quanto maior o período analisado, mais preciso será o cálculo.
Então, se você conseguir calcular a média de despesas variáveis para 12 meses, por exemplo, o planejamento financeiro será ainda mais eficiente.
Comece por gastos que variam menos, como as contas de água e energia elétrica — se você mantém um consumo estável, pode até colocá-las nas despesas fixas.
Depois, considere as despesas variáveis essenciais, como alimentação e transporte. Então, some as despesas eventuais (lazer, compras, hobbies, etc.).
Por fim, é só dividir o valor total das despesas variáveis pelo período analisado para chegar à sua média mensal.
3. Analise o impacto das despesas fixas e variáveis
Com o valor das despesas fixas e a média das despesas variáveis, basta somar os resultados para chegar ao seu custo fixo mensal.
Com essa informação em mãos, você pode analisar se esse valor é compatível com a sua renda, ou seja, se você consegue gastar menos do que ganha.
Se o orçamento estiver no zero a zero, é sinal de que você precisa reduzir custos para conseguir poupar e investir para o futuro.
Veja aqui como readequar seu padrão de vida ao seu orçamento.
4. Defina um teto para as despesas variáveis
É importante definir um valor limite para as despesas variáveis no mês para evitar que elas encareçam suas contas.
Uma forma de fazer isso é utilizando métodos de controle de orçamento.
Por exemplo, o método 50-30-20 determina a seguinte distribuição dos gastos:
- 50% da renda para gastos essenciais (moradia, contas de consumo, alimentação, etc.);
- 30% da renda para despesas com estilo de vida (lazer, moda, cultura, viagens, etc.);
- 20% da renda para prioridades financeiras (dívidas, poupança e investimentos).
5. Acompanhe as despesas de perto
Por fim, é fundamental acompanhar de perto todas as despesas fixas e variáveis mês a mês.
Assim, você não deixa nenhum gasto passar e pode tomar decisões mais conscientes sobre seu dinheiro.
Como reduzir as despesas fixas pessoais?
Você sabe como reduzir as despesas fixas e aliviar seu orçamento?
Confira algumas dicas:
Corte assinaturas supérfluas
Hoje em dia, é comum ter várias assinaturas de serviços de streaming, mas será que você está usando tudo isso mesmo?
A dica é revisar essas despesas na sua fatura e verificar quais serviços você pode cortar para economizar.
Leia também: TV por assinatura ou streaming? Veja como escolher
Renegocie planos de telefonia
As operadoras de telefonia sempre surgem com descontos e promoções para novos clientes, mas a tendência é que você pague cada vez mais caro no seu plano.
Por isso, vale a pena reservar um tempo para ligar na empresa e pedir uma redução, um desconto ou uma migração para um plano mais vantajoso.
Se você apontar a oferta do concorrente e disser que vai cancelar se não conseguir algo semelhante, a empresa vai fazer questão de oferecer benefícios para manter o cliente — daí é só aproveitar a economia nas contas do mês.
Pague o aluguel sempre antes do vencimento
Se você mora de aluguel, sabe que um atraso de um dia pode significar um encarecimento brusco no preço do boleto.
Então, aproveite sempre o benefício chamado “desconto de pontualidade” e pague menos no seu imóvel.
Como reduzir as despesas variáveis pessoais?
Agora vamos ver como é possível economizar nas despesas variáveis.
Economize água e luz
A dica básica para reduzir despesas variáveis é adotar hábitos que ajudam a economizar água e luz, tais como:
- Feche as torneiras enquanto escova os dentes ou se ensaboa no chuveiro;
- Junte toda a roupa suja para lavar de uma vez na máquina;
- Use somente equipamentos com alta eficiência energética;
- Tire os aparelhos da tomada quando não estiverem sendo utilizados;
- Reutilize a água da lavagem de roupas para limpeza.
Economizar dinheiro: dicas úteis e práticas.
Considere outras formas de transporte
O transporte é uma das despesas variáveis mais significativas do orçamento nas zonas urbanas.
Como você deve imaginar, comprar um carro é uma das opções mais caras, considerando que você terá custos com manutenção, impostos, licenciamento, combustível, estacionamento, etc. — sem falar na depreciação do bem.
Então, vale a pena considerar alternativas que podem ser mais baratas, como:
- Alugar um carro (para uso pontual);
- Comprar uma moto;
- Usar um carro por assinatura (para períodos mais longos);
- Usar carros de aplicativo;
- Usar o transporte público;
- Pegar carona com colegas de trabalho e de universidade;
- Comprar uma bicicleta.
Quanto custa manter um carro por mês ou ano no Brasil?
Economize combustível
Se não tiver como abrir mão do carro, seja próprio, alugado ou por assinatura, é importante adotar hábitos para economizar combustível.
Tente, por exemplo, fazer a manutenção preventiva com frequência, evitar horários de pico na cidade, reduzir o peso da bagagem e abastecer somente em lugares confiáveis.
Faça uma lista de compras
Você sempre acaba gastando mais do que deveria no supermercado?
A solução para economizar com essa despesa variável é sempre fazer uma lista de compras planejada antes de sair.
Assim, você evita pegar itens desnecessários, resiste a compras por impulso e consegue organizar melhor sua alimentação e cuidados com a casa.
Veja 10 dicas sobre como economizar no mercado e reduzir gastos.
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Viu como é importante conhecer suas despesas fixas e variáveis? Continue de olho em nossos conteúdos para organizar sua vida financeira e fazer seu dinheiro render mais.