Pensar em fazer um seguro de vida não é das tarefas mais agradáveis, mas é necessário para garantir a proteção financeira da família. Por isso, cada vez mais brasileiros procuram esse tipo de seguro para não ter mais preocupações com riscos à saúde e à vida.
Segundo dados da FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), entre 15% e 17% da população tem algum produto de vida no Brasil.
Esse número ainda é baixo em comparação com outros seguros, mas o setor segue crescendo e cada vez mais pessoas procuram o serviço para ter mais tranquilidade.
A seguir, vamos entender melhor o que é seguro de vida, para que serve, quanto custa e muito mais.
Continue lendo e informe-se antes de contratar esse produto.
O que é seguro de vida?
O seguro de vida é um contrato firmado entre cidadãos, empresas e seguradoras ou instituições financeiras para proteger financeiramente consumidores em casos de morte ou doença grave.
Assim como os demais tipos de seguro, ele serve para cobrir um risco — nesse caso, que afete a vida de quem contrata o serviço.
Com um seguro, a família consegue manter o padrão de vida, mesmo em casos de falecimento ou adoecimento, justamente por conta da indenização prevista na apólice de seguro de vida.
Então, sua principal função é evitar que uma família fique desamparada quando um ente querido morre, fica muito doente ou acaba em uma condição de invalidez.
Funciona como uma proteção financeira e é um assunto muito importante a ser levantado nas conversas familiares.
Para que serve o seguro de vida?
O seguro de vida resguarda financeiramente familiares do segurado em casos de morte, doença grave ou acidentes não fatais que levam a uma condição de invalidez total ou parcial.
Ninguém gosta de pensar nessas situações, mas, infelizmente, elas podem ocorrer a qualquer momento. Quando algo assim acontece, há inúmeros gastos e dificuldades financeiras envolvidos.
Dessa forma, com um seguro de vida, a família não fica desamparada e tem os recursos necessários para arcar com as finanças.
Além disso, o seguro de vida também cobre os custos póstumos, como impostos e gastos funerários, que podem ter valores bem elevados.
O fato é que o falecimento do responsável financeiro da casa pode desestruturar completamente uma família — isso sem contar a dor do luto.
Então, quanto mais problemas puderem ser evitados, melhor.
Como funciona o seguro de vida?
Quem contrata um seguro de vida precisa definir um plano e as coberturas.
Esses dois itens são determinantes para saber o valor que é necessário pagar e quanto a família receberia em caso de sinistro (soma dos valores pagos pelas seguradoras aos beneficiários).
Os valores das parcelas mensais estão relacionados à quantidade de riscos que a pessoa pode sofrer.
Assim, quem trabalha com profissões de risco tende a pagar mais do que quem não tem esse tipo de função.
Ah, e o seguro de vida só pode ser acionado se a pessoa assegurada não cometer o sinistro de propósito, viu? As cláusulas do contrato costumam ser rígidas e claras nesse sentido.
Quando um seguro de vida pode ser acionado?
A família de quem paga seguro de vida pode receber indenização em casos de:
- Morte acidental ou natural do segurado (não inclui casos de suicídio);
- Cobertura de despesas de assistência funerária;
- Invalidez permanente total ou parcial;
- Custeamento de doenças graves;
- Caso seja autônomo e fique temporariamente incapaz por motivos de doença.
Aqui vale destacar um ponto importante: se você tiver um seguro de vida, deve avisar pelo menos uma pessoa de confiança sobre isso.
Caso algum familiar tenha um e acabe falecendo, mas você não saiba do seguro, então o valor vai ficar com a seguradora.
Algumas pessoas às vezes têm vergonha de contar sobre o seguro de vida, mas essa é uma conversa indispensável para todos os envolvidos.
Quem é o segurado no seguro de vida?
O segurado no seguro de vida é o titular do contrato, ou seja, aquele que contratou o serviço e assinou a apólice.
Já o beneficiário é a pessoa que foi escolhida pelo contratante do seguro para receber a indenização em caso de sinistro.
Essa pessoa pode ser um cônjuge, parente, amigo ou até mesmo um herdeiro.
Quanto custa um seguro de vida?
Os preços dos seguros de vida disponíveis no mercado variam de pouco mais de R$ 4 até R$ 500 mensais, dependendo da cobertura escolhida e da faixa etária.
Obviamente, os seguros para idosos são os mais caros, uma vez que os riscos de falecimento e doenças aumentam conforme a idade avança, em tese.
Um seguro de vida para um idoso de 65 anos com cobertura de R$ 200 mil, por exemplo, custa cerca de R$ 450 mensais. Já um adulto de 45 anos paga cerca de R$ 80 pelo mesmo valor de cobertura.
Há ainda os seguros com coberturas mais altas, como aqueles que garantem indenização de R$ 1 milhão.
Qual o melhor seguro de vida?
O melhor seguro de vida é aquele que oferece a cobertura necessária para as suas demandas e da sua família.
Por exemplo, uma pessoa que trabalha em uma profissão de alto risco precisa de um seguro mais completo e que possa ter um valor parcial resgatado em caso de acidente não fatal.
Para escolher o melhor seguro de vida, você precisa levar em conta critérios como valor do prêmio, abrangência das coberturas, valor total da indenização, se é resgatável em vida ou não, entre outros pontos que vamos detalhar mais adiante.
Como fazer seguro de vida?
Contratar um seguro de vida é simples, mas exige que você pense em alguns pontos importantes.
Confira:
Verifique se você já tem um seguro de vida
Antes de decidir se essa é ou não uma boa opção para você, recomendamos que verifique na empresa em que trabalha se você já tem um seguro de vida.
Isso porque é muito comum que os empregadores ofereçam esse benefício aos seus colaboradores.
Pesquise as opções do mercado
Para fazer o seguro de vida, primeiro é preciso pesquisar as corretoras de seguros e conhecer os produtos que elas oferecem.
Não existe necessariamente um seguro melhor do que outro, mas sim aquele que atende melhor às suas demandas.
Lembre-se de escolher empresas idôneas e com uma boa reputação no mercado.
Avalie as coberturas e indenizações
Avalie os contratos oferecidos pelas empresas especializadas em seguro de vida. Eles são realmente vantajosos? Quais itens estão cobertos pelo contrato?
O ideal é ter o maior número de coberturas possível, abrangendo falecimento, doenças graves e terminais, acidentes não fatais que causam invalidez, entre outras.
Além disso, é importante estar atento ao valor da indenização para cada cobertura. Hoje, existem seguros que pagam R$ 100 mil, R$ 200 mil, R$ 400 mil e até R$ 1 milhão em caso de falecimento, por exemplo.
Verifique se é resgatável
Hoje, existem opções de seguros chamados de resgatáveis. Nestas modalidades, você pode resgatar um valor em vida caso tenha uma doença grave ou sofra um acidente.
Dessa forma, é possível cobrir custos de saúde com o dinheiro.
Analise os riscos à sua vida
Então, analise os riscos da sua profissão, do seu estilo de vida e o quão importante financeiramente você é para o sustento da sua família.
As informações vão te ajudar a entender se vale mais a pena pagar uma mensalidade de seguro de vida ou depositar esse valor em algum investimento que renda mais e dê mais segurança para você e sua família.
Verifique se o seguro cabe no orçamento
O prêmio do seguro de vida, ou seja, o valor que você paga mensalmente, precisa caber no seu orçamento.
Isso é fundamental, especialmente considerando que os preços dos seguros ainda são muito altos no Brasil.
Escolha o beneficiário
Uma etapa essencial da contratação de seguro de vida é escolher um beneficiário, ou seja, uma pessoa de extrema confiança que vai receber o valor da indenização se algo acontecer com você.
Caso não tenha ninguém elencado no seguro de vida, o valor é destinado aos herdeiros previstos por lei, como filhos e cônjuge.
Contrate o seguro
Depois de considerar todos os critérios acima, é só fazer a simulação e contratação do seu seguro.
O processo pode ser feito online e você só precisa informar documentos básicos e aceitar os termos do contrato.
Como declarar seguro de vida no IRPF?
Não é preciso declarar o valor pago ao seguro de vida na sua declaração anual do Imposto de Renda. No entanto, se você fizer um resgate em vida ou seu beneficiário receber uma indenização, será preciso declarar o valor.
Nesse caso, é só informar o valor recebido na ficha “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”, na linha “03 — Capital das apólices de seguro ou pecúlio pago por morte do segurado”.
Entendeu o que é seguro de vida e como funciona? Aproveite e conheça 10 tipos de seguros que existem e dicas para escolher o seu.