Liderança feminina: por que e como estimular nas empresas?

Incentivar a liderança feminina nos negócios é fundamental para superar desigualdades de gênero. Veja como estimular na sua empresa.
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Mulher de braços cruzados em pé em frente a mesa de escritório

A liderança feminina ainda tem um longo caminho até alcançar a igualdade nas empresas brasileiras, mas os avanços são notáveis e apontam para um futuro mais justo.

Hoje, cada vez mais mulheres ocupam posições de gerência e mostram que competência não tem relação com gênero. 

Na realidade, elas contribuem com a melhora dos resultados e vêm provando que são criativas, competentes e versáteis.

Por isso, preparamos este texto com dicas para estimular a liderança feminina na sua empresa e embarcar nessa tendência. 

Continue lendo e saiba como investir em diversidade de gênero!

Por que incentivar a liderança feminina?

Incentivar a liderança feminina nos negócios é fundamental para superar desigualdades de gênero na sociedade e empoderar cada vez mais mulheres. 

Afinal, a esfera econômica e profissional é um dos pilares da equidade de gênero, passando pela igualdade de salários e condições de trabalho.

Logo, as empresas devem fazer seu papel para reconhecer talentos femininos e promover mais mulheres aos cargos de gerência. 

Elas já provaram que são capazes há muito tempo e, inclusive, têm muito a agregar em resultados e competitividade.

Isso porque a diversidade de gênero pode ser mais lucrativa para o negócio. 

De acordo com um estudo da consultoria Mckinsey publicado no Valor Econômico, 21% das empresas que investem em lideranças femininas são mais propensas a superar seus concorrentes nas finanças.

Algumas razões para isso são as novas perspectivas trazidas por líderes femininas e a criatividade na gestão.

Dados sobre liderança feminina no Brasil

Segundo dados do Banco Mundial publicados em O Globo, as mulheres brasileiras ocupam 38,8% dos postos de gerência

Isso deixa o Brasil em terceiro lugar no ranking de liderança feminina entre os países do G20, ficando atrás apenas da Rússia (46,2%) e dos EUA (41,4%).

Outro levantamento, feito pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e publicado no UOL, mostra um percentual um pouco maior de líderes mulheres no país: 39,1%. 

No entanto, vale ressaltar que elas estudam mais tempo que os homens: em média 12 anos contra 10,7 anos.

Mesmo com mais estudo, as mulheres têm mais dificuldade para chegar aos cargos de chefia. 

Além disso, a equidade salarial avança a passos lentos: é estimado que o país deve levar mais 131 anos para alcançar a igualdade de remuneração entre os gêneros.

Exemplos de liderança feminina

No Brasil, é impossível falar em liderança feminina sem citar Luiza Helena Trajano, a CEO da rede varejista Magazine Luiza

Ela começou como vendedora em uma cidade do interior de São Paulo e hoje é dona de uma rede com mais de 1.200 lojas pelo Brasil.

Luiza já foi eleita personalidade do ano diversas vezes e figurou no Top 3 das maiores influenciadoras do LinkedIn em 2023.

Já um ícone da liderança feminina global é Oprah Winfrey, a apresentadora e bilionária americana que construiu seu império da comunicação. 

Atualmente, ela é CEO e presidente da O.W.N. (Oprah Winfrey Network), sendo considerada uma das mulheres mais poderosas e influentes do mundo.

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Quais as características da liderança feminina?

A liderança feminina tem vários pontos positivos que se destacam. 

Embora não exista uma padronização, como os estereótipos de gênero nos levam a crer, mulheres líderes tendem a uma visão mais colaborativa que tem tudo a ver com o cenário atual dos negócios.

Elas são conhecidas pela criatividade aliada à humanização da gestão, além de terem capacidades multidisciplinares que são essenciais em grandes negócios e mercados complexos. 

Além disso, como vimos, a maior escolarização contribui para uma formação sólida. Com isso, muitas líderes se sobressaem nas competências técnicas, além das comportamentais.

Como estimular a liderança feminina na sua empresa?

Se você quer contribuir com o crescimento da liderança feminina no Brasil, pode começar pela sua empresa. 

Siga os passos abaixo:

1. Garanta a equidade salarial

O primeiro passo para construir lideranças femininas em uma empresa é garantir a equidade salarial entre os gêneros. 

Dessa forma, homens e mulheres que ocupam os mesmos cargos devem ter a mesma remuneração.

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2. Ofereça benefícios essenciais às mulheres

Para chegar aos cargos de liderança, as mulheres precisam de benefícios que auxiliem no equilíbrio da vida profissional e pessoal

Alguns exemplos são o auxílio-creche para as que têm filhos, home office e jornada flexível.

3. Pense nas mães profissionais

As empresas devem estar preparadas para dar apoio às mães e facilitar sua reintegração ao trabalho após a licença-maternidade

Uma das iniciativas possíveis é a ampliação da licença-paternidade, para que os pais possam contribuir mais com os cuidados dos filhos nos primeiros meses.

Já há um projeto em tramitação que pretende ampliar essa licença de 5 para até 75 dias, mas existem empresas que oferecem períodos maiores de forma voluntária.

4. Tenha um programa de diversidade

Ter um programa de diversidade e inclusão ajuda a garantir que pessoas de diversos gêneros, etnias, orientações e origens possam compor seu quadro de funcionários. 

Esses programas incluem a criação de vagas afirmativas, processos seletivos sem viés discriminatório e campanhas de conscientização internas. 

5. Construa uma cultura inclusiva

Para além da contratação e promoção de mulheres, a empresa deve ter uma cultura organizacional inclusiva. 

Para isso, é preciso ter valores como respeito, igualdade e colaboração mútua, além de um ambiente favorável ao desenvolvimento de pessoas diversas.

Quais os desafios da liderança feminina?

Um dos principais desafios da liderança feminina é a visão de que as mulheres geram mais custos devido à maternidade, ou teriam dificuldades em conciliar uma vida privada com a profissional.

Na realidade, com o avanço da igualdade de gênero na sociedade, a tendência é acabar com a jornada tripla das mulheres. 

Cada vez mais, as tarefas domésticas e o cuidado com os filhos serão divididos igualmente entre homens e mulheres, reduzindo a sobrecarga sobre elas e abrindo caminho para a dedicação à carreira.

Além disso, a licença-maternidade e paternidade é uma questão humana, que faz parte do compromisso das organizações com os direitos básicos de seus colaboradores. 

Dessa forma, melhorar a conciliação da vida pessoal e profissional é uma meta para todas as empresas, capaz de aumentar a produtividade e contribuir com uma sociedade mais justa.

Entendeu por que a liderança feminina é importante e como estimular na sua empresa? 

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