Você está na dúvida se contrata um plano com ou sem coparticipação? Antes de tudo, é importante saber como funciona, seus prós e contras, certo?
Essa modalidade surgiu para tornar os planos de saúde e seguros mais acessíveis no país, já que permite a redução do valor da mensalidade por meio do compartilhamento de despesas entre segurado e operadora.
Dessa forma, o custo mensal da assistência pode ser menor, a depender de fatores que vamos explicar a partir de agora.
Então, se você está pensando em optar pela coparticipação para economizar, continue a leitura e tome a melhor decisão.
O que é coparticipação?
Coparticipação é uma modalidade de contratação de planos de saúde e seguros em que o beneficiário compartilha despesas com a operadora.
Nesse modelo, o consumidor paga uma mensalidade fixa para ter a cobertura do plano e mais um percentual dos serviços médicos, quando é preciso fazer uma consulta, exame ou procedimento.
No caso dos planos empresariais, o percentual pago é dividido com a empresa, que fica responsável pelo pagamento da mensalidade do funcionário e por parte das despesas médicas.
Logo, a coparticipação é uma forma de dividir os custos dos serviços médicos com os consumidores, o que permite reduzir o preço da mensalidade do plano de saúde.
De acordo com as operadoras, essa também é uma maneira de incentivar um uso mais racional dos serviços, já que é preciso pagar uma parte de tudo o que é utilizado.
Leia também: Como escolher um plano de saúde que você possa pagar?
Como funciona a coparticipação?
Mais de 51 milhões de brasileiros possuem um seguro de assistência médica, de acordo com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Porém, os preços são proibitivos para uma boa parcela da população.
É aí que entra a coparticipação. Ela funciona por meio da cobrança de percentuais de despesas do segurado que são somadas à mensalidade paga à operadora.
Por exemplo, imagine que você seja usuário de um plano de saúde com coparticipação que tem uma mensalidade de R$ 500 e precisa fazer uma consulta médica que custa, originalmente, R$ 100.
Considerando que seu plano cobre 30% sobre cada procedimento (o percentual máximo permitido), você terá que pagar R$ 30 por essa consulta, além da mensalidade.
A seguir, esclarecemos sobre as características da coparticipação em planos de saúde e em seguros.
Coparticipação em planos de saúde
No caso dos planos de saúde, a operadora deve seguir as seguintes regras de coparticipação:
- A empresa só pode cobrar até 40% do valor de consultas, exames, terapias e outros procedimentos (geralmente, os planos determinam um valor máximo por serviço);
- Mais de 250 procedimentos específicos não podem ter cobrança de coparticipação, como tratamentos de câncer e hemodiálise;
- O atendimento em internação e/ou pronto-socorro deve ter valor fixo;
- É proibida a coparticipação diferenciada por patologia ou doença;
- A operadora deve disponibilizar o extrato de utilização do plano com os valores aplicados para que o consumidor entenda seus gastos.
Coparticipação em seguros
A coparticipação em seguros funciona de maneira bem semelhante à dos planos de saúde.
O segurado fica responsável pelos custos parciais associados a um sinistro, enquanto a operadora cobre o restante.
Isso pode incluir, por exemplo, pequenos consertos, serviços de assistência, entre outros.
Vale lembrar que, nos seguros de automóveis, imóveis e outros bens, o modelo de franquia é mais comum do que o de coparticipação.
Saiba mais sobre o seguro de carro, como funciona e se vale a pena.
Qual a diferença entre coparticipação e franquia?
Existem grandes diferenças entre coparticipação e franquia, a começar pelo mecanismo de cobertura de gastos.
O segurado por coparticipação arca apenas com uma porcentagem do valor dos serviços inclusos no plano. Como vimos, em casos de exames médicos complexos e específicos, é possível até mesmo a isenção completa.
Enquanto a coparticipação não envolve valores mínimos para cobertura, o seguro por franquia tem suas peculiaridades.
Isso porque seu acionamento só pode ser feito caso os gastos ultrapassem o valor da franquia previsto em contrato.
Nesse formato, a operadora define um valor até o qual não se responsabiliza pelos custos do consumidor.
Um exemplo clássico são as franquias de automóveis. Se o carro do segurado é danificado e o valor do conserto ultrapassa a franquia, a operadora é obrigada a cobrir as despesas que excederem o valor estipulado.
Por exemplo, se a franquia é de R$ 1,5 mil e os danos somaram R$ 5 mil, você paga R$ 1,5 mil e a operadora arca com os R$ 3,5 mil restantes.
Atenção: no caso dos automóveis, a franquia só não é válida para os casos de perda total do bem, quando o segurado é ressarcido em totalidade pela empresa.
Vantagens e desvantagens da coparticipação
A principal vantagem da coparticipação é que o valor da mensalidade do plano ou seguro fica menor do que aquela cobrada nos planos de cobertura total.
Dessa forma, o preço se torna mais acessível para a população que não tem como assumir os altos custos dos planos.
Mas a coparticipação só é vantajosa para quem usa os serviços com menor frequência e não costuma precisar de procedimentos muito caros.
Isso porque, se você tiver que fazer muitas consultas e exames, pode acabar pagando um valor maior do que o do plano de cobertura total, ao somar todos os percentuais cobrados.
Além disso, a coparticipação dificulta o planejamento financeiro pessoal, uma vez que você não tem como prever quando vai precisar usar o plano e incluir essa despesa no orçamento.
Leia também: Como organizar o salário em 9 passos.
Como é cobrada a coparticipação?
Se for um plano de saúde familiar ou individual, o valor dos procedimentos utilizados virá com a fatura da mensalidade para pagamento.
Agora, se for um plano empresarial, os valores serão descontados diretamente na sua folha de pagamento e a empresa também pagará um percentual — geralmente, meio a meio.
Por exemplo, no caso dessa consulta, a empresa pagaria R$ 15 e você R$ 15.
Lembrando que o empregador fica responsável pelo valor da mensalidade nos planos com coparticipação.
Como calcular coparticipação?
A coparticipação é calculada a partir de um percentual do valor do serviço prestado.
No caso dos planos de saúde, como vimos, a operadora pode cobrar até 30% do valor da consulta, exame, terapia ou outro procedimento.
Como saber se meu plano tem coparticipação?
No momento de contratar um plano de saúde, você pode visualizar claramente quais são as opções com e sem coparticipação.
Além disso, é fácil perceber quando existe coparticipação, pois você recebe cobranças no boleto mensal ou em folha de pagamento sempre que utiliza os serviços cobertos.
Como saber o valor da coparticipação?
Para saber quanto você vai pagar no serviço, é só consultar a tabela de coparticipação fornecida pelo plano, onde você encontra todos os valores.
Geralmente, as operadoras informam os preços dos serviços como valores máximos que você pode pagar.
Além disso, os valores vêm discriminados no seu extrato.
Então, fique de olho!
Como declarar plano de saúde com coparticipação?
Na hora de entregar seu Imposto de Renda, você pode declarar todos os custos do seu plano de saúde com coparticipação.
Lembrando que esses valores são considerados despesas médicas e podem ser abatidos da base de cálculo do seu IR, caso você faça a declaração completa.
Para declarar os valores, use a ficha “Pagamentos Efetuados — código 26”, selecione o campo “Valor pago” e informe quanto você gastou na coparticipação do seu plano de saúde.
Atenção, porém: se for um plano empresarial, os valores pagos pela empresa não podem ser declarados como suas despesas.
Impacto da coparticipação nas finanças pessoais
Como vimos neste texto, a coparticipação é um valor adicional pago pelo usuário em certos serviços de saúde, além do custo do plano ou seguro.
Como esse valor é de difícil previsão e depende do que o beneficiário utiliza, ela impacta diretamente nas finanças pessoais.
Conhecer como a coparticipação funciona e quais os valores praticados evita surpresas financeiras e permite a você gerenciar melhor o orçamento.
Por outro lado, a falta de planejamento pode resultar em dívidas inesperadas, afetando a estabilidade financeira e a realização de metas a longo prazo.
Uma boa estratégia é juntar uma reserva de emergência para pagar por serviços cuja cobertura do plano seja parcial, como exames e atendimentos médicos.
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