Se você quer saber como começar a investir, é porque se preocupa com seu futuro e quer ver seu dinheiro rendendo. Sabemos como é complicado para o investidor novato compreender todos os termos do mercado financeiro e escolher os melhores investimentos para iniciantes.
Felizmente, você chegou ao artigo certo para entender como iniciar essa jornada e fugir da poupança quanto antes.
Nos tópicos a seguir, vamos mostrar quais são os passos práticos para aplicar seu dinheiro pela primeira vez e explicar o que você precisa saber para começar a investir com segurança.
Continue lendo e veja como entrar no mercado financeiro sem mistérios.
Como começar a investir do zero? 5 principais passos
Aprender como começar a investir do zero é mais fácil do que você imagina — e não é preciso ter muito dinheiro.
Veja quais passos seguir para fazer sua primeira aplicação.
1. Escolha uma instituição financeira
O primeiro passo para começar a investir é escolher um banco, fintech ou corretora de valores para abrir uma conta. Essas empresas atuam como intermediárias do mercado financeiro, conectando você aos mais diversos produtos e viabilizando os aportes.
Na prática, você pode fazer aplicações por meio de qualquer instituição financeira custo diante de valores mobiliários habilitada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Aqui você pode consultar se a instituição está registrada e autorizada a funcionar.
O importante é que seja uma corretora da sua confiança, e que ofereça um sistema simples de usar e intuitivo.
Outro ponto essencial é verificar se a instituição cobra taxa de corretagem para intermediar a compra e venda de ativos.
Hoje, existem muitos bancos e corretoras que isentam o investidor dessa taxa nos investimentos de renda fixa (categoria de investimentos com rentabilidade conhecida no momento da aplicação) e ativos da bolsa de valores.
Logo, vale a pena procurar uma instituição com custos menores e um serviço satisfatório.
2. Abra sua conta
Após escolher uma instituição financeira para investir, o próximo passo é abrir sua conta. Na maioria das corretoras, esse processo é feito 100% online e consiste no cadastro dos seus dados pessoais e envio de documentos digitais como RG e CPF.
Para garantir sua identidade, são usadas técnicas de autenticação como o envio de selfie segurando o RG. Assim, você consegue abrir sua conta rapidamente sem sair de casa e sem burocracia.
3. Aguarde a aprovação da sua conta
Na maioria das instituições financeiras, você precisa aguardar a confirmação do seu cadastro para começar a investir.
Dependendo da corretora, é possível ser aprovado no mesmo dia ou em poucas horas, mas algumas pedem um prazo um pouco maior.
4. Transfira dinheiro para a conta
Após ter seu cadastro aprovado na corretora de valores, o próximo passo é transferir dinheiro para a conta para fazer seu primeiro investimento.
Nesse caso, as instituições trabalham com diferentes prazos de compensação do valor, mas o comum é que o saldo fique disponível no mesmo dia.
Com o dinheiro na conta de custódia, você já pode escolher os produtos financeiros nos quais deseja aplicar e começar a montar sua carteira de investimentos.
5. Escolha seus investimentos
Os aplicativos e sites das corretoras oferecem um amplo catálogo de investimentos de renda fixa e renda variável (aplicações sujeitas à volatilidade do mercado) para você começar a investir do zero.
Para aplicar seu dinheiro, basta selecionar o ativo desejado, analisar as condições ofertadas e definir o valor que será investido. O investimento é confirmado em poucos cliques e é liquidado conforme o prazo da aplicação.
Por exemplo, um título do Tesouro Direito leva um dia útil para ser liquidado, enquanto um CDB pode começar a render imediatamente.
Por que começar a investir?
Se você quer entender como começar a investir, é porque quer ver seu dinheiro rendendo, certo? Esse é o propósito central dos investimentos: ter retornos financeiros e aumentar seu patrimônio ao longo do tempo.
É o que chamamos de “fazer seu dinheiro trabalhar para você”. Afinal, tudo o que você precisa fazer é aplicar seus recursos nos lugares certos e deixar que o tempo se encarregue de multiplicar seu dinheiro.
Esse é o princípio da renda fixa, que faz as taxas de juros atuarem a favor do investidor.
Quando você faz um empréstimo no banco, por exemplo, precisa pagar juros que aumentam — e muito — a quantia emprestada inicialmente. Nos investimentos, é você quem recebe os juros compostos emprestando dinheiro às instituições.
Já na renda variável, é preciso lidar com altos e baixos devido à volatilidade dos ativos, mas as perspectivas de ganhos a longo prazo são grandes.
Resumidamente, se você quer rentabilizar seu dinheiro e construir um patrimônio sólido para o futuro, precisa começar a investir quanto antes.
O que eu preciso saber para começar a investir?
Já explicamos como começar a investir de forma prática, mas também é preciso ter conhecimentos específicos para entrar no mercado financeiro.
Veja o que você precisa saber antes de fazer o primeiro aporte.
Tenha objetivos claros
Para entender como começar a investir, é preciso ter objetivos financeiros claros. Por exemplo, se você está investindo para comprar um imóvel daqui a 10 anos, pode selecionar ativos com prazo de resgate mais longo para ter uma rentabilidade melhor.
Agora, se vai precisar do dinheiro em um ano ou dois, precisa buscar ativos com maior liquidez (vamos explicar melhor o que significa abaixo) para não ficar com os valores “presos”.
Da mesma forma, seus objetivos vão determinar o risco que vale a pena assumir e os tipos de investimentos mais adequados.
Descubra seu perfil de investidor
Quando você abre uma conta em uma corretora, é provável que tenha que fazer um ‘teste de suitability”. Esse teste revela qual o seu perfil de investidor, que pode ser um destes três:
- Conservador: busca proteger seu patrimônio acima de tudo com investimentos de menor risco e rentabilidade mais modesta;
- Moderado: busca equilibrar risco e rentabilidade deixando a maior parte do dinheiro na renda fixa e uma porcentagem menor na renda variável;
- Arrojado: busca ganhos maiores e aceita correr riscos para rentabilizar seu patrimônio, optando por ativos mais agressivos.
Confira aqui mais informações sobre o perfil de investidor e como descobrir o seu.
Tenha uma reserva de emergência
Todo investidor precisa formar uma reserva de emergência suficiente para cobrir seus custos por alguns meses e se proteger de imprevistos. Esse dinheiro deve ser aplicado em um investimento de baixo risco e alta liquidez como um CDB ou o Tesouro Selic, por exemplo.
Assim, se acontecer alguma emergência, você tem acesso fácil à reserva e não compromete os outros investimentos.
Veja no vídeo abaixo como montar uma reserva de emergência:
Entenda os critérios de análise
Na hora de analisar um investimento, você precisa observar três principais critérios:
- Rentabilidade: é o retorno que o investimento proporciona, que pode ser previsível (renda fixa) ou imprevisível (renda variável). A rentabilidade pode ser uma taxa de juros prefixada, um indicador econômico como a Taxa Selic ou a inflação, um preço definido pela oferta e demanda, entre outras possibilidades;
- Risco: é a probabilidade de que o investimento não proporcione o retorno esperado. Via de regra, investimentos de renda fixa são mais seguros e aplicações de renda variável são mais arriscadas;
- Liquidez: é a facilidade e rapidez com que um ativo pode ser transformado em dinheiro (resgatado) sem causar prejuízo.
Saiba mais sobre os conceitos de rentabilidade e liquidez.
No que começar a investir?
Agora que você sabe como começar a investir dinheiro, precisa conhecer os principais produtos para investidores iniciantes.
Confira nossas sugestões.
CDB (Certificado de Depósito Bancário)
O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um investimento de renda fixa muito popular no Brasil. Se você ainda guarda dinheiro na poupança, é um ótimo produto para começar a ter uma rentabilidade maior e deixar de ter prejuízo.
Isso porque, enquanto a poupança perde para a inflação, os CDBs entregam retornos mais interessantes, têm risco baixo e, em alguns casos, liquidez diária (possibilidade de retirar o dinheiro a qualquer momento sem perder nada).
Existem CDBs pós-fixados e prefixados, mas os mais comuns são os pós-fixados com rentabilidade atrelada ao CDI — aqueles investimentos que pagam 100% do CDI, 90% do CDI, etc.
Uma boa alternativa é o CDB Neon: você pode começar a investir a partir de R$ 1, ele tem liquidez diária (o dinheiro pode ser resgatado a qualquer momento, inclusive aos finais de semana e feriados), rende até 113% do CDI e tudo pode ser feito direto pelo aplicativo.
Tesouro Direto
Outra opção segura e mais rentável do que a poupança é o Tesouro Direto, o programa de compra de títulos públicos do governo federal. Ao comprar um título do Tesouro, você empresta dinheiro ao governo e recebe uma remuneração em juros em troca.
Basicamente, existem três tipos de títulos disponíveis para o investidor:
- Títulos prefixados: possuem uma taxa de juros prefixada, ou seja, você sabe exatamente quanto vai ganhar no momento do investimento;
- Títulos pós-fixados: têm sua rentabilidade atrelada a indicadores de referência como a taxa Selic, ou seja, os rendimentos finais dependem da oscilação do índice;
- Títulos híbridos: têm sua rentabilidade composta pela variação da inflação e mais uma taxa de juros prefixada (ex.: IPCA + 2%).
Previdência Privada
Se a sua intenção é construir patrimônio para ter uma aposentadoria tranquila, a previdência privada é uma boa opção de investimento.
Ela funciona como um fundo de investimento com regras específicas, que possui uma fase de arrecadação, na qual são feitos os aportes, e uma fase de usufruto, na qual o dinheiro é convertido em uma renda vitalícia para o investidor (ou retirado, conforme a preferência).
A vantagem é que a previdência privada oferece benefícios fiscais e uma grande variedade de fundos com diferentes riscos e rentabilidades.
Aqui explicamos mais detalhes sobre a previdência privada e como ela funciona.
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