Conhecer o seguro de carro e cotar valores é parte obrigatória do planejamento financeiro ao adquirir um veículo.
Embora você possa se perguntar se vale a pena contratar esse tipo de proteção, sem ela, seu patrimônio fica exposto a riscos que podem levar a perdas financeiras importantes.
Sim, um seguro veicular pode parecer uma despesa desnecessária à primeira vista. Porém, é justamente quando você precisa dele e não tem um que mais sente sua falta.
Contudo, isso não significa que deva contratar qualquer seguro: conhecer as opções, os tipos de coberturas, comparar operadoras e cotar valores são etapas anteriores à contratação.
Vamos falar mais sobre elas neste guia sobre o seguro de carro, explicando como funciona, quando fazer e em quais situações vale a pena.
Acompanhe até o final e tire suas dúvidas!
O que é seguro de carro?
Seguro de carro é um contrato em que o proprietário de um automóvel (segurado) assina com uma seguradora para proteger seu bem de eventos específicos, como roubos ou acidentes, dependendo do tipo de cobertura contratada.
Ou seja, ao mesmo tempo, é uma proteção e uma garantia que o proprietário tem.
Ele paga um valor (mensal ou anual) e tem direito a uma indenização caso ocorra algum com seu veículo algum dos sinistros cobertos estabelecidos em contrato.
Na prática, o funcionamento é similar aos outros tipos de seguro, como o de celular e os demais voltados aos bens pessoais.
A diferença está no objeto segurado e nas especificações estabelecidas na apólice de seguro.
Qual a diferença entre seguro de carro e proteção veicular?
Por falar em apólice de seguro, essa é uma das principais diferenças entre o seguro de carro e a proteção veicular.
Enquanto o primeiro conta com esse documento, que especifica direitos e responsabilidades da seguradora e do segurado, a proteção veicular não possui apólice, mas apenas um contrato assinado por cooperativas.
Ou seja, se no seguro de carro a empresa seguradora é responsável por pagar a indenização em caso de sinistro, na proteção veicular, os custos são divididos entre os signatários do acordo.
Outro ponto importante é no que diz respeito à regulamentação das duas modalidades.
O seguro automotivo segue as normativas da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).
Tais regulamentações são repletas de regras, que garantem e amparam legalmente o cliente.
Os acordos de proteção veicular, por outro lado, não contam com tamanho rigor, bastando apenas respeitar o Código Civil Brasileiro e as determinações da Organização de Cooperativas Brasileiras (OCB).
Portanto, se você busca mais segurança e garantias de que vai ser indenizado em caso de incidentes previstos em seu contrato, o seguro é a melhor opção.
Como funciona o seguro de carro?
Para entender melhor o funcionamento do seguro de carro, é importante saber o que são alguns conceitos-chave dentro desse contexto, como apólice, prêmio, indenização, sinistro e cobertura.
Veja os detalhes:
Apólice
A apólice é o documento emitido pela seguradora no qual são formalizados todos os detalhes do contrato.
Nela, você pode conferir os benefícios, condições e valores determinados no seu seguro.
Prêmio
Chamamos de prêmio o valor pago à seguradora para ter direito ao seguro.
Esse valor pode ser quitado à vista, com desconto, ou ser dividido em até 12 vezes, dependendo da empresa, com a possibilidade da incidência ou não de juros.
Sinistro
É a situação de risco coberta (como acidente e roubo), ou seja, o incidente do qual você quer se proteger.
Os sinistros mais comuns em contratos de seguro automotivo são:
- Acidentes e batidas com dano parcial ou perda total
- Roubo ou furto
- Danos a terceiros.
Cobertura
A cobertura é a proteção prevista na apólice, de acordo com os sinistros listados.
A partir dessas situações, o cliente tem direito a acionar o seguro.
Digamos que você tenha contratado um seguro contra roubo e furto. Então, caso um desses eventos ocorra, você está assegurado, pois ele faz parte da sua cobertura.
Já se um vidro quebrado não estiver previsto nela e o sinistro ocorrer, não há direito à indenização.
Indenização
É o valor pago ao segurado em caso de sinistro coberto.
Ou seja, a indenização é a quantia estipulada na apólice que você recebe quando o seguro é acionado.
Franquia
A franquia é um valor obrigatório que o segurado deve pagar quando são necessários reparos no veículo após um sinistro.
Na prática, é a participação financeira que o contratante assume, enquanto a seguradora cobre o restante.
Por exemplo, se o seu seguro automotivo tem uma franquia de R$ 1.500 e os reparos após o acidente são orçados em R$ 5 mil, significa que a seguradora vai cobrir R$ 3.500 da despesa.
Já os R$ 1.500 vão sair do seu bolso, pois correspondem à franquia contratada.
Acionamento do seguro
Outro ponto importante é saber como acionar o seguro.
Para contatar a seguradora, você vai precisar informar o número da sua apólice ou apresentar algum documento pessoal.
Além disso, em caso de acidentes, é recomendado já apresentar um boletim de ocorrência, pois ele vai ser exigido depois de qualquer forma para analisar as versões e realizar a cobertura dos danos.
Leia também: Como comprar carros usados com segurança: o que cuidar?
O que um seguro de carro cobre?
Assim como acontece com os outros tipos de seguro, o veicular também possui diferentes tipos de cobertura, indo desde as mais básicas até as adicionais.
Confira algumas das mais conhecidas:
Cobertura básica
A cobertura básica de um seguro veicular protege o segurado de qualquer situação que afete o funcionamento do carro ou ele próprio.
Os principais exemplos são:
- Roubo e furto
- Colisão
- Incêndio
- Explosão
- Danos causados por agentes da natureza (vendaval, granizo, alagamento)
- Danos causados por agentes externos (queda de objetos).
Cobertura complementar
Na cobertura complementar, temos os seguintes opcionais:
- Serviços de assistência: serviços como guincho, carro reserva, recarga de bateria e pequenos reparos
- Danos a terceiros: caso o segurado seja responsável por um acidente, garante que os demais envolvidos também tenham direito à cobertura, que pode ser de danos ao veículo ou médico-hospitalar às pessoas
- Acidentes de passageiros: ideal para motoristas de aplicativos e demais transportes de passageiros. Nesse caso, a cobertura prevê indenização aos envolvidos em situações de invalidez ou custeio de despesas médicas
- Acessórios: cobertura adicional que pode ser acionada no caso de furto ou dano de objetos que estiverem no interior do veículo. Pode valer tanto para acessórios do carro como também para itens pessoais.
Quanto custa o seguro de carro?
Um seguro de carro custa em torno de 5% do valor do veículo.
Esse valor pode sofrer variações para mais ou para menos, dependendo de uma série de fatores.
Entre eles, estes são os principais:
- Cobertura: além da cobertura básica, o valor do prêmio do seguro também depende das coberturas complementares contratadas, como danos a terceiros, guincho ilimitado e carro reserva
- Idade do condutor: jovens entre 18 e 25 anos costumam ter que pagar mais pelo seguro de carro em razão de, estatisticamente, se envolverem mais em acidentes de trânsito
- Existência de garagem: caso o seu local de moradia ou seu trabalho possua garagem, você tende a pagar menos pelo seguro. Isso acontece porque o veículo fica mais protegido e menos suscetível a roubo/furto e agentes da natureza/externos
- Segurança da região: bairros mais seguros, com menos incidência de roubos e furtos de veículos, também tendem a baratear o custo do prêmio
- Tipo de carro: automóveis mais caros e modelos importados, que possuem uma manutenção mais difícil, além daqueles veículos que são mais visados pelos criminosos, costumam ter um valor mais alto cobrado pelas seguradoras
- Histórico do condutor: quanto menos incidentes de trânsito você se envolveu nos últimos anos, menos caro tende a ser o valor pago pelo seguro do seu carro
- Gênero e estado civil do condutor: mulheres casadas tendem a pagar menos pelo seguro de carro, enquanto homens solteiros ou divorciados estão no topo da cadeia de preços. Mais uma vez, essa média de valores é feita a partir das estatísticas de trânsito.
Considerando todos esses fatores e mais a variação de preço de uma seguradora para outra, é possível dizer que o custo médio de um seguro de carro fica entre R$ 2 mil e R$ 5 mil para um carro zero.
Quando da renovação anual, caso o contratante não tenha acionado o seguro nos 12 meses anteriores, o valor do prêmio vai sendo reduzido gradualmente — é o que as seguradoras chamam de “bônus”, uma forma de premiar os bons condutores.
Leia também: Comprar ou alugar carro: como escolher o que é melhor?
Seguro de carro vale a pena?
O seguro de carro é uma proteção que, sem dúvidas, vale a pena.
Ao rodar com seu veículo no dia a dia, você está exposto a acidentes e ocorrências de roubo, apenas para citar as mais comuns.
Veja, por exemplo, o dado divulgado pela empresa Hellosafe: em 3 anos, mais de 1 milhão de carros foram roubados no Brasil.
Então, não tenha dúvidas de que o seguro veicular é vantajoso, mas sua contratação deve ser bastante criteriosa.
A principal dúvida, muitas vezes, é se vale a pena acionar o seguro conforme o sinistro.
Isso porque existe a franquia do seguro, valor pago por você sempre que há um acionamento do seguro em caso de reparo ao veículo.
Em alguns casos, a franquia pode ser mais cara que a própria manutenção do veículo.
Sendo assim, quando for um dano pequeno, como um farol quebrado, por exemplo, pode ser melhor arcar com esse conserto por conta própria do que acionar o seguro.
Como contratar seguro de carro?
Decidido a contratar seguro de carro, mas não sabe por onde começar? O primeiro passo é fazer uma cotação entre as principais empresas do ramo.
Assim, aumentam suas chances de encontrar o melhor custo-benefício para o seu caso.
Outro ponto para se atentar é o valor da franquia. Pode parecer paradoxal, mas dependendo do caso, optar por uma franquia mais alta pode ser um bom negócio, pois o preço final do seguro tende a diminuir.
Mas cuidado com essa opção! Escolha essa alternativa somente se você for um adepto da direção defensiva e não se envolver em tantos sinistros.
Para finalizar, analise bem os tipos de cobertura e opte por aquele que, de fato, faça sentido para a sua realidade.
Ou seja, veja tudo o que um seguro cobre para contratar um produto sob medida.
Qual é o melhor seguro de carro?
O melhor seguro de carro é aquele que atende às suas necessidades.
Confira alguns critérios para levar em consideração ao escolher o seu:
- Procure pelo melhor custo-benefício em vez de considerar apenas os preços mais baixos
- Considere sempre o valor da franquia, uma vez que seguros mais baratos costumam ter uma franquia maior. Porém, se você tiver que utilizar o serviço, vai pagar mais do seu bolso
- Prefira sempre empresas com uma boa reputação no mercado, que ofereçam um bom atendimento e tenham uma alta taxa de resolução de problemas dos clientes
- Escolha empresas que permitem a personalização do seu pacote de serviços, para economizar e contratar somente o que você precisa
- Verifique os serviços de assistência complementares, como atendimento 24h, carro reserva e guincho, por exemplo.
Lembre-se: tudo que agregar e couber no seu orçamento é válido para encontrar o seguro ideal.
Como pagar seguro de carro?
O pagamento do seu seguro de carro pode se dar de várias formas, dependendo das alternativas oferecidas pela seguradora.
Entre as mais comuns estão o boleto bancário, o cartão de crédito e o débito automático em conta.
Avalie qual é a maneira mais adequada para a sua realidade e se organize financeiramente para incluir essa despesa no seu orçamento.
Lembre que o seguro veicular não é a única despesa que você vai precisar arcar com o seu automóvel.
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E então, já escolheu seu seguro de carro?
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