Não tenha dúvidas: monitorar o índice de turnover é uma das principais estratégias para manter o clima organizacional saudável e produtivo.
Afinal, o cálculo da rotatividade de funcionários é uma ferramenta que permite identificar problemas sérios de insatisfação no ambiente de trabalho.
No contexto organizacional, existem cálculos específicos de turnover que orientam os planos para evitar a mudança constante nas equipes.
A seguir, explicamos tudo sobre esse índice: sua importância, como calculá-lo e como otimizar os valores.
Vamos lá?
O que é turnover?
O turnover é o índice de rotatividade de funcionários de uma empresa ou departamento.
Estamos falando de um conceito muito utilizado em gestão de Recursos Humanos para se referir à renovação do quadro de colaboradores, incluindo novas contratações, demissões ativas e desligamentos voluntários.
Por oferecer um panorama dos níveis de satisfação dos funcionários, o turnover é uma poderosa ferramenta para promover ambientes de trabalho mais harmônicos e eficientes.
No próximo tópico, explicamos mais sobre como o monitoramento desse índice pode ajudar sua empresa.
Por que é importante monitorar o turnover?
O monitoramento do turnover é uma estratégia fundamental para as políticas de retenção de talentos.
Isso porque, ao identificar o aumento da rotatividade, as empresas podem intervir e modificar os fatores que estão minando a satisfação dos colaboradores.
O turnover fornece as métricas necessárias para que a equipe de RH reavalie criteriosamente o clima organizacional, a cultura da empresa e o índice de satisfação com as oportunidades profissionais oferecidas.
Assim, a empresa evita a longo prazo as sérias consequências referentes ao intenso fluxo de contratação, como o gasto de tempo e dinheiro com novos treinamentos e capacitações.
Os cálculos de rotatividade são divididos em quatro categorias principais.
Continue lendo para entender melhor como funciona.
Quais são os tipos de turnover?
Imagine o seguinte cenário: em determinada empresa, nenhum funcionário permanece mais do que alguns poucos meses.
Alarmante, não é mesmo?
Certamente, a intensa movimentação de colaboradores indica que algo está incomodando.
Para saber exatamente o que está acontecendo, é preciso considerar quatro tipos de cálculos diferentes:
- Turnover voluntário
- Turnover involuntário
- Turnover funcional
- Turnover disfuncional.
Confira as características de cada modalidade!
Voluntário
Essa categoria, como o próprio nome sugere, avalia o percentual de desligamentos por vontade própria.
Altos índices desse turnover indicam que os funcionários estão acessando oportunidades profissionais melhores e mais vantajosas, a ponto de compensar todo o estresse de mudança de emprego.
Involuntário
Por sua vez, o turnover involuntário diz respeito aos desligamentos feitos por iniciativa da empresa.
Tratam-se dos casos de demissões sem ou com justa causa.
Essa modalidade está mais relacionada à redução das entregas de qualidade, assim como à ocorrência de comportamentos inadequados no ambiente de trabalho.
Nesse caso, os altos índices de turnover podem indicar tanto a ineficiência dos processos seletivos quanto a presença de conflitos hierárquicos e cultura organizacional tóxica.
Funcional
Os desligamentos funcionais são aqueles que possuem justificativa compreensível.
É o caso, por exemplo, de funcionários que pedem demissão por não estarem alinhados com a cultura da empresa.
Assim como o turnover involuntário, os altos índices de desligamento funcional podem também indicar a ausência de fit cultural nos processos seletivos.
Além disso, pode ser um alerta da falta de dos valores organizacionais bem definidos, assim como a presença de fatores que desgastam a motivação dos funcionários.
Disfuncional
Já o turnover disfuncional é aquele que oferece dados sobre desligamentos de colaboradores de alto desempenho.
Esse é um dos piores impactos para a empresa, já que funcionários talentosos são fundamentais para o crescimento organizacional.
Em resumo, trata-se de uma perda de capital humano.
Saiba mais sobre o que é e como fazer a gestão do “capital humano”.
Como calcular o turnover?
Para todos os tipos de turnover, a conta é a mesma:
Turnover = número de contratados + número de demitidos2 x número de colaboradores x 100
O resultado da equação será em % de turnover para o período analisado.
Atenção: após obter os valores de cada tipo de rotatividade, verifique se existem diferenças significativas.
Assim, ficará mais fácil iniciar as investigações sobre o que está por trás da excessiva renovação de funcionários.
Qual o índice de turnover ideal?
De modo geral, as taxas de turnover são consideradas saudáveis até o valor aproximado de 10%.
Após esse limite, a proporção de desligamentos pode se tornar alarmante.
Vale ressaltar que determinadas áreas envolvem uma rotatividade naturalmente maior do que outros segmentos do comércio/indústria.
Por isso é tão importante manter um histórico de acompanhamento do turnover ao longo dos anos, para que a equipe de RH saiba identificar com maior precisão qual é o limite máximo de rotatividade aceitável para a empresa.
O que faz o turnover aumentar?
O aumento do turnover é multifatorial.
Ou seja, existem diversos possíveis elementos que levam à constante saída de funcionários.
Em geral, os principais determinantes são:
- Salários abaixo das faixas de mercado
- Inflexibilidade horária
- Uso de comunicação violenta pelos gestores
- Problemas relacionais com os colegas de trabalho e superiores hierárquicos;
- Poucas oportunidades de crescimento profissional;
- Cultura organizacional agressiva e excessivamente competitiva;
- Contratações ineficientes, sem seguir um perfil cultural;
- Políticas ruins de benefícios corporativos.
Dica importante: vale a pena realizar formulários e pesquisas para identificar exatamente as insatisfações dos colaboradores.
Já explicamos aqui no blog como fazer uma pesquisa de clima organizacional completa!
Como reduzir o turnover?
Agora que você já sabe como calcular e identificar os causadores de altos índices de turnover, que tal aprender como reduzir a rotatividade?
A seguir, listamos 5 dicas indispensáveis para sua rotina de gestão!
1. Fit cultural nos processos seletivos
Alocar funcionários incompatíveis com o perfil das vagas é gerar futuras dores de cabeça.
Assim, é fundamental que o RH avalie os candidatos não somente no que se refere às habilidades técnicas e acadêmicas.
É preciso considerar também aspectos éticos e culturais, de maneira que o perfil do contratado esteja alinhado com a proposta da empresa.
Ainda que essa avaliação seja complexa, o RH irá escolher os candidatos mais adequados à rotina organizacional, economizando tempo com a fase de adaptação.
2. Bons planos de carreira
Não tem segredo: quanto melhor o plano de carreira, maior a probabilidade do funcionário permanecer na empresa por mais tempo.
Para isso, é preciso que os empregadores ofereçam oportunidades claras de desenvolvimento profissional e capacitação técnica.
Além da progressão de cargos de liderança, é importante incluir programas de mentoria e treinamentos atrativos.
3. Faixas salariais atrativas
Sim, o salário tem tudo a ver com a satisfação dos funcionários.
Afinal quem não gosta de ser bem remunerado?
Por isso, certifique-se de que os valores sejam atrativos em comparação aos concorrentes.
Mapeie os salários oferecidos no mercado de trabalho e estabeleça faixas competitivas.
Vale a pena também colocar em prática as revisões periódicas de salário dos funcionários antigos — esta é uma estratégia indispensável para promover o reconhecimento dos colaboradores esforçados.
A seguir, falamos mais sobre como valorizar suas equipes!
4. Gestão de reconhecimento individual e coletivo
Além das políticas de promoção, o reconhecimento pode vir em pequenas ações no dia-a-dia.
Elogios sinceros, valorização das entregas difíceis, feedbacks construtivos… são inúmeras as formas de manter uma gestão atenciosa e acolhedora.
Além disso, evite competições desnecessárias que possam estimular animosidade entre os colegas de trabalho.
Para isso, reconheça também o esforço coletivo e as metas cumpridas pela equipe como um todo.
Saiba como estimular o trabalho em equipe!
5. Boas políticas de benefícios corporativos
Por fim, mas não menos importante: oferecer bons benefícios corporativos faz toda a diferença na qualidade de vida dos seus funcionários.
Como resultado, você promove ambientes de trabalho mais saudáveis e produtivos.
Veja alguns dos benefícios mais usados pelas grandes empresas:
- Vale-cultural, como descontos em ingressos de shows e apresentações
- Plano de saúde abrangente
- Convênio com academias e plataformas de atendimento psicológico
- Assistência para os filhos dos colaboradores, como descontos em material escolar
Além disso, muitas empresas estão aderindo aos serviços de consultoria financeira para seus funcionários, para reduzir o estresse gerado por problemas com dinheiro.
Como o bem-estar financeiro dos colaboradores ajuda a reduzir o turnover?
Dívidas, faturas enormes, saldo no cheque especial… problemas financeiros afetam certamente a qualidade de vida de quem está passando por essa situação.
Nesse sentido, promover o bem-estar financeiro dos funcionários é uma forma de zelar por sua saúde e felicidade.
Como mencionamos antes, oferecer planos de consultoria financeira é uma das abordagens de benefícios corporativos mais criativas.
Por meio de sessões com especialistas, os colaboradores aprendem a elaborar um orçamento robusto para ficar longe das dívidas.
E quando o assunto é bem-estar financeiro, a Neon Benefícios é a melhor escolha para sua empresa!
Chega de turnover alto: venha para a Neon Benefícios e garanta o bem-estar de seus colaboradores!