Se você quer retomar o poder sobre suas finanças e não sabe por onde começar, aqui vamos mostrar como investir com pouco dinheiro para você tirar os seus sonhos do papel.
Os dados são alarmantes: em levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para o Instituto FSB Pesquisa, 69% dos entrevistados afirmaram que não conseguem poupar.
Além disso, 44% dizem ter dinheiro apenas para pagar as contas, e outros 25% estão endividados porque possuem renda insuficiente para quitar os boletos mensais.
Queremos mudar essas estatísticas e, por isso, vamos mostrar neste artigo o que você deve fazer para conseguir poupar todo mês e começar a investir.
Vem com a gente que vamos te ajudar a entrar no mundo dos investimentos!
Tem como investir com pouco dinheiro?
Um dos maiores mitos sobre investir é que você precisa ter muito dinheiro para começar.
Isso acontece por falta de conhecimento sobre os produtos disponíveis e medo do desconhecido, já que os investimentos não fazem parte da realidade da maioria dos brasileiros, como a gente citou na introdução do artigo.
A boa notícia é que dá, sim, para investir pequenas quantias. Na Neon, por exemplo, você só precisa de R$ 1 para investir no CDB Neon.
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Tenha em mente que uma renda pequena não é um impeditivo para investir. Quanto antes você começar, não importa com qual valor seja, melhor será para o seu futuro.
Isso porque a lógica do investidor tem base em juros compostos, capazes de multiplicar até pequenos valores, principalmente se você mantiver uma como investir com pouco dinheiro.
8 dicas sobre como investir com pouco dinheiro
Se você não sabe como começar a investir, vamos mostrar um passo a passo para ajudar a dar os primeiros passos com os investimentos sem precisar ter muito dinheiro.
1. Organize suas finanças
Antes de efetivamente investir, é essencial fazer um planejamento financeiro e organizar seu orçamento.
Dessa forma, você conseguirá ter mais clareza sobre qual é a sua realidade hoje e quanto é possível poupar todo mês.
Inclusive, caso você esteja no zero a zero (o dinheiro é suficiente apenas para pagar as contas) ou até mesmo no vermelho, é primordial dedicar um tempo para colocar ordem nas suas finanças.
E tem mais: a organização financeira também é importante para você conseguir acompanhar os seus investimentos após começar a investir.
Então, já coloque na cabeça que uma planilha financeira deverá se tornar a sua melhor amiga. A boa notícia é que nós já temos uma planilha de gastos mensais gratuita, pronta para ser usada.
Outro ponto sobre a planilha é que, com ela, você conseguirá identificar quais são os gastos supérfluos que podem ser reduzidos ou eliminados.
É claro que você não precisa cortar tudo aquilo que gosta, estamos falando de se organizar e rever prioridades para conseguir economizar dinheiro e investir.
2. Estabeleça metas de curto, médio e longo prazo
Definir metas para seus investimentos te dará mais propósito em relação ao que você está fazendo. Por isso, não guarde dinheiro por guardar, mas trace metas e nomeie cada centavo investido.
Pode ser começar um curso, fazer uma viagem, comprar um carro, adquirir a casa própria, enfim, o essencial é anotar quais são os objetivos para seus investimentos e tê-los em mente sempre que você fizer um novo aporte.
Veja como fazer um planejamento de metas de curto, médio e longo prazo.
Além disso, ao saber o motivo pelo qual você está guardando seu dinheiro, isso evitará que você caia na tentação de resgatar qualquer valor para gastar com algo supérfluo e que não agregará muito ao seu futuro.
3. Aprenda sobre liquidez
Uma rápida pesquisa online sobre investimentos vai te mostrar palavras comuns ao vocabulário dessa área, e uma delas é liquidez.
Entender seu significado é muito importante desde os seus primeiros investimentos, pois a liquidez estabelece o prazo em que seus rendimentos ficam disponíveis para serem resgatados.
Se a liquidez for mensal, por exemplo, o investidor só terá lucro se resgatar seu montante depois de um mês.
Esse é o caso da poupança, que só rende no aniversário do depósito realizado. Ou seja, quem depositou R$ 100 no dia 15 de novembro só poderá resgatar o valor com juros a partir de 15 de dezembro.
Isso pode ser benéfico ou não, dependendo das metas e objetivos do investimento.
Se for para a reserva de emergência, o ideal é aportar seu dinheiro em produtos com liquidez diária, que rendem todos os dias e podem ser resgatados com lucro a qualquer momento.
Já para as metas de longo prazo, como a compra de um apartamento ou viagem internacional, pode ser mais vantajoso escolher um investimento com menor liquidez (anual, por exemplo), para aumentar a rentabilidade.
4. Defina quanto você pode investir todo mês
Com o orçamento organizado e as metas estabelecidas, é hora de definir quanto dinheiro você irá poupar e investir todos os meses.
É claro que o valor varia de pessoa para pessoa, mas um ponto de partida é reservar 10% do seu salário líquido para os seus investimentos.
Aqui explicamos detalhadamente quanto investir do salário todo mês.
Se 10% forem muito para você começar, lembre-se de que é possível começar a investir com apenas R$ 1, como citamos no começo deste artigo.
O fundamental é manter a recorrência e sempre poupar um pouco para o seu montante começar a crescer.
Se você precisa de uma ajuda para poupar dinheiro com frequência, você pode recorrer ao Desafio 52 Semanas! Basta R$ 1 para começar a guardar toda semana.
E mais: criamos um kit gratuito completo com tabela, planilha e guia para ficar ainda mais fácil participar do Desafio.
5. Crie lembretes e desenvolva um hábito
Tão importante quanto separar um valor mensal é a recorrência dos seus aportes.
Para garantir a frequência, uma dica é separar esse valor logo no começo do mês, antes mesmo de pagar as contas, para que o investimento seja visto como um “boleto” e você não deixe para pagá-lo apenas se sobrar dinheiro.
Conte também com ferramentas para ajudar a construir o hábito de investir.
Você pode configurar lembretes no Google Agenda, Trello ou programar um Pix direto da sua conta bancária todo dia 5 ou 10, por exemplo.
Com planejamento e organização, logo o seu “boleto pessoal” será quitado todo mês, sem estresse.
6. Não espere “ter mais dinheiro” ou “saber mais” para começar
Se você ficar esperando o “momento certo”, já avisamos que ele nunca vai chegar.
Temos a tendência de achar que nunca temos dinheiro suficiente ou que sabemos muito pouco, mas dessa maneira ninguém sai do lugar.
Por isso, estamos aqui para mostrar que é possível, sim, investir pouco dinheiro com segurança: o que importa é dar o primeiro passo e começar.
Além disso, hoje há uma infinidade de informações disponíveis a respeito de investimentos.
Claro que não dá para aprender tudo de uma hora para a outra, então o ideal é se manter sempre atualizado.
Vamos falar sobre isso no próximo tópico.
7. Estude e se atualize sempre
Vivemos um tempo privilegiado, em que temos à nossa disposição inúmeros conteúdos sobre investimentos.
São canais de YouTube, cursos, podcasts, blogs (como este aqui) que ensinam sobre finanças e como investir melhor.
Canais como Me Poupe!, EconoMirna e O Primo Rico são algumas opções para você acompanhar.
Também recomendamos ouvir podcasts sobre finanças que te ajudarão a entender melhor como organizar seu orçamento e investir com inteligência.
E, claro, estude muito e esteja sempre atualizado. É necessário aprender conceitos básicos sobre investimentos, entender o que impacta o mercado e como fazer operações seguras.
Confira 8 cursos gratuitos que vão te ensinar sobre investimentos.
8. Seja paciente e preserve o hábito de poupar
Paciência é uma das palavras de ordem no mundo dos investimentos, pois ninguém constrói um patrimônio sólido de um dia para o outro: persista e não vá com muita sede ao pote.
Por menor que seja o valor investido, o indispensável é sempre fazer uma aplicação, não importa se pareça pouco.
É o hábito de poupar dinheiro que fará você conseguir investir para realizar os seus sonhos.
Onde começar a investir com pouco dinheiro?
Agora que você já sabe como começar a investir com pouco dinheiro, vamos te mostrar onde investi-lo.
De início, o melhor caminho é optar pela renda fixa, uma categoria de investimentos que tem sua rentabilidade conhecida no momento da aplicação.
Isso significa que você consegue prever (ou pelo menos estimar) quanto vai ganhar com o investimento desde o começo, seja por meio de uma taxa prefixada ou um índice de referência.
Entenda o que é e como funciona a renda fixa.
É válido reforçar que o primeiro investimento que você deve fazer é na sua reserva de emergência, caso você ainda não tenha a sua montada.
Ela deve ser feita em um investimento de renda fixa com liquidez diária, o que significa que você pode resgatar o seu dinheiro a qualquer momento.
A reserva deve contemplar de seis meses a 12 meses do seu custo de vida mensal. Colocando em números práticos, se o seu custo de vida mensal é de R$ 2 mil, a sua reserva deverá ser de R$ 12 mil a R$ 24 mil.
Duas boas opções para você montar sua reserva de emergência são o CDB (Certificado de Depósito Bancário) e o Tesouro Selic. Mais adiante, explicaremos ambos em detalhes.
Agora vamos ao que interessa: onde começar a investir com pouco dinheiro.
CDBs
Com essa aplicação financeira, você “empresta” seu dinheiro para o banco poder usar. Em troca, o banco devolve o dinheiro corrigido com os juros, ou seja, ao invés de pagar juros, você passa a lucrar com eles.
Esse é um investimento de renda fixa seguro, com liquidez diária e garantido pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que cobre até R$ 250 mil por CPF em caso de falência do banco que vendeu o CDB, desde que a quantia esteja na mesma instituição ou conglomerado financeiro.
Mas atenção: em 2017, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou uma alteração no FGC que estabelece um teto de R$ 1 milhão a cada período de quatro anos para garantias pagas para cada investidor (CPF ou CNPJ).
Na prática, é possível manter até R$ 250 mil investidos em cada instituição, sendo no máximo quatro instituições distintas, o que totalizaria R$ 1 milhão.
Voltando ao CDB, sabia que você pode investir em CDB com a Neon? A partir de R$ 1 você já consegue fazer uma aplicação financeira e começar a fazer o seu dinheiro trabalhar para você!
Títulos públicos do Tesouro Direto
O Tesouro Direto é o programa 100% online de venda de títulos públicos do governo federal em parceria com a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), a bolsa de valores brasileira.
Um título público é uma aplicação financeira de renda fixa emitida pelo Tesouro Nacional para captar recursos e financiar a dívida pública.
Ao comprar esses ativos, você está “emprestando” dinheiro ao governo, que te paga juros por isso.
Dessa forma, o Tesouro Direto é considerado um dos investimentos mais seguros do mercado financeiro, já que sua garantia é o próprio caixa público do país.
Existem três tipos de títulos públicos disponíveis: o Tesouro Selic, o Tesouro Prefixado e o Tesouro IPCA. O Tesouro Selic, por exemplo, tem liquidez diária e pode ser considerado o principal substituto da poupança.
Com apenas R$ 50 já dá para investir nesse título.
Aqui explicamos tudo o que você precisa saber a respeito do Tesouro Direto.
Fundos de investimento
Os fundos de investimento também são uma boa opção para começar a investir com pouco dinheiro.
Eles funcionam como um condomínio: os moradores são os cotistas que compram os fundos, os quais são gerenciados pelo “síndico”, um gestor com a responsabilidade de escolher em quais ativos aplicar o dinheiro e obter o melhor rendimento possível.
Os principais tipos de fundos de investimento são: renda fixa, curto prazo, ações e multimercados.
Para escolher o melhor fundo para você, o ideal é pesquisar bastante e entender qual faz mais sentido para a sua realidade financeira hoje.
E a poupança?
De fato, a poupança é a porta de entrada para os investidores iniciantes, porém a sua rentabilidade é muito baixa e ela rende apenas uma vez por mês, no dia do aniversário da poupança.
Isso significa que, caso você resgate a aplicação antes do aniversário, não terá nenhum rendimento.
Então, se você deseja começar a investir com pouco dinheiro, por que não ir direto para o CDB, Tesouro Direto e os fundos de investimento, os quais têm uma rentabilidade maior e são seguros, assim como têm um aporte inicial baixo?
Tem como investir em ações com pouco dinheiro?
Sim, é possível investir em ações com pouco dinheiro, optando pelo mercado fracionário.
Funciona assim: em vez de ter de comprar um lote inteiro (composto por um mínimo de 100 ações), o cliente pode adquirir frações, ou seja, “pedaços” do lote e pagar menos.
Se você estiver interessado em ações de uma grande empresa que estejam custando R$ 20 cada, por exemplo, não vai precisar pagar R$ 2 mil pelo lote com 100 unidades; você pode adquirir 10 ações ao custo de R$ 200.
Porém, é importante conhecer seu perfil de investidor antes de entrar no mundo da renda variável, ao qual pertencem as ações.
Esse tipo de investimento costuma ter maior rentabilidade, mas também tem mais risco. Antes de adquirir ações, tenha o suporte de uma reserva de emergência.
Vale ainda ir atrás de mais conhecimentos sobre o mercado financeiro para direcionar seus aportes de um jeito inteligente, conforme suas metas.
Caso ainda esteja começando, o mais indicado é investir em ativos de renda fixa, que têm risco baixo e são fáceis de gerenciar. Além disso, eles não sofrem oscilações diárias como os ativos de renda variável.
Aos poucos, você vai adquirindo confiança e multiplicando os rendimentos para diversificar a carteira, incluindo tanto ativos de renda fixa para preservar seu patrimônio, quanto de renda variável, para elevar a rentabilidade e atingir seus objetivos num prazo menor.
Agora que você já sabe como investir com pouco dinheiro e onde aplicá-lo, basta começar!
Com o tempo, você perceberá que o segredo é diversificar a sua carteira, fazer aportes com frequência e manter o dinheiro investido o máximo de tempo possível.
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