Renda fixa: o que é, como investir e quais os melhores ativos?

Quer saber o que é e se vale a pena investir em renda fixa? Saiba tudo sobre esse investimento e veja onde fazer seu dinheiro render mais.
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Saquinhos de dinheiro sendo colocados em mão de pessoa

Se você está em busca de diversificar sua carteira de investimentos, saber o que é renda fixa é fundamental.

As aplicações de renda fixa podem ser agrupadas em inúmeras categorias, e todas seguem o mesmo mecanismo: as taxas de rendimento são definidas no momento da contratação.

E como o cálculo do retorno é conhecido desde o primeiro dia de aplicação, o investidor tem maior previsibilidade em relação aos rendimentos que irá obter ao longo do tempo.

Leia este texto até o final e descubra todos os segredos do mundo dos investimentos em renda fixa.

O que é renda fixa?

Renda fixa é uma modalidade de aplicação na qual as regras de rendimento são definidas no momento de contratação do título.

São investimentos que rendem de maneira previsível, proporcionando maior segurança para os investidores.

Quer um exemplo? Vamos supor uma aplicação de renda fixa que remunera IPCA (índice de inflação) + 6,04% ao ano, com vencimento em 2035.

Isso significa que, se você mantiver esse papel até 2035, seu rendimento será justamente esse: a variação do IPCA no período + juros de 6,04%.

Por mais que a taxa do IPCA oscile, você já consegue ter uma previsão da faixa de valores obtidos.

Investimento em renda fixa: conheça os principais.

Qual a diferença entre renda fixa e renda variável?

Agora que você sabe como funciona a renda fixa, fica mais fácil entender a diferença em relação à renda variável.

O termo “variável” já diz muito sobre essa categoria de investimentos, que tem como principais características a imprevisibilidade e volatilidade de seus ativos.

Você não sabe quanto vai ganhar quando investe em um ativo de renda variável, porque a rentabilidade varia conforme os movimentos do mercado e fatores econômicos.

O exemplo clássico é o eterno sobe e desce dos preços das ações na bolsa de valores, na qual a cotação dos ativos é definida pela oferta e demanda do mercado.

Logo, os riscos envolvidos são maiores — mas também há oportunidades de ganhos superiores em relação à renda fixa.

O que é a renda variável? Qual o melhor investimento?

Como funciona a renda fixa?

Ainda que existam diversos tipos de aplicações de renda fixa, todos seguem o mesmo padrão de funcionamento.

Quando um cliente realiza o investimento, seja em CDB ou em qualquer categoria, as condições de rendimento ficam definidas no momento da contratação.

Existem modalidades com juros prefixados em valores nominais (como, por exemplo, 12% ao ano), e investimentos com juros pós-fixados que usam alguns indicadores de inflação como referência, como o já citado IPCA.

Vale mencionar que o dinheiro investido em renda fixa é direcionado pela instituição emissora para as movimentações financeiras internas.

Por exemplo: se você investe em Tesouro Direto, o dinheiro será utilizado pelo governo para financiar suas atividades e projetos.

Por outro lado, investimentos em CDB são usados pelas instituições bancárias para gastos operacionais e até mesmo para concessão de empréstimos.

Ao final do período de contratação, a instituição devolve o valor investido com o acréscimo dos juros que foram combinados anteriormente.

É por isso que os títulos de renda fixa são popularmente conhecidos como empréstimo ao contrário, já que é o cliente quem “empresta” o dinheiro ao banco.

Como investir em renda fixa: dicas e melhores opções

Vantagens da renda fixa sobre a renda variável

Uma característica fundamental da renda fixa é a estabilidade e previsibilidade dos retornos, o que a torna uma opção popular para quem busca segurança e tranquilidade em seus investimentos.

Com esse tipo de ativo na carteira, o investidor fica menos suscetível às mudanças do cenário econômico e político, tanto nacional quanto global.

Além disso, oferece acesso a uma variedade de ativos como títulos públicos, CDBs e LCIs, que proporcionam proteção do capital investido e uma fonte estável de renda ao longo do tempo.

Para investidores com um perfil mais conservador ou para aqueles que estão buscando diversificar sua carteira de investimentos, a renda fixa pode ser uma escolha inteligente, trazendo equilíbrio entre retorno e risco.

Menor risco

A renda fixa é conhecida por oferecer menor risco em comparação com a renda variável, graças principalmente à natureza dos ativos.

Enquanto na renda variável, como ações, o valor dos ativos pode flutuar significativamente em curtos períodos de tempo, na renda fixa os investimentos estão geralmente ligados a títulos como os públicos, do tipo CDBs ou LCIs.

Tais ativos possuem características de retorno mais previsíveis e menos suscetíveis a oscilações bruscas de mercado, sendo considerados seguros.

Isso torna a renda fixa uma opção atraente para investidores que priorizam a segurança e a preservação do capital, trazendo uma sensação de tranquilidade em relação ao patrimônio.

Previsibilidade de retorno

Uma das principais vantagens da renda fixa é a previsibilidade de retorno por apresentarem menor volatilidade e risco em comparação com a renda variável.

Os investidores geralmente conhecem a rentabilidade esperada no momento da aplicação e tendem a se sentir mais confortáveis devido à natureza menos volátil e mais previsível.

Ao adquirir um título público ou um CDB com uma taxa de juros pré-fixada, por exemplo, você já sabe exatamente quanto receberá no vencimento do investimento, o que proporciona uma maior segurança em relação aos rendimentos futuros.

Facilidade de Acesso

A renda fixa oferece acesso a uma variedade de investimentos considerados seguros, como títulos públicos emitidos pelo governo, CDBs garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) e LCIs e LCAs lastreadas em operações imobiliárias ou do agronegócio.

Tais opções podem ser acessadas facilmente por meio de corretoras de valores, bancos e plataformas de investimento online.

Além disso, muitos desses investimentos têm valores mínimos de aplicação acessíveis, permitindo que investidores de todos os perfis possam diversificar a carteira e buscar melhores retornos.

Para que serve a renda fixa?

Como mencionamos, as instituições emitem títulos de renda fixa quando pretendem captar recursos para transações financeiras internas.

Do ponto de vista dos investidores, essa modalidade também é muito útil para tornar as reservas de dinheiro seguras e rentáveis.

Afinal, os investimentos em renda fixa são historicamente mais rentáveis do que simplesmente deixar seu dinheiro parado na conta corrente ou mesmo na poupança.

Por isso, planejadores e consultores financeiros recomendam ter uma parcela do patrimônio aplicada em renda fixa, como forma de investimento seguro e previsível.

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O que é fundo de renda fixa?

Fundo de renda fixa é uma carteira ou portfólio de investimento composto em sua grande maioria por ativos como títulos do Tesouro Direto, LCI, LCA e CDB.

Esses fundos reúnem recursos de diversos investidores para serem aplicados em uma carteira diversificada de ativos de renda fixa.

Ainda podem ter uma pequena parcela alocada em ativos de renda variável, justificada por estratégias específicas visando, por exemplo, a capturar oportunidades de ganhos adicionais em momentos de alta no mercado de ações ou para diversificar a carteira para reduzir riscos.

A rentabilidade é determinada pelo índice de referência do fundo, como IPCA ou Selic, ou ser totalmente pré-fixada com um percentual anual previamente acertado.

Muitos fundos de renda fixa atraem investidores também por oferecerem alta liquidez, permitindo que os valores sejam resgatados a qualquer momento, embora existam opções com prazos maiores.

Alguns fundos de renda fixa podem cobrar taxas de administração e de performance, que são utilizadas para remunerar seus gestores.

É importante ficar atento a essas taxas, pois podem impactar a rentabilidade líquida do investimento.

Como investir em renda fixa?

O primeiro passo para investir em renda fixa é abrir uma conta em uma corretora de valores, em um banco ou em outra instituição financeira que ofereça tais opções.

Antes de escolher em qual fundo ou ativo de renda fixa deseja investir, defina suas metas financeiras.

Considere fatores como:

  • Prazo para obter rendimento
  • Valores a serem investidos
  • A facilidade com que você pretende resgatar o ativo (liquidez)
  • Nível de risco assumido.

Essas informações são importantes para que você saiba qual tipo de investimento escolher.

Em seguida, pesquise e monitore diariamente os valores disponíveis no mercado, usando plataformas digitais para facilitar — essa etapa é fundamental para conseguir bons valores de rendimento.

Ao escolher o melhor ativo de renda fixa, faça o investimento usando aplicativos de investimentos seguros e que sejam práticos de fazer o acompanhamento do patrimônio.

Se preferir, você pode fazer o investimento por intermédio de um corretor da instituição financeira em que você abriu a conta.

Ao final do período de contratação do título, você poderá acessar todo o dinheiro já contando com o acréscimo dos juros.

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Principais tipos de investimentos de renda fixa

Pegue seu bloco de anotações e confira as principais características de cada categoria de renda fixa.

Poupança

A caderneta de poupança ainda é o investimento de renda fixa mais popular do país, preferido por 26% dos brasileiros, segundo a pesquisa Raio X do Investidor publicada em 2023 pela ANBIMA.

Ela é considerada a aplicação mais simples do mercado, pois é muito fácil de movimentar (conta poupança), tem liquidez diária e não é tributada pelo Imposto de Renda.

Seu rendimento segue as seguintes regras:

  • Quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês + taxa de referência
  • Quando a Selic está igual ou abaixo de 8,5%, a poupança rende 70% da Selic ao mês + taxa de referência.

Por exemplo, em fevereiro de 2024, a poupança apresentava um rendimento de 6,17% ao ano, mais Taxa Referencial.

Na comparação com todos os outros investimentos, a poupança tem um rendimento baixo.

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Títulos públicos do Tesouro Direto

O Tesouro Direto é o programa de compra e venda de títulos públicos garantidos pelo Tesouro Nacional.

Com o menor risco de crédito do mercado, trata-se de uma aplicação extremamente segura.

Ao comprar um título, você empresta dinheiro ao governo para financiar a dívida pública e recebe uma remuneração em juros, que pode ser prefixada (taxa de juros fixa definida no momento da aplicação) ou pós-fixada (rentabilidade atrelada a um índice de referência).

Os títulos disponíveis são Tesouro Selic, Tesouro Prefixado, Tesouro Renda, Tesouro Educa e Tesouro IPCA, que possuem liquidez diária com rentabilidade tributada pelo Imposto de Renda.

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CDB (Certificado de Depósito Bancário)

O CDB é um título de renda fixa emitido pelos bancos para captar recursos.

A rentabilidade do CDB pode ser prefixada em um valor específico ou pós-fixada com base no CDI — por exemplo, 90% do CDI ou 100% do CDI.

O CDB é uma das modalidades protegidas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

Caso a instituição que você aplicou venha à falência, o FGC devolve 100% do dinheiro investido, com limite de R$ 250 mil por CPF.

Outra vantagem do CDB é a possibilidade de contratação com liquidez diária. Isso significa que o investidor poderá resgatar o dinheiro a qualquer momento.

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LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio)

LCI e LCA são títulos de renda fixa que financiam o setor imobiliário e agropecuário, respectivamente.

Eles são emitidos por bancos, assim como o CDB, e também possuem diferentes rentabilidades (prefixadas ou indexadas ao CDI, IPCA ou IGP-M, por exemplo).

Uma das principais vantagens das letras de crédito é que não há cobrança de IR sobre os rendimentos para pessoa física, como é o caso do CDB, que tem tributação conforme a tabela regressiva.

Assim como o CDB, as letras de crédito também são protegidas pelo FGC.

Vale mencionar que os LCA e LCI possuem a desvantagem de prazos de resgate mais longos e as aplicações iniciais mais altas.

Debêntures

Debêntures são títulos de renda fixa emitidos por empresas privadas para captar investimentos, seguindo as mesmas regras dos títulos anteriores.

Assim, ao comprar uma debênture, você se torna credor da companhia e ajuda essa empresa a financiar investimentos e projetos.

No mercado, existem debêntures normais, que são tributadas pelo IR, e debêntures incentivadas, que são isentas de tributação por estarem ligadas a projetos de infraestrutura.

A rentabilidade costuma ser mais atrativa do que de outros títulos, mas os prazos de resgate são os mais longos da renda fixa.

Ao contrário de LCI, LCA e CDB, os debêntures não contam com a cobertura do FGC — ou seja, o risco é maior.

CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio)

Apesar de também financiarem projetos dos setores imobiliário e de agronegócio, os CRI e CRA são bem diferentes dos LCI e LCA.

Os Certificados de Recebíveis são emitidos por empresas “securitizadoras”, instituições não financeiras com registro de companhia aberta na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Assim, são papéis de crédito privado com um fluxo de rendimentos, que podem ser recebidos periodicamente ou no prazo de vencimento do título.

Da mesma forma que as debêntures, esses investimentos não têm proteção do FGC.

Fundos de renda fixa

Os fundos de renda fixa são fundos de investimentos compostos por, no mínimo, 80% de ativos de renda fixa, como CDBs, títulos públicos e LCIs/LCAs.

Eles funcionam como um “condomínio” em que um gestor profissional (que seria o “síndico”) administra os ativos do fundo, e cada investidor cotista coloca sua parte em capital (que seria o “aluguel”), formando uma aplicação coletiva.

Ao comprar uma cota, você tem direito a receber os rendimentos do fundo na proporção do seu investimento.

Em sua maioria, os fundos de renda fixa têm como benchmarks (índices de referência) a taxa Selic e o CDI, e são tributados pelo IR no sistema de come-cotas (antecipação semestral de recolhimento do imposto).

Quanto rende a renda fixa?

Como vimos, a renda fixa oferece uma gama diversificada de investimentos, cada um com suas próprias características de retorno.

Por isso, os rendimentos podem variar dependendo do tipo de investimento, se os juros são pré ou pós-fixados, o prazo da aplicação e a taxa de referência.

Por exemplo, se você investir no Tesouro Direto, pode escolher entre uma taxa pré-fixada, com juros determinados no momento da compra, independentemente das variações futuras da taxa básica de juros ou da inflação.

Já se optar pelas modalidades Selic ou IPCA, terá retornos que acompanham a taxa básica de juros da economia ou o índice de inflação.

Se optar por um fundo de renda fixa, a rentabilidade será determinada pela performance dos ativos que compõem a carteira, podendo ser pré ou pós-fixada, conforme a estratégia adotada pelo gestor do fundo.

Qual é o melhor investimento de renda fixa?

A escolha do melhor investimento depende de alguns fatores, como:

  • Perfil do investidor, sendo que clientes mais conservadores tendem a ter menos tolerância a riscos
  • Objetivos financeiros, já que cada meta demanda um tipo diferente de estratégia
  • Potencial de rendimento, uma vez que as opções com maiores taxas tendem a ser mais vantajosas
  • Horizonte de investimento, considerando o tempo no qual o investidor pretender deixar seu dinheiro aplicado.

Por exemplo, se você preferir aplicações seguras, rentáveis, com liquidez diária, o melhor tipo de investimento pode ser o CDB. 

Como declarar renda fixa no Imposto de Renda?

Algumas categorias de renda fixa possuem rendimento tributável e devem ser incluídas na Declaração de Imposto de Renda de Pessoa Física (DIRPF).

O imposto de renda normalmente já é descontado direto na fonte, seguindo a tabela regressiva da Receita Federal. 

Com esse tipo de alíquota, quanto mais tempo seu dinheiro ficar investido, menor será a porcentagem a ser paga.  

Veja a seguir o passo a passo para fazer a declaração da renda fixa:

  • Faça o download do Informe de Rendimentos Anual disponível nas plataformas das instituições financeiras
  • Abra o programa da DIRPF
  • Em “Bens e Direitos”, informe “grupo 04 — Aplicações e investimentos” e, em seguida, o código “02 — Títulos públicos e privados sujeitos à tributação”
  • Clique em “Novo” e informe os dados solicitados, como o saldo de aplicações e o CNPJ da instituição na qual você investiu
  • Clique na aba “Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/ Definitiva” e selecione a opção “Rendimentos de aplicações financeiras”
  • Informe os dados exigidos, como o valor total das aplicações.

Lembre-se de conferir os dados muito bem, pois qualquer divergência pode fazer você cair na malha fina da Receita Federal.

Imposto de Renda e CDB: como funciona a tabela regressiva

8 dúvidas frequentes sobre a renda fixa

É normal ter dúvidas sobre como funciona a renda fixa quando você está começando a investir.

Veja algumas respostas na nossa FAQ.

1. Qual o valor mínimo para começar a investir em renda fixa?

Boa notícia: não é preciso ter muito dinheiro para começar a investir em renda fixa.

Para você ter uma ideia, o Tesouro Direto permite aplicações a partir de R$ 30, e você encontrará vários fundos de investimentos que aceitam aplicações iniciais de R$ 100.

Com o CDB Neon, por exemplo, com apenas R$ 1 você pode investir e valorizar seu dinheiro.

E você pode fazer esse investimento de renda fixa direto pelo app Neon e em poucos cliques. Se você ainda não tem uma conta, abra a sua agora mesmo!

2. Quais são os riscos da renda fixa?

Apesar de ser previsível e indicada para investidores de perfil conservador, a renda fixa também tem seus riscos, assim como qualquer investimento.

O mais comum é o risco de crédito, já que o pagamento dos rendimentos do título é de responsabilidade do emissor (banco, financeira ou empresa), e pode acontecer o famoso “calote” se a instituição falir.

Porém, mesmo que a instituição emissora quebre, muitos títulos de renda fixa são cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito, que garante até R$ 250 mil por CPF ou instituição financeira no caso de não pagamento da aplicação.

Alguns exemplos de títulos com cobertura são CDBs, LCAs/LCIs e poupança — lembrando que os títulos públicos têm menor risco de crédito porque são garantidos pelo próprio Tesouro Nacional.

Além disso, a renda fixa está sujeita ao risco de mercado, que é o impacto das negociações no valor dos títulos. Por exemplo, se você compra um título do Tesouro Prefixado e os juros começam a subir, ele perde valor de mercado — a chamada “marcação a mercado”.

Nesse caso, só há risco de perda se você vender o título antes do prazo de vencimento.

Por fim, existe o risco de liquidez, que é a dificuldade para vender o título e resgatar o dinheiro quando o prazo de vencimento é longo ou não há demanda no mercado.

Investir é arriscado? Veja como fazer um investimento seguro

3. Posso retirar o dinheiro quando quiser?

Como vimos, a liquidez varia muito nos investimentos de renda fixa — e quanto maior a liquidez, menor a rentabilidade.

Se você quiser investir com a segurança de ter acesso ao seu dinheiro com rapidez caso surja algum imprevisto, escolha títulos com liquidez diária, ou seja, que podem ser resgatados a qualquer momento.

Se quiser maior rentabilidade, terá que deixar o dinheiro aplicado por mais tempo, optando por títulos com resgate em alguns meses ou anos.

4. Como saber quanto vou ganhar com o título de renda fixa?

Nos investimentos acima, deu para perceber que existem três formas de rentabilidade na renda fixa:

  • Taxa prefixada: a taxa de juros é a mesma do início ao fim do investimento, e você já sabe exatamente quanto vai ganhar desde a aplicação (ex.: Tesouro Prefixado que paga 7% ao ano)
  • Taxa pós-fixada: a rentabilidade é dada por um índice de referência, como a taxa Selic, o CDI ou o IPCA, ou seja, seus ganhos dependem da oscilação desses indicadores
  • Taxa híbrida: combina um índice de referência com taxas de juros prefixadas em um mesmo título (ex.: Tesouro IPCA que rende a variação da inflação + 2%).

Logo, você só sabe exatamente quanto vai ganhar nos títulos prefixados — nos outros, é preciso acompanhar as variações dos índices de referência para fazer a estimativa.

5. Qual é a aplicação mais rentável em renda fixa?

Geralmente, as aplicações mais rentáveis da renda fixa são as de menor liquidez, ou seja, com prazos de resgate bem longos.

É possível encontrar CDBs, LCIs e LCAs que pagam até 150% do CDI, com prazos de resgate entre 1 e 5 anos.

Já algumas debêntures que pagam melhor têm prazos de vencimento entre 5 e 10 anos (nesse caso, sem cobertura do FGC).

Ou seja: se você quer ganhar mais, precisa correr mais riscos e abrir mão da liquidez.

6. Qual a diferença entre data de carência e data de vencimento do título?

A carência indica a data a partir da qual você pode resgatar seu título, enquanto o vencimento é a data final da aplicação, quando o investimento é encerrado e você recebe todo o dinheiro aplicado e os rendimentos.

Após cumprida a carência, você tem a opção de vender o título antes do vencimento — mas fique atento à marcação a mercado para não perder dinheiro.

7. Renda fixa ainda vale a pena com os juros baixos?

O governo utiliza a taxa de juros básica como estratégia de política monetária, para controlar a inflação, o quanto de dinheiro circula e para manter a estabilidade econômica do país. Por isso, de tempos em tempos, eleva ou reduz a taxa.

Quando a inflação é considerada controlada, o governo reduz os juros para estimular o consumo, fazer o dinheiro circular e movimentar a economia.

Esse pode não ser o melhor cenário para investimentos com rentabilidade atrelada à taxa Selic, mas, ainda assim, é fundamental manter parte do patrimônio preservado nesses ativos.

Ao mesmo tempo, é recomendado que o investidor diversifique sua carteira e aloque uma parte em renda variável para obter um retorno melhor — desde que tenha o conhecimento necessário, é claro.

8. Como começar a investir em renda fixa?

Para começar a investir em renda fixa, você só precisa abrir uma conta em uma corretora de valores e traçar sua estratégia de investimento.

Depois de escolher os títulos, basta transferir o dinheiro para a sua conta e aplicar em poucos cliques.

Um bom começo é montar sua reserva com o CDB Neon, com rendimento de 113% do CDI!

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Com a conta digital Neon, você investe pelo próprio aplicativo em CDB com rendimento de até 113% do CDI. E o melhor é que você pode investir com pouco dinheiro: a partir de R$ 1!

Além disso, a conta Neon oferece inúmeros outros benefícios financeiros, como o cashback Neon e o programa Viracrédito Neon, pelo qual você pode ampliar o limite do cartão de crédito no mesmo valor investido em CDB.

Ou seja, além do seu dinheiro render mais do que a poupança, você também adquire mais possibilidades de crédito.

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O propósito da Neon é criar caminhos por uma vida financeira melhor para todos os brasileiros. A educação financeira é um dos principais pilares para fazer isso acontecer, por isso estamos aqui para te acompanhar em sua jornada com as finanças.

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Um time de pessoas dedicadas a diminuir desigualdades, mostrando caminhos financeiros mais simples e justos, porque todos merecem um futuro brilhante.

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